domingo, 16 de agosto de 2009

"Esse é o Botafogo que eu gosto, esse é o Botafogo que eu conheço"

Nação alvinegra,

Apesar de não termos conquistado os três pontos no jogo de ontem à noite diante do Palmeiras, o resultado de 1 a 1 e , mais do que isso, a postura da equipe durante os 90 minutos, deflagraram o surgimento de um novo Botafogo no Campeonato Brasileiro. Um time mais vibrante, mais participativo e que não se amedronta ao enfrentar o líder da competição em seus domínios. Desde o início do jogo o escrete alvinegro deixou bem claro a forma com a qual iria se portar : jogar fechadinho e só sair "na boa". E Estevam Soares não havia escondido isso de ninguém, treinando o time num 3-6-1, ao longo da semana. Com isso o alviverde encontrava muitas dificuldades para penetrar na defesa botafoguense. Tanto que só levava perigo ao goleiro Flávio através de bolas paradas.
Com a retranca bem armada, a equipe alvinegra, com cautela, começou a se aventurar no ataque. E o gol não demorou a sair. Aos 23 minutos Lúcio Flávio cobrou falta na área, o zagueiro palmeirense Mauricio Ramos rebateu errado e André Lima não perdoou, chutando rasteiro, sem chances para Marcos. Cinco minutos depois Lúcio Flavio foi empurrado dentro da área por Pierre do Palmeiras. Sob forte influência de 24 mil palmeirenses que lotaram o Palestra Itália, o árbitro fez de conta que não viu e seguiu com o jogo.

Dizem que o torcedor botafoguense carrega em si um pessimismo inato, e pra não fugir à regra, eu já temia pelo gol de empate. Embora o Palmeiras continuasse encontrando dificuldades para superar a retranca alvinegra, aos 32 minutos surgiu mais uma temida bola parada, depois de uma falta boba, cometida pelo não menos bobo, Fahel. Cleiton Javier levantou a bola na área, e se aproveitando da falha de Flávio, Danilo cabeceou para dentro do gol. 1 a 1 no primeiro tempo.

A etapa complementar começou bem mais corrida. Logo nos primeiros minutos o time da estrela solitária perdeu duas chances claras de gols. Primeiro com André Lima que cara a cara com Marcos chutou para defesa do goleiro. Depois foi a vez de Fahel, que com o gol escancarado, pegou na "orelha" da bola, desperdiçando a oportunidade. A partir daí o jogo ficou mais aberto, com o Palmeiras saindo rápido no contra-ataque e levando perigo a meta alvinegra.Aos 21 minutos, Diego Souza recebeu livre para marcar,tentou driblar Flávio, mas o goleiro botafoguense saiu bem na bola. Aos 27 minutos Estevam colocou o atacante Laio no lugar de Jônatas, mas a substituição acabou não surtindo efeito, pois o Alvinegro, que se preocupava mais em tocar a bola, não conseguia sair rápido no contra-ataque. Aos 37 minutos Estevam colocou Léo Silva no lugar de Thiaguinho demonstrando que estava satisfeito com o empate. Resultado final: 1 a 1.


Algumas considerações: um treinador que joga junto com o time, que está sempre acertando o posicionamento da equipe na beira do campo, faz toda a diferença. Diferente dos últimos jogos da equipe sob o comando de Ney Franco, o Botafogo não se desligou em momento algum do jogo. Além disso, foi um time mais vibrante. Em determinado momento Thiaguinho vibrou como se tivesse feito um gol, quando interceptou um lance de ataque palmeirense. "Esse é o Botafogo que eu gosto, esse é o Botafogo que eu conheço."


Agora teremos todo o segundo turno pela frente para nos recuperarmos na tabela e brigarmos, inicialmente, por uma vaga na Libertadores. Se com 8 desfalques o Glorioso jogou de igual pra igual com o líder do campeonato, na casa dele, imagina com o time completo e com 1 ou 2 reforços? Vamo que vamo Fogão!!!



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