quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dalton

Caríssimos, é difícil se posicionar quando desconhecemos todos os acontecimentos que envolvem os fatos. Mas, de certa forma, o zagueiro modelete vacilou. Óbvio que existe proposta de outro clube e seu empresário César Bottega está arranjando sua saída. Teatro mês passado?


De fato, a diretoria do Flu gosta de dar um “tumé” e nunca foi santa. Muito pelo contrário. Porém não existe pior momento para Dalton colocar as manguinhas de fora. Apelar para a Justiça em semana de decisão do estadual é de um egoísmo sem precedentes. Joselitagem. Simpatizo com o cara, mas a bola fora desta semana superou qualquer boa atuação passada. Precisa enfiar a viola no saco e jogar um pouco mais de futebol antes de deixar a humildade de lado - R$ 20 mil mensais é grana demais pra qualquer um, principalmente um moleque de 20 anos. E outra, FGTS só vira grana pra quem sai do emprego. Um diálogo seria suficiente para resolver tal impasse, o que prova a teoria do primeiro parágrafo.

ST

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Méritos a quem merece

Cruzmaltinos desse planeta,

passamos sufoco ontem para conseguir a classificação. Eu não esperava que seria um jogo fácil, o Duque está lutando contra o rebaixamento e tem muita influência política para tentar evitar essa situação. Porém, foi um jogo enganoso. O Vasco começou bem, até que levou o primeiro em uma falha de Fernando Prass, que rebateu uma bola pra dentro da área. Sim, ele falhou. Não, isso não é motivo para começarem a pedir Thiago ou a contratação de um novo goleiro. Carlos Germano já falhou, Júlio César já falhou, Oliver Khan falhou... Todo mundo tem um dia ruim. Melhor num jogo contra o Caxias do que numa final de campeonato. Em menos de 10 minutos, o Vasco virou - com Fagner e Élton - e podia ter matado o jogo ainda no primeiro tempo não fosse a lambança do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca. O volante Nilton avançava dentro da área em uma cobrança de escanteio quando o zagueiro Tinoco puxou sua camisa e desferiu um soco em sua cara.


O lance é tão escandaloso que nosso volante nem reclama. Porém, o apitador não só deixa de marcar o pênalti como expulsa o camisa 6 cruzmaltino e o zagueiro do time da baixada. Inexplicável. Se ele achou que não foi falta, era pra dar cartão amarelo somente para nosso jogador. Se Tinoco agrediu Nilton, é pênalti a nosso favor e expulsão do camisa 3 do Duque. Se foi só empurra-empurra dentro da área antes da cobrança, amarelo pros dois (que tiraria Tinoco de campo mas deixaria nosso cabeça-de-área). O fato é que com um a mais, o jogo poderia ter sido mais tranquilo. Terminando o primeiro tempo com um 3x1 então, nossa vantagem podia ter sido ainda maior. Mas não adianta botafogar e chorar sobre o leite derramado.
No segundo tempo, Élton dá um presente para Dodô, livre, marcar novamente. Seis minutos depois, em falta boba de Souza, o clube da baixada marcou com a cobrança perfeita de Júnior. Aliás, nosso volante-mirim foi um dos que mais caiu de rendimento desde o fim da Taça Guanabara. O psicológico desse jogador precisa ser trabalhado, já que foi ele um dos que mais sentiu o baque da perda do Mundial Sub-20 no ano passado.
Parecia que o dia era de falhas individuais. Gian - zagueiro que vinha tentando aproveitar a vaga surgida pela suspensão de Titi - erra um drible no meio de campo e abre para um contra-ataque fatal do clube caxiense. Essa história de zagueiro metido a puxar jogo me dá calafrios desde a passagem de Jorge Luís, jogador símbolo do rebaixamento que achava ser um armador escondido em corpo de brucutu. Saudades dos zagueiros-zagueiros, ou mesmo dos classudos que sabiam que não se brinca com bola na defesa. Pois, daí pra frente, tudo foi sufoco. A combinação de resultados nos deixava fora da decisão.
Nosso treineiro, mais esperto que a patuléia, tirou Léo Gago e colocou Jumar. "O quê?! Um volante por outro?", posso ouví-los perguntando. Acontece que Léo Gago - que vinha bem na partida - é um volante mais avançado, que arma jogadas, enquanto Jumar é daqueles cabeças-de-área que devem andar em uma coleira. Pois, com essa mudança, o meio-campo fechou os buracos e liberou os laterais para avançarem sem dó. Para garantir que não teriamos problemas lá atrás, aos 33 entrou o zagueiro Dedé, um grandalhão de botar medo em lutador de telecatch. E foi então que brilhou novamente a estrela dele: sim, dele mesmo! ÉLTON! Pois foi seu passe de calcanhar que deixou aquele embuste chamado Ricardo Lucas - que já havia se beneficiado de sua generosidade ao marcar o terceiro tento - na cara do gol.

Sim, se estamos na fase final da Taça Rio, os louros são de Gaúcho - treinador que não cedeu à tentação de fazer o óbvio - e Élton, o camisa 9 da Colina que resolveu mesmo só marcando uma vez. Palmas pra eles.

...

Na próxima fase pegamos a mulambada, provavelmente sem Nilton e Rafael Carioca. Se bem conheço o STJD, ainda está arriscado nosso camisa 6 tomar um gancho de vários jogos. Pelo menos, temos uma semana para nos preparar, enquanto o time do mal joga no meio da semana. Quem sabe esse perrengue todo não tenha sido só para crescermos na hora certa de abiscoitar o título? Sim, eu acredito.