sábado, 5 de junho de 2010

Luz no fim do túnel

Cruzmaltinos desse planeta,

se dentro de campo as últimas notícias não têm sido satisfatórias, pelo menos fora das quatro linhas as coisas parecem estar mudando. A saída do traste Ricardo Lucas só pode ser encarada de forma positiva. Contratado pra ser o grande nome da colina esse ano, o atacante teve oportunidades de sobra e não soube aproveitar nenhuma delas. A camisa 10 da Colina, que foi vestida por Roberto Dinamite, estava sendo desrespeitada no corpo do atacante, que fez somente 11 gols na temporada, sendo que 6 desses foram em dois jogos isolados contra equipes de menor expressão. A saída do Dodô não representa uma boa notícia somente por livrar a torcida de ter que ver aquele peso morto atuando: o salário do pretenso "artilheiro dos gols bonitos" é um dos mais caros do elenco, e sua saída abre a possibilidade de contratarmos alguém mais valorizado no mercado.
Por isso e por muito mais: Vai, Dodô. Em São Januário você não deixa saudade nenhuma.

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Menos importantes, a barca também inclui Paulinho e Geovanni Maranhão. Sinceramente, vai fazer alguma diferença?

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Algumas coisas ruins sempre têm como piorar. Descubra como aqui.

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O Vasco está atrás de alguns nomes para recompor seu elenco. Me agrada a idéia de termos Ricardo Oliveira. Claro, não tem como sabermos como ele está no futebol árabe, mas as atuações dele no São Paulo e na Seleção me animam. É claro que sua saída é improvável, mas a gente torce.
Por outro lado, a vinda de Felipe não me agrada. É um ótimo jogador, sem dúvidas, mas é mais um pra conduzir a bola pelo meio-campo. Felipe e Carlos Alberto é redundância, não é produtivo. Um nome que NÃO tem aparecido nas listas de possibilidades, mas me agradaria, é o do ex-gremista Tcheco. Encostado no Corinthians, o jogador tem como característica os passes longos. Além disso, é brigador, voluntarioso... A cara do Vasco... Na pausa da Copa, esperamos que muita coisa aconteça. Só nos resta aguardar.

Não desandarás!


Nos últimos dois brasileiros, em 2009 e 2008, o Goiás siginificou esperança, antes e durante a partida, e temor ao seu término. Ano retrasado, a campanha do Mengo estava de vento em polpa com Íbson comandando o ataque e tudo parecia que tínhamos o melhor time do Brasil. Ganhamos do Palmeiras por 5 a 2 no Maraca e estávamos realmente bem na competição, com 63 pontos, em terceiro lugar e a cinco pontos do São Paulo. No fim de semana seguinte, tomou do Cruzeiro inexplicavelmente e no outro domingo, ganhava de 3 a zero do Goiás, garantindo-se na Libertadores e pronto, tomou outros três gols inexplicavelmente em pleno Maracanã.
Em 2009, na grande saga pelo hexa, quando faltavam pouquíssimas rodas, mais uma vez o Goiás estava em nossa frente. O Fla vinha de uma vitória expressiva sobre o Galo no Mineirão. Se ganhasse do esmeraldino, provavelmente, dormiria na primeira posição. Todavia, uma saravaida de gols perdidos fizeram o time sair de campo vaiado e desacreditado. Resultado final 0 x 0. Por sorte, as duas rodadas seguintes favoreceram ao RubroNegro e o resto da história todo mundo conhece (principalmente o arco-íris-com-dor-de-cotovelo).
Agora, o jogo de amanhã pode novamente representar um momento decisivo para o Mengo. Em primeiro lugar, por conta da ótima paralização da Copa. Com o time que "anda" em campo iremos disputar uma vaga na sulameringana, se tivermos sorte. Todavia, a magia do Potlatch RubroNegro conseguiu, meio sem querer e sem jogar bem, colocar o manto sagrado entre os 4 da tabela.Se por acaso,amanhã o Mengo arrumar um golzinho através dos "iluminados" Mezenga e Pacheco, pode ser que, se reforçando, ele possa almejar alguma coisa no decorrer da competição.
Quem tem jogado é o Espírito RubroNegro, ele sim vem mantendo o padrão, enquanto os jogadores não se encontram em campo e dão muita dor na barriga. Haja úlcera!
Em 1990, o Fla foi campeão da 2ª edição da Copa do Brasil e se não me engano, o primeiro jogo foi aqui em JF. Eu me lembro de estar na aula no horário. Naquela época eu já estava tendo certa razão em relação ao futebol e ao mundo. Assitam ao gol do primeiro jogo. A partida de volta, em Goiânia, foi 0 a 0:

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Impossível

Cruzmaltinos desse planeta,

o Vasco vem conseguindo o impossível. Tomar um gol do Guarani aos 48 do segundo tempo, quando os bugrinos já estavam claramente tocando bola e esperando o fim do jogo é um feito histórico. O jogo parecia que seria fácil, com uma boa chance de Élton em enfiada de Philippe Coutinho logo nos primeiros minutos. Parecia, mas o time jogava com uma lentidão inacreditável. Dedé e Ernani fizeram de tudo pra complicar nossa vida. Elder Granja foi mais uma vez uma nulidade, e Jeferson não conseguiu repetir suas boas atuações. O camisa 7 pecou justamente por modificar suas características, carregando muito a bola ao invés de investir nas viradas de jogo. Nosso ex-treineiro montou a equipe adversária de uma maneira que ele nunca havia montado a nossa, com um meio-campo fechado que não dava moles. Márcio Careca não fez um grande jogo, mas a comparação com o péssimo Ernani foi suficiente para dar saudades.
Com a contusão de Élton e a entrada do semi-morto Ricardo Lucas, nossas chances que já era poucas se tornaram ainda mais raras. O segundo tempo conseguiu ser ainda pior do que o primeiro. Tirando um lance de sorte de Philippe Coutinho - o único que parecia querer jogo - nenhum dos dois times tinha conseguido nada. Até os fatídicos 48 do segundo tempo.
Fabrício Magrão, amigo e leitor do Blog, costuma dizer que o Vasco dá azar contra times verdes. Coincidência ou não, o jogo de hoje só se compara à partida contra o Palmeiras no quesito mediocridade.
Como eu disse no início do texto, estamos ficando especialistas no impossível. Conseguimos empatar contra o Palmeiras num jogo onde eles não jogaram, conseguimos uma virada impossível contra o Internacional, agora conseguimos essa derrota absurda contra o time de Campinas. No domingo, temos que vencer o Santos de qualquer jeito.
O Vasco nos fará acreditar no impossível mais uma vez?

Credulidade

Cruzmaltinos desse planeta,

o grande nome da oposição essa semana é Paulinho. Não, não estou falando do ruivo cabeça-de-área que andou jogando na Era Gaúcho. Estou falando do Blog de denuncias contra o Vasco que tem municiado aqueles que querem semear a discórdia na Colina. Já faz algum tempo que venho falando da má qualidade da imprensa esportiva. Da falta de compromisso com a apuração, com o excesso de boataria que figura nas páginas de esportes dos principais jornais e sites especializados. Como já venho dizendo: nem sempre dá pra confiar no que se lê sobre futebol. E olha que estamos falando aqui de veículos sérios, dotados de credibilidade conseguida através de décadas de serviços prestados. E mesmo assim, temos que ficar com um pé atrás.
Agora, o que dizer do Blog do Paulinho? Um zé ninguém, que brinca de jornalismo, assina com o diminutivo e parece só ter um objetivo: sensacionalismo contra a atual gestão do Vasco. A cruzada desse indivíduo (tenho até dúvidas se é uma pessoa só ou se é um grupo de pilantras) não vem de hoje, mas atingiu seu ápice essa semana, quando uma de suas matérias difamatórias foi espalhada pela torcida do Vasco em todas as redes sociais, motivando o Conselho de Beneméritos do club (presidido pelo ex-manda-chuva e ex-croque Eurico Miranda) a pedir explicações. O conteúdo das denúncias é quente, mas sua fundamentação é tão furada que nenhum outro veículo embarcou na campanha. A matéria do Blog do Paulinho acusa o presidente Roberto Dinamite de ter desviado cerca de 50 mil euros (quantia que, no mundo milionário do futebol, é irrisória) para uma conta nas Ilhas Cayman. Oferece como provas Swifts bancários atestando que o dinheiro saiu do Panathinaikos para a conta de um empresário de boleiros. E o resto é tudo uma rede de suposições e presunções de culpa. Os documentos apresentados não deixam claro sequer se os valores realmente eram referentes à transação que o blogueiro (não vou chamar de jornalista) afirma ser. É tudo baseado no achismo.
Engraçado que há algum tempo a oposição sofreu uma denuncia semelhante, no Caso Paulo Miranda, com provas muito mais conclusivas, e desconversou, disse estar tudo dentro da normalidade. Olha que naquele caso os valores eram em torno de U$2 milhões. Mas pro Dr. Eurico pode tudo, certo?
O problema é que a maior parte da população, incluindo aí a imensa torcida bem feliz, não sabe distinguir se uma fonte é confiável ou não, se um veículo tem credibilidade ou não (aliás, o slogan do Blog do Paulinho é, ironicamente, "Jornalismo com Credibilidade"). O denuncismo virou estilo jornalístico no país, e ainda temos uma tradição do "vale porque está escrito". Assim, a torcida se ilude com os boatos de contratação mais absurdos levantados por blogs que não têm o menor compromisso, se revolta com denúncias de pessoas que não se preocupam em fundamentar, se desespera por ver a "imprensa parela" pintando um Vasco horrível e irreal. O Gigante da Colina tem diversos defeitos, a gestão do presidente-ídolo peca em vários quesitos, é verdade. E eles ainda inventam mais coisas, pra enfeiar nosso objeto de devoção. É uma campanha de difamação. E essa campanha sem dúvida tem um mentor e um propósito.
Apesar de quase todos os membros do Corneta serem jornalistas, o que fazemos aqui não é jornalismo. Nossa preocupação não é informar, é opinar. De maneira divertida, mas isenta. Ninguém aqui recebe nada de ninguém para defender ou atacar clube nenhum. Infelizmente, nem todos os blogueiros têm o mesmo compromisso ético.

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O Vasco costuma dar azar quando joga contra o Guarani. Hoje, no entanto, não podemos dar a menor margem pra má sorte. Uma derrota nos colocará na vice-lanterna do campeonato, enquanto uma vitória pode nos deixar entre o sétimo e o décimo-terceiro lugar na classificação, dependendo do placar. O time tem que entrar com esse espírito, sabendo que é vencer ou vencer.

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Duas possíveis boas notícias: Além de Robinho - que está com a seleção, Neymar também não encara o Vasco no jogo fim de semana. Se Paulo Henrique Ganso se machucar nos treinos até lá, pegaremos um Santos pra lá de medíocre.
A outra diz da possibilidade de permanência do garoto-prodígio Philippe Coutinho, por ele não ter o passaporte comunitário, o que faz o clube que recebê-lo gastar uma de suas vagas par estrangeiros com um garoto de 18 anos. É claro, ainda é só uma especulação, mas já ajuda...
E acender as velas e torcer, meu povo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Hoje foi/será um dia feliz!

Ano passado, quando o Flamengo enfrentou o Palmeiras em São Paulo, a esperança divina se fez nos pés de Pet. Agora, ela não estará em campo, mas sim na tribuna de honra do Pacaembu. Nosso ídolo-mor, ser mítico e o verdadeiro messías RubroNegro, Zico, estará lá zelando por todos nós. A verdade é que nos últimos tempos, a mística do manto sagrado tem acabado com qualquer estatística e fala de comentarista paulista de pica. Assim, não me importa muito se o Fla irá ou não ganhar dos porcos alviverdes. Esperemos a Copa e as contratações para a segunda parte do Brasileiro. Aí sim, o pessoal da frente vai novamente suar frio ao perceber o Mengão que vem de trás e vem acabando com qualquer sonho de timeco em ganhar o nacional.
A equipe atual é muito limitada e dá medo e dor de barriga quando entra em campo. Todavia, o esquema com três zagueiros parece que novamente irá ter o seu valor na Gávea. A defesa parece ficar mais segura, apesar de ainda não ter absorvido bem a perda de Aírton. Dou graças a Deus que Camacho tomou o terceiro amarelo. O garoto vem amarelando feio nos jogos. No primeiro tempo contra o Grêmio, o rapaz fez questão de dar uns três contra-ataques para os tricolores do sul, além de ter "evitado" outros tantos ataques do Fla. Quando anunciaram Vágner Love tive medo dele se transformar no que é agora: um grande perdedor de gols feitos. Não sei se foi a magia do império do amor ou a fragilidade do ridículo campeonato carioca que me fez crer que o cara servia para o mengo. Agora, luto para rever minha posição em relação as trancinhas e poder dizer que sim, ele é fundamental para o Flamengo.
A verdade é que o que realmente importa hoje é ver o Zico acenando para a Nação, como se fosse mesmo o Cristo que voltou para salvar nosso povo campeão e humilde!
Salve Zico, Salve o camisa dez da Gávea!

Para quem não se cansa...


Hoje tem Pernambucano – Tem não senhor

Tripulantes da nau vascaína,

Assim como boa parte de vocês, há anos espero o retorno do Juninho Pernambucano à São Januário. E esta semana, ele confirmou, para surpresa de muita gente, que não pretende voltar a vestir a camisa do cruzmaltino. Vejo a decisão do jogador com dois enfoques distintos: 01) não acho que ele salvaria a lavoura sozinho. 02) A falta de projeção dos jogadores em relação à instituição Vasco da Gama nos últimos dez anos.

Que o Pernambucano daria um toque de qualidade no meio-de-campo, isso não resta a menor dúvida. Que ele é melhor do que todos os jogadores do setor juntos, mesmo atuando com os dois pés amarrados e de bengala, também. Mas, Juninho não é mais aquele jogador de 12 anos atrás, que marcou o gol Monumental na semi-final da Libertadores. Ele tinha 23, agora 35.


A experiência e a qualidade contariam muito, sim. Mas, podendo até soar como despeito, acho que não resolveria o problema. Precisaríamos mais do que um Pernambucano para fazer um frevo arretado... Basta lembrar de alguns craques que tentaram por aqui, encerrar a carreira e que acabaram sendo apresentado com louros, mas saíram muito discretamente. É o caso do Amoroso no Guarani, em 2009, e do agonizante Giovani, no Santos, deste ano.

Outrossim, vejo a decisão de Juninho como mais uma negativa ao Vasco como instituição. Nos últimos dez anos, jogaram mais flamenguistas do que vascaínos com nosso manto sagrado. Ninguém tomou a causa vascaína pra si. E sempre acreditamos que tudo mudaria, quando o Pernambuco voltasse. E ele não vai voltar. Ou seja, ninguém se identifica e ninguém se projeta com o time. Falta alguém botar a mão no fogo para se queimar pelo time. Alguém de nome e projeção. Não, jovens talentosos como o Alex Teixeira e o Philipe Coutinho, que ainda não tem cancha para tanto.

Ok, se o Pernambucano vier será bem recebido. Ou melhor, será uma grande contratação, a maior da pífia era Dinamite. Venho aqui e até me retrato e mudo de opinião. Vai que ele resolve o nosso problema de títulos, vai que ele inspire novos talentos a vibrar com o clube.

Sem essa de vingança


Vagner Mancini e Márcio Careca não podem ser algozes de qualquer vingança contra o Vasco da Gama. Nem mesmo o Guarani. Estou acostumado aos desafios dos grandes clássicos, a duelos com grandes clubes. Portanto, nem renderei assunto sobre o jogo de amanhã. O Vasco tem que atropelar o Bugre.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Espelhinhos

Cruzmaltinos desse planeta,

a necessidade da torcida de ter um jogador pra chamar de ídolo está impulsionando a diretoria a fazer uma grande bobagem. Diz a notícia que o Vasco pensa em ceder Souza ou Ramon por Carlos Alberto. Cagada. E das grandes. Ramon não vem rendendo bem, mas joga em uma posição que estamos carentes. Se pudessemos mandar o lateral pra Alemanha depois do Brasileiro, eu acho que nem seria tão ruim assim. Mas os gringos não são trouxas e querem o garoto Souza. Titular da seleção Sub-20, Souza é um volante diferenciado, que tem tudo para estar nas seleções de 2014, 2018 e 2022. É uma promessa, mas que já vem apresentando bons resultados. Mas, como joga de volante e essa é a posição que mais tem jogadores em nosso elenco, não duvido que a negociação se concretize. Eu já falei há algum tempo: tenho a impressão que o ciclo do capitão Cazalberto já chegou ao fim. O Vasco tem que procurar outras opções, acabar com a dependência que já vem desde o ano passado.

Trocar um diamante raro como Souza por mercadoria já meio desgastada como Carlos Alberto é repetir o modelo da exploração que nos acompanha desde a colonização. Somos índios trocando ouro por espelhinho. "Mas o time anda precisando mais do C.A.19 do que do Souza", dirão alguns. Nossos índios também achavam que precisavam mais de espelhinhos do que de ouro...

"Obrigado, Zico. Boa sorte!"



Mercado da bola

E os clubes andam se movimentando para solucionar os seus problemas: Kleber foi contratado pelo Palmeiras por valores em torno de 6 milhões em troca de 50% dos direitos. Cruzeiro se livra de um problema e o Palmeiras pode ter o dele resolvido.

Enquanto isso, em General Severiano...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Botafogo e sua falta de criatividade

Caros alvinegros,

Me preparei para mais uma batalha campal contra o time do bacalhau e assisti, atônito, a um dos piores jogos do Botafogo nesse primeiro semestre.

Nada pode ser mais desanimador do que esperar algo do já decadente Lúcio Flavio ou da ex-promessa e atual "fazedor de raiva" Túlio Souza. O meio campo é carente, sem criatividade e, no momento, não há a menor possibilidade de vermos esse problema solucionado, já que nem peças de reposição temos.

Da mesma forma, exigir que o Somália vá até a linha de fundo e apóie o ataque com eficiência é demais para um cabeça de área improvisado.

A defesa tem a proteção do Fahel. Faz me rir (ou chorar)... talvez o pior jogador em atividade na primeira divisão.

No ataque temos Caio, o velocista, e Herrera, guerreiro como sempre. Caio é rápido, mas não tão habilidoso. Se não estiver em um dia feliz nos fará tanta raiva quanto fez em Herrera no jogo contra o Goiás.

E Joel Santana, que tem como maior mérito até agora a façanha de ter armado esse time e fazer com que ele não exponha suas principais carências viu que vez ou outra a zaga terá um enorme buraco (gol do Vasco!), um meio campo de qualidade sofrível (Lucio Flavio não acerta mais passes nem escanteios) e um ataque pouco inspirado.


Sobre a arbitragem é difícil não comentar, mas vamos lá: Lucio Flavio cavou a penalidade e tentou enganar o juiz, o pênalti a favor do Bota foi bem marcado e tenho minhas dúvidas quanto ao gol anulado, do Vasco. E o que dizer da cotovelada de Rafael Carioca no Caio, ignorada pelo árbitro?

Apesar disso tudo dava pra ter vencido o Gigante da Colina, mesmo tendo um exército de brucutus em campo. Contudo, se armaram bem defensivamente e o empate em 1x1 não chega a ser ruim.

Espero que a diretoria esteja se movimentando pra trazer reforços pois, com esse time, o Botafogo corre sério risco de não ficar entre os 10 primeiros colocados.

Símbolos

Cruzmaltinos desse planeta,

vi gente comemorando a contratação de Zico pra diretor de futebol do Flamengo como se fosse um título. Diziam que agora o céu era o limite, que tudo mudaria, que a profissionalização chegaria de vez à Gávea e que os urubus estariam próximos de um novo mundial. Nem tanto. Mas também vi gente falando que Zico estava se corrompendo, que estava no esquema, manchando sua imagem de ídolo, que a contratação do galinho de Quintino seria um marco negativo para o clube. Também não é por aí. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
A contratação de Zico pelo Flamengo me lembrou muito a posse de Roberto Dinamite na a presidência do Vasco - com a diferença que sabemos até quando o nosso ídolo permanecerá na Colina. Reações exageradas que miram baixo e erram feio o alvo. É fato que Dinamite não se destacou por sua grande capacidade gerencial, assim como o Galinho também não é um manager perfeito (basta ver a situação do CFZ). Mas não foi pra isso que eles foram contratados/ eleitos. A importância destes dois não é prática, não é pra ser medida em planilhas. O grande valor desses dois é simbólico.
Só os mais iludidos acharam que Roberto resolveria tudo da noite pro dia, assim como só os flamenguistas mais delirantes acreditam que Zico fará o mesmo. Isso eles faziam em campo. Agora, Roberto e Zico são cabeças de equipes muito mais complexas do que aquelas que eles comandavam nos gramados. Lidam com vaidades e valores muito mais complexos do que aqueles inseridos nas quatro linhas.
Mas o simples fato deles estarem lá representa muito. Representa uma vontade do clube de sair das trevas da gestão arcaica do futebol. Simboliza a tomada de decisões nas mãos de gente que ama - e já provou de forma inequívoca - seus clubes. Significa um ganho em credibilidade, em esperança. Gol do Flamengo.

Ainda bem que já fizemos esse gol há dois anos.

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Há mais ou menos dois meses, vi uma entrevista de Zico dizendo que jamais seria técnico no Brasil, para não correr o risco de enfrentar o clube da Gávea. Ok. Respeito. Mas perguntado se treinaria o próprio Urubu, foi covarde e disse que jamais assumiria nenhum cargo no Clube pois não queria ver a mulambada o xingando de burro. Parece que a coragem voltou e o camisa 10 da Gávea repensou essa decisão. Mas ele que não se engane. Será xingado de burro e não vai demorar muito. Pois se em campo ele só dependia de si, na "cartolagem" vai responder pelas cagadas de muita gente.
Basta ver o que acontece no Vasco. Os calcanhares de Aquiles da gestão do presidente-ídolo são o departamento jurídico e o financeiro. Ora, Roberto Dinamite não é advogado. Ele é assessorado por pessoas que têm competência para tal. A polêmica do escritório Sylvio Capanema de Souza é vazia e amadora (Não podemos ter certeza nem se todos os jogadores do Vasco torcem realmente pra Cruz de Malta, como então garantir a torcida dos advogados que prestam serviço pro clube?) Por contas dos imbroglios jurídicos, o patrocínio da Eletrobrás não pinga em nossa conta. E isso faz com que o financeiro fique todo prejudicado. Não tem como Roberto pegar a bola e resolver isso com uma de suas bombas certeiras. Isso depende da equipe. Tem que ser muito homem pra botar seu nome pra se xingado pela torcida. Liderar nas vitórias é ótimo, e fácil. Se sacrificar pela causa é que faz o herói.

domingo, 30 de maio de 2010

Zico na Rede, Zico no Mengo!

A vida é engraçada e eu tô dando risada sem parar. Estava triste, me preparando para colocar o escudinho da CBF ali do lado, pensando que seria quase um suplício escrever com empolgação sobre o Fla este ano... e de repente, vem a internet e me derruba! Zico diz pelo twitter @ziconarede: "Sou o novo executivo de futebol do Flamengo"!


 Não tem Romário, Bebeto ou Imperador, essa é sem dúvida, a maior contratação do Fla em três décadas! Além disso tudo, ele ainda fez questão de não ter remuneração para o cargo. Alguns vão dizer que isso é perigoso, para mim, é maravilhoso e um dado do que realmente é amor!


Leiam a matéria bombástica no GloboEsporte.com
Leiam o post do Rica Perrone sobre o assunto
Esperem por uma letra super aplicada e inspirada, daquelas que ficam para o livro sagrado, para hoje ou amanhã no Urublog!!!

Objetivo cumprido

Cruzmaltinos desse planeta,

ao menos uma pessoa entrou em campo com o claro objetivo de segurar o empate, e deve ter ido pra casa satisfeitíssimo: o senhor Carlos Eugênio Simon. Desde o apito inicial já estava claro que o apitador estava querendo cozinhar o jogo em banho-maria. Talvez temendo se machucar ou se comprometer antes da Copa do Mundo, o árbitro balanceou o jogo como pode. Quando estava zero a zero, Lúcio Flávio caiu pedindo pênalti (na minha opinião, o apoiador buatafoguense esticou a perna antes pedindo pra ser tocado...). O juiz não deu nada. O Vasco marcou com Ernani. Perigo! 1x0 pro Vasco. "Isso não pode ficar assim!", pensou a autoridade máxima em campo. E em menos de 10 minutos ele deu um pênalti pra lá de Mandrake em uma bola que tocou no braço de Nílton caído. 1x1. No segundo tempo, o apoiador Jéferson fez uma bela tabela com Élton e marcou o do desempate. Ajudado pelo bandeira, o assoprador gaúcho marcou uma falta tão inexistente que os narradores e comentaristas passaram 5 minutos tentando descobrir o que havia acontecido. E foi levando assim, sem deixar o caldo entornar nem prum lado nem pro outro, até o apito final. Sorria, Simon. Cumpriu seu objetivo!


E a gente que se foda!
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Lembro que comentei uma vez que o Abreu era um dos jogadores mais desleais que eu já havia visto em campo. Pois ele está bem acompanhado: Herrera distribui pancadas pra todos os lados e reclama com o juiz o tempo todo. E o xodó alvinegro Caio machucou o goleiro Fernando Prass com sua irresponsabilidade, entrando num lance claramente perdido. Joel sempre foi malandro, mas o time do Botafogo está beirando a bandidagem.

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Jogar naquele pasto que chamam de "estádio mais moderno do Brasil" não dá. Perdemos o zagueiro Cesinha (e uma das três substituições) numa torção de tornozelo, pisando num dos inúmeros buracos do gramado. Assim não dá. Aquele gramado favorece timinho, que joga só no chuveirinho na área...

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Mais uma vez, Jéferson fez uma boa partida. Imaginem se ele conseguir recuperar o ritmo de jogo?