quarta-feira, 17 de março de 2010

Coutinho + 10

Cruzmaltinos desse planeta,

é até difícil comentar o jogo da Copa do Brasil. Nenhuma análise que se preze tem que começar falando do horário. 15h30 em dia de semana é brincadeira de péssimo gosto. Também não podemos deixar de falar do estádio: as dimensões do campo mais se assemelham a uma mesa de futebol de botão. Lembro que jogamos lá há uns dois anos e tivemos as mesmas dificuldades. Dito isso, vamos ao jogo.
O Vasco até criou boas oportunidades, mas continua pecando no último toque. Claro, isso acontece porque o atacante que foi contratado para ser o matador tem se mostrado um fiasco, como eu já havia previsto. Aliás, a melhor notícia da partida foi a barração do Sr. Ricardo Lucas, que amargou o primeiro banco do ano. Lindo.
Porém, graças ao tamanho de campo de totó, bastaram dois toques em uma bola que Paulinho perdeu no ataque para colocar o atacante Júnior, do ASA, na cara do gol. E ele teve a frieza para com mais dois toque abrir o placar. O time poderia se perder, podia estragar a invencibilidade de 11 jogos em Copa do Brasil, mas aí apareceu o garoto Philippe Coutinho.
O xodó vascaíno deu elástico, deu caneta, deu lençol, chute à gol... Tanto fez que - quando o Vasco teve um pênalti - nada era mais justo do pedí-lo para cobrar. E - com paradinha - empatou. Não fosse a boa atuação do goleiro alagoano o Vasco podia sair com a vitória, mas o jogo terminou no 1x1 mesmo.
Um resultado magro demais para a história do Gigante da Colina, mas satisfatório para seguirmos na competição.
O que não me deixou satisfeito foi a performance de Rafael Coelho. Registre-se a seu favor que Mancini não deixa ele jogar enfiado na área, que é sua principal característica. Também não me agradou Geovanni Maranhão. Sua atuação medíocre só serviu pra que a ausência de Élton se tornasse mais injustificada. Mas, o que me desagradou de verdade foi a entrada do elemento infiltrado, que em 25 minutos conseguiu perder um gol no fim do jogo.
Não acho que é hora de trocar o Mancini, mas a paciência não é infinita... E por enquanto, seria de bom tom o treinador repassar parte de seu salário pro garoto com a camisa 30...

terça-feira, 16 de março de 2010

Yes, nós temos Mariano!!!

Fred é o caraglio... Mariano é o cara. E Conca também. Hermano resolve tudo: mexe o time, dribla, faz miséria com a bola. E Mariano? Nosso lateral, mito, joga muito. Um dos melhores em atividade no país. Exagero? Hahaha... Somente para os outros.


Quem discute não anda assistindo futebol. Deve ter na memória a patada histórica do Carlos Alberto ou o ostracismo de Dunga com Daniel Alves e Maicon. O primeiro, sempre craque. O segundo, corre corre corre... E aguenta o tranco, tal qual um puro sangue. Mas muito pouco para o futebol brasileiro. Razoável para um velocista da Jamaica ou um maratonista queniano. Futebol é muito mais do que isso. É assistência, habilidade, inteligência. É Mariano.

ST

segunda-feira, 15 de março de 2010

Faltou só uma coisa...

Ahhh é Edmundo!

Em uma geração o Vasco se transformou ao mesmo tempo no time do vice (não era assim quando eu tinha uns 15) e naquele que só pode cultivar o passado, viver de museu (o que antes se gabava, emocionado, atribuindo ao Flamengo este defeito). O interessante é que cada torcedor vai viver do passado que lhe cabe, mas a cores e com tanta nitidez, nunca vi nada igual do que o penalti perdido pelo Edmundo contra o Corinthians. Apesar de ter visto a melhor partida de um clube brasileiro na espetacular vitória de 3 x 1 contra o Manchester.
Ah, sim, claro, gol do Cocada, jogo contra o Palmeiras no Parque Antártica, sei lá qual da década de 70 e por ai vai. De resto, o que sobra na cabeça são as derrotas para o Fluminense em 3 x 2 contra o Flamengo(que alegria!). A final da Copa do Brasil do Fla contra o Grêmio, depois Cruzeiro e por fim, contra o Santo André. Bom, e finalmente, as duas eliminações na Libertadores, tag esta que não faz parte da blogosfera vascaína - não existiam blogs e/ou não eram populares da última vez que o Vasco cruzou a fronteira do país.
Sendo assim, a única coisa que me cabe é revelar uma coisa e sugerir outra. Antes de escrever, assiti aos 4 x 1 do Vasco .Não fiquei triste ou irritado, até por que o Flamengo atacou pra caramba, tinha o Renato Gaúcho de muletas no ataque e no terceiro gol, o Júnior Baiano - pelo conjunto da obra, merecia ser driblado pelo Edmundo daquela forma.
O bom das coisas que passam é isso: naquela época doeu, hoje vejo como parte do enredo!
Ah, o segundo ponto, a recomendação: Não deixem de se lembrar como perderam o título mais uma vez e para esse time ai, de 2004. A camisa jogou sozinha! Vcs tiveram a oportunidade de comprovar com o Jean ai, não?!

domingo, 14 de março de 2010

Tudo que havia para dizer já foi dito...

Meu Vasco x Flamengo inesquecível!

Cruzmaltinos desse planeta,

Uma das minhas maiores frustrações como torcedor é justamente nunca ter assistido um Vasco X Flamengo no estádio. A violência de alguns sempre fez com que esse jogo fosse um dos mais perigosos, e - infelizmente - as coisas continuam assim até hoje. Mas o clássico contra a mulambada, mesmo em casa, é coisa impossível de ser ignorada. Traz lembranças doídas em alguns casos, felizes em outros. Poderia aqui falar do maldito jogo do gol de Petkovic, ou do chocolate de páscoa. Podia até falar do ano passado e a exibição de gala de Jéferson, mas tem um clássico que é impossível de ser esquecido: o da semi-final de 97.
Lembro-me que assisti o jogo em casa, era uma noite de quarta-feira e eu era só expectativa. Afinal, desde 1989 não ganhávamos um brasileiro, e naquela época não estávamos acostumados a jejum de títulos (bons tempos). Assisti com meus irmãos - tricolores secadores - que, por mais que não quisessem o Flamengo na final, também não queriam ver minha festa completa. E as lembranças reais acabam por aí.
Lembro de um baile, uma noite absoluta de Edmundo. Revendo o jogo agora, constato que o Flamengo podia ter nos vencido se não tivesse nulidades como Sávio, Iranildo e um idoso chamado Renato Gaúcho no ataque. É claro que o Vasco jogava com o regulamento debaixo do braço, sabendo que o empate bastava, e só saía na boa. Mas, mesmo com o Flamengo atacando à toda, terminamos com uma goleada. O Animal marcou 3 e se tornou o maior artilheiro de todos os brasileiros até então, desbancando Reinaldo, do Atlético Mineiro. O terceiro - uma pintura - um drible seco que faz a zaga do urubu procurar nosso atacante até hoje. E naquele dia, até quem ainda tinha alguns resquício de dúvida sobre quem era o grande ídolo vascaíno dos anos 90 teve que gritar: Ah! É Edmundo!