sábado, 4 de junho de 2011

Mais um tropeço do Cruzeiro!

Não, meus amigos, eu não fiquei louco nem troquei de time (o que seria muito pior). Porém, imagino que, nos jornais de amanhã, será esse o tom dos comentários sobre o jogo de hoje.
Pelo menos foi isso que aconteceu na última segunda-feira. Após nossa vitória incontestável contra o Atlético-GO, fiquei preocupado. Não li nenhum comentário sobre a evolução tática do Flu, ou sobre a boa atuação de Deco no Serra Dourada. Todos eram unânimes em afirmar que o Flu jogou mal, e só ganhou porque o adversário era uma galinha morta. Cheguei a imaginar que o meu computador estivesse com algum vírus, que alterava e deturpava os vídeos (pra quem não conhece, assisto aos jogos no site www.rojadirecta.es).
Sendo assim, após a vitória de hoje sobre o atual vice-campeão brasileiro, acho que nem vale a pena falar sobre o Deco e o Conca (que começam a se entender), sobre a melhora da zaga, ou sobre o fato de termos em Rafael Moura um substituto à altura para o Fred. Melhor destacar nossos erros (que também não são poucos): a nulidade do Rodriguinho, o medo que o Julio César tem de chegar à linha de fundo, ou os sustos que o Ricardo Berna continua nos dando (principalmente nos cruzamentos).
Até porque, como eu já disse em um post antigo, a inveja atrapalhou muito o nosso primeiro semestre. Quanto menos falarem do Flu, nesse momento do campeonato, melhor.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Gringo no Flu

Nos próximos dias, veremos dois ex-jogadores se despedindo (mais uma vez) do futebol. Enquanto em São Paulo, Ronaldo se despede pela seleção, no Engenhão, Petkovic pendura as chuteiras. Aproveitando a ocasião, lembramos um pouco da passagem do gringo pelas Laranjeiras.

Polêmica 1: No início de 2005, depois de acertar salários, luvas e tudo mais, Pet deixa o Flu a ver navios e vai jogar no Oriente Médio. Na época, o então presidente tricolor, Roberto Horcades, homem de palavra, vociferou: ¨Enquanto eu for presidente, ele nunca vestirá a camisa do Flu¨. Seis meses depois, o próprio Horcades anunciava a contratação do meia.

Polêmica 2: Pet chegou brigando. Insatisfeito com a camisa 8, exigia publicamente a 10. Felipe, por sua vez, alegava que seu contrato com a Nike exigia que ele usasse o número (por conta da campanha ‘joga 10’). Essa discussão foi feita pela imprensa e durou semanas, em mais uma daquelas brigas bobas que não ajuda nada ao time.

Estréia: Em campo, as primeiras atuações até que foram animadoras. Depois de estrear bem frente ao São Paulo, e marcar seu primeiro gol na goleada contra o Paysandu, veio aquela que talvez tenha sido a maior atuação do meia com a camisa do Flu. Em pleno Minerão, o Fluminense atropelou o Cruzeiro. Vale a pena ver de novo.

Porém, 2005 não acabou bem. Depois de brigar pelo titulo até a 32° rodada, o Flu perdeu 5 jogos seguidos e ficou de fora até da libertadores. No ano seguinte, o jogador é pivô de mais uma polêmica. O time, que havia iniciado bem no Brasileirão, volta da pausa para a copa caindo pelas tabelas (culpa de uma inter-temporada movida a festas em Joinville). Osvaldo de Oliveira decide barrar o gringo, mas é impedido pelo mecenas tricolor, Celso Barros. O treinador pede demissão e o Flu despenca na tabela, escapando do rebaixamento apenas na penúltima rodada, com um gol salvador de Andre Moritz contra o Santa Cruz. Em 2007 Petkovic vai enganar em Goiânia.

Nota 1: Dedé, o bom zagueiro vascaíno, passou por Xerém. Porém, assim como também aconteceu com o Thiago Silva, foi embora do Flu antes de se profissionalizar.

Nota 2: Quem parece estar se preparando para um jogo de despedida com a camisa do Vasco é o Perdigão. Confira aqui a boa forma dele atuando pelo São José, na Segundona Paranaense.

Próximo Jogo: No Engenhão, o Flu enfrenta o Cruzeiro. Ano passado, o Flu ganhou de 1 a 0 no Maracanã (gol de Leandro Euzébio de cabeça) em um jogo onde o Cruzeiro foi muito superior. Depois, em um jogo onde o Flu foi melhor, perdemos de 1 a 0 em Uberlândia. Sábado, às 18:30, é hora de homenagear o técnico Cuca (pela inesquecível arrancada de 2009) e depois garantir mais 3 pontos. Pra cima, Fluzão!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pros diabos com a cautela!!


Cruzmaltinos desse planeta,

é claro que as coisas podem dar errado na Copa do Brasil. Sem pensar muito, podemos nos lembrar de finais traiçoeiras, quando times pequenos desbancaram os favoritos - como Flamengo x Santo André e Fluminense x Paulista. No entanto, sem medo de soar arrogante, eu digo a vocês que o time do Vasco é INFINITAMENTE melhor que o do Coritiba. Estamos cheios de dedos porque o politicamente correto e o passado recente nos tornaram cautelosos, mas acredito que não teremos dificuldades para vencer a equipe Coxa Branca.
"Mas eles venceram o Palmeiras por 6x0", podem comentar alguns. Pois pra esses digo duas coisas: A primeira é que nós não somos o time de verde. Por mais que eu simpatize com os palestrinos, nessas horas é preciso bater o pau na mesa e dizer: "Sou Vasco da Gama, meu bem, campeão de terra e mar". Além disso, se você se recorda do jogo contra o Porco, certamente vai se lembrar que o Coritiba penou pra vencer o Ceará, apanhou do Corinthians e do Atlético Goianiense. Pra mim, o ponto fora da curva foi o jogo contra os porcos no Couto Pereira. O time do Coritiba só ficou 20 e poucos jogos sem perder enquanto jogava contra times da Série D ou menos. No dia em que começarmos a temer isso, estamos lascados!

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Por outro lado, é ótimo que os paranaenses estejam confiantes. A arma do time pequeno é jogar na retranca e se valer dos contra-ataques. Se eles vierem querendo sair de igual pra igual conosco, nossas chances aumentam exponencialmente.

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Se alguém mais é supersticioso, a capa do Lance Rio trouxe uma imagem que eu não via há muito tempo, mas que sempre trouxe bons augúrios...




segunda-feira, 30 de maio de 2011

Luxo ou Lixo ?


Fizemos três gols, dominamos o jogo e viramos para cima dos donos da casa - exibição de favorito ao título.
Levamos três gols de um time que vai cair, tendo um deles sido anotado aos 44 do segundo tempo quando o adversário tinha um jogador a menos - apresentação de candidato ao rebaixamento.
A verdade é que não somos nem o melhor nem o pior time do campeonato.
Nossas boas performances mostram que temos força para brigar na parte de cima da tabela.
Mas o segundo gol do Jóbson mostrou que não temos o "quid" para faturar o título (como teve, por exemplo, o São Paulo ao virar um jogo contra o Inter, no BR 2007, em pleno Beira-Rio). Time campeão não perde dois pontos preciosos daquela forma.

domingo, 29 de maio de 2011

Valeu, Professor!

Poucos dias atrás, chegou às bancas o DVD da conquista do Brasileirão do ano passado. A demora teria se dado por divergências entre a produtora e a diretoria do Flu. Enquanto a primeira queria dar destaque ao treinador e outros dois jogadores, a segunda exigia a inclusão de mais atletas no filme, e destaque para o conjunto, à torcida e ao clube. A diretoria, com isso, não queria negar a importância de alguns protagonistas. Porém, é preciso lembrar que, o clube, a instituição, está sempre acima destas pessoas.

É por isso que prefiro, depois da nossa primeira vitória no campeonato deste ano, destacar uma figura que, se não foi brilhante, mostrou humildade e consciência do seu papel. Poderia, é claro, destacar o Deco (o melhor em campo), ou o gol do nosso zagueiro da NBA, Leandro Euzébio (que além de usar a camiseta 85, fez um gol de ponte-aérea). Mas não. Quem merece os louros da vitória de hoje é o interino Enderson Moreira.

Se é verdade que Abel não influencia na escalação, como ele já disse repetidamente em várias entrevistas, Enderson resolveu se antecipar. Humildemente, deixou de lado que vinha fazendo até aqui e buscou inspiração no Flu Campeão Carioca de 2005, sob o comando do Abelão. O Flu jogou hoje em um 3-5-2. Se em 2005 era o volante Marcão (Seleção!) que recuava para jogar entre os dois zagueiros, hoje Edinho exerceu essa função. Essa mudança deu liberdade aos laterais, segurança à zaga e tranqüilidade para os meias criarem. O ataque também mudou, com a entrada de um jogador mais veloz ao lado de um atacante de referência (em 2005, Leandro e Tuta, agora Rodriguinho e Fred). Essas mudanças, somadas a uma forte marcação atrás da linha da bola, e a uma disposição nova, deram a vitória ao Flu na noite de hoje.

Enderson, que já merecia os parabéns por ter chegado “numa fria”, praticamente desclassificado na Taça Rio e na Libertadores, e ter conseguido passar de fase nas duas competições, mostra mais uma vez grandeza. Entendendo que seu ciclo já havia se encerrado, ele opta por sair de cena discretamente, preparando terreno para o seu sucessor. Sem estrelismo, nem rancor. A ele, os mais sinceros agradecimentos da nação tricolor.

A elitização da torcida.


Caros Amigos Cruzmaltinos,

nessa semana visualizamos o descaso da diretoria vascaína para com os seus torcedores. A venda de 50% dos bilhetes foi destinada na sexta feira aos sócios do clube. Até aí, nada demais. O sócio contribui com o clube, tem mesmo que receber alguns privilégios. Mas o que aconteceu na madrugada de sexta para sábado foi o mais puro descaso com o torcedor comum. Com o torcedor que apóia nos momentos de tristeza. Com o torcedor que esteve em São Januário nos momentos difíceis. Que esteve na Série B, debaixo de chuva, no frio, no calor de 40 graus, mas nunca deixou de acompanhar o Gigante time do amor. Mas mesmo os Gigantes tem seus pontos fracos. E o do Vasco é o mesmo do Gigante Adamastor, retratado em Os Lusíadas: O amor não correspondido. Amor entre os torcedores que nunca o abandonaram o clube nos momentos de tormenta e o desamor do clube que os abandona nos momentos de calmaria.

Na madrugada de sexta para sábado, mesmo com uma fila enorme se formando em torno de São Januário, a diretoria preferiu fazer a venda dos ingressos pela internet. Resultado: Começo das vendas 00:00h, ingressos esgotados 1:40h. Mesmo assim, a fila continuava se formando. Todos esperando as bilheterias abrirem no começo da manhã. Cerca de 5 mil torcedores na chuva e no frio, esperando a chance de finalmente ver seu time sair do buraco em que se encontra. Fazer parte da festa do primeiro jogo de uma decisão. A espera foi em vão... às 10:30 da manhã o Batalhão de Choque da Policia Militar foi avisar que os ingressos haviam acabado na madrugada. Isso mesmo, quem avisou foi a polícia. Nem coragem de se manifestar a diretoria cruzmaltina teve. Lamentável o episódio, chegando a ser ridículo. O torcedor que não tem um cartão visa não tem direito de participar da festa. O torcedor que sempre junta seus tostões pra sempre apoiar o time, que sempre rói o osso, dessa vez terá que ficar de fora enquanto os torcedores de sofá estarão lá saboreando o filé.

Simplesmente patético!