sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Por um mundo menos péla-saco

Ontem à noite recebi um link com a notícia abaixo, mas tive preguiça de escrever e ficou pra hoje:


Nego tá de brincadeira, só pode.

Sobre a atitude do nosso lateral, já exaustivamente debatida em programas e fóruns futebolísticos Brasil afora, eu digo: estou CAGANDO pro que ele fala em campo, contanto que seja ÚTIL ao time. Se fizer um gol por jogo, pode xingar até minha mãe nominalmente depois de cada um deles.

Francamente, fico constrangido pelos torcedores carentes que se dizem "traídos" por jogadores de futebol, como fazem os rubro-negros que vestem camisas pra dizer que "deram amor" ao Ronaldo (pelo amor de Cristo...). E agora tentam emplacar o mesmo papo com o Léo.

É óbvio que o Mengão, a maior instituição já concebida em qualquer âmbito, merece todo o respeito concebível, principalmente dos que ostentam o manto. Mas vamos separar as coisas. Um sujeito que foi repetidamente vaiado pela imensidão da nossa torcida tem todo o direito de falar meia dúzia de palavrões quando desencanta. É só jogar bola direito que tá perdoado.

Agora, a outra questão: o STJD.

Sobre isso, não tem nem o que falar. Vai arranjar o que fazer, seu bando de VAGABUNDOS. Deve tar cheio de reclamações de palavrão na liga de VÔLEI pra vocês cuidarem.

SRN

Pedrinho (2)

É brincadeira meia dúzia de recalcados chamarem um jogador que disputou menos de 300 jogos na carreira e ganhou 2 brasileiros, uma libertadores, uma mercosul, um Rio-São Paulo, além de um carioca e um paulista, de sub-celebridade do futebol.

Pedrinho, sozinho, tem mais títulos de relevância do que Fluminense e Botafogo juntos.

Descansa, Guerreiro

Cruzmaltinos desse planeta,
Acabo de ler que, após lutar mais de 10 anos com lesões que o impediram de jogar todo seu futebol, o meia Pedrinho decidiu se aposentar. (Leia aqui).

Desejo toda a felicidade do mundo pra ele. Ele, que realmente honrou nosso manto enquanto foi possível. Que mostrou - com lágrimas sofridas - que seu amor pelo Club de Regatas Vasco da Gama era mais do que simplesmente fazer graça pra torcida beijando a camisa.

Futebol é alegria. E Pedrinho esteve presente nas últimas grandes alegrias do Gigante da Colina (os títulos brasileiros de 97 e 2000, a Libertadores de 1998, a Mercosul de 2000). Foi ele quem fez as embaixadinhas em uma goleada sobre os mulambos. Lembrá-lo pelo rebaixamento do ano passado seria injusto. Foi apenas mais um dos duros golpes que ele sofreu ao longo de sua carreira.

A situação de 2008 foi vergonhosa, mas não se envergonhe das lágrimas, Pedrinho. Os verdadeiros vascaínos jamais irão se envergonhar de você.

Saúde em jogo

Estão tentando me dissuadir de ir ao Maraca nesse domingo por causa da gripe A. Resolvido o caso, irei com Rafo Saldaña ao São Januário, me arriscar com a gripe B.

Gripe Suína frustra torcida tricolor

Apesar da vitória sobre o Sport Club do Recife, a torcida tricolor não teve muito o que comemorar, pois recebeu nessa quinta-feira uma notícia que tirou seu humor...

Erro (2)...

Pois hoje me questionaram sobre um suposto bairrismo. Um bairrismo tosco, visto que a maioria dos colaboradores sequer vive no Rio de Janeiro. E foi então que percebi que existe mais um erro em nosso cabeçalho...
O futebol é um esporte criado no Rio de Janeiro e praticado pelos clubes cariocas. É baseado num esporte inglês, que alguns chamam de soccer, diferindo deste pois por lá só se pode marcar gols com a cabeça. Apesar do nome semelhante, não tem nada a ver com o futebol americano, nem com seu parente mais abrutalhado, o futebol gaúcho.
Em São Paulo, existe um jogo derivado do futebol. É basicamente o mesmo jogo, só que praticado de uma forma completamente sem graça ou imaginação.
Dessa maneira, "ludopédio carioca" ou "futebol carioca" é um pleonasmo. Espero ter esclarecido essa questão.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sinal de alerta aceso no Botafogo

Eu gostaria de começar minha participação neste espaço comemorando mais uma vitória alvinegra com a contagem regressiva rumo ao G4, mas a derrota sofrida para o São Paulo, no Morumbi, ontem à noite, por 3 a 1, deflagrou em mim aquilo que diversos amigos vascaínos, flamenguistas e tricolores já vinham dizendo há algum tempo: o time do Botafogo é fraco.....mais do que eu pensava. Começando pelo Castilho. Como é que pode um goleiro que não consegue interceptar um cruzamento na área, que sai atabalhoado em qualquer atacante adversário, ser titular de um clube da magnitude do Botafogo? Com ele em campo não há como suspender o ansiolítico.

A nossa dupla de zaga até que não está comprometendo, mas ontem uma de nossas armas ofensivas não funcionou: o Juninho não conseguiu acertar uma falta no gol. Assim fica difícil. O Alessandro depois de ter atravessado uma péssima fase no início do campeonato parece que está voltando a sua condição costumeira de jogador mediano que não fede nem cheira. Agora, o que é aquele Eduardo???Pelo amor de Deus, não me lembro de ter visto um jogador mais displicente do que ele. Entra como uma moça em todas as divididas, inclusive na que resultou no segundo gol são-paulino.

No meio de campo, o Leandro Guerreiro e o Batista são os únicos jogadores que salvam. O Lúcio Flávio, embora tenha feito um belo gol, que me iludiu que a noite seria de vitória, parece que entrou de vez naquele grupo dos ex jogadores em atividade. Até o Renato que não fez nada no Corinthians e no Vasco, e saiu machucado ontem, está jogando mais que o camisa 10.

Pra finalizar essa descrição sumária do time, se continuarmos dependendo como no jogo de ontem do Victor Simões pra estufar as redes do adversário, iremos passar muita raiva ainda. Menos mal que o André Lima volta sábado contra o Furacão.

Toque 1: É bom o Ney Franco ficar com as barbas de molho, porque mais uma derrota complica de vez sua situação em General Severiano.

Toque 2: Ou a preparação física do Botafogo está sendo muito mal feita ou o time vem sempre comendo uma feijoada na véspera dos jogos.

Comunicado do Ministério da Saúde

"Evite a gripe suína: vá aos jogos do botafogo e se isole do resto da humanidade".

Estréias e Voltas

Cruzmaltinos desse planeta,

alguns se mostram chateados pela decisão de nosso comandante Dorival Jr de colocar o aguardado Aloísio Chulapa no banco no jogo de sábado, contra o lanterna Campinense. Acalmem-se! O DJ está com a razão. Afinal, após três meses sem jogar, é natural que o atacante esteja sem ritmo de jogo. Colocá-lo no segundo tempo, quando provavelmente já teremos um placar elasticamente favorável, o poupa de pressões desnecessárias. Além disso, outra ressalva merece ser feita: Aloísio não é o homem-gol que muitos estão esperando. Já estou até vendo os desinformados (que não é seu caso, caro leitor da Corneta Diária) reclamando que o ex-Bambi não faz gols, que joga muito fora da área... Pois, mesmo n'aquele time do São Paulo, Aloísio atuava como uma espécie de pivô, preparando a jogada para os demais atacantes. Dentro das devidas proporções, a torcida não deve esperar um Edmundo, e sim um Evair. A entrada de Aloísio deve servir para melhorar o aproveitamento de seu companheiro de ataque, seja ele Elton, Adriano ou Robinho.

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Temos também a volta de alguns dos contundidos. Parece que essa semana o zagueiro Fernando já se mostra em condições de jogo, no momento em que Titi sente dores no púbis. Pois bem, não escondo de ninguém que sou o primeiro a enxergar nossa zaga com um tantinho de desconfiança. Talvez seja somente trauma de 2008, quando bizonhos do naipe de Jorge Luís conseguiram fazer o infactível: colocar o Vasco na série B. Vilson e Titi vêm se mostrando seguros, apesar das rateadas contra Bahia e Fortaleza, e merecem todo o crédito por isso. Não é porque o Fernando chegou com status de titular que devemos sacar um dos dois, ameaçando desestruturar a dupla que vem dando certo. Além disso, o ex-Mulambo tem o mesmo problema do Aloísio: a ausência prolongada o deixou sem ritmo de jogo, o que é muito mais grave na zaga do que no ataque. Assim sendo, mesmo que as dores de Titi o deixem fora do jogo de sábado, eu acho que o DJ deveria começar com Fernando no banco, dando prioridade para o bom zagueiro Gian, que veio do Ipatinga.

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Apesar de não estar diretamente relacionada ao Gigante da Colina, quero comentar essa notícia:

Parece que, mais uma vez, a imprensa esportiva canalha vai vencer. Após conseguirem vender a tal "arbitragem européia" - que nada mais é que um pretexto pra deixarem o pau comer - agora eles conseguem mais um objetivo: emplacar o tal calendário europeu.

Todos os anos, no final do Brasileirão, há grande reclamação por expôr os jogadores ao calor escaldante do verão brasileiro, fato que se agrava com a entrada do horário de verão. Mas tudo bem, a gente releva porque é a reta final, porque não é muito tempo. Pois, pelo novo calendário, os times jogarão o verão todo. Parabéns, CBF!

Os argumentos são pífios. Um deles é de que o novo calendário valorizaria a Copa do Brasil, que poderia contar com os clubes da Libertadores. É fato que a Copa do Brasil precisa ser valorizada, mas para isso, basta realizar a competição no segundo semestre, ao invés de dar cartaz pra insípida Copa Sulamericana. O Campeonato Brasileiro podia começar um pouquinho antes, terminar um pouquinho depois, sem nenhum grande prejuízo. Logo, esse argumento é furado.

A outra questão é bem mais complexa, e sua resolução exige culhões - coisa que os dirigentes da CBF não têm. Alguns afirmam que nosso campeonato é prejudicado pela saída dos melhores jogadores nas janelas de transferência. Balela. Até quando vão mascarar a incompetência dos nossos dirigentes com essa desculpa do calendário!? Os jogadores vão embora porque seus contratos são mal feitos. São mal feitos porque têm multas recisórias ridículas. Têm multas baixas porque os clubes não controlam os jogadores, que estão na mão dos empresários. Valeu, Pelé!

Além disso, a questão tem mais um ângulo. Porque os jogadores vão pra Europa? Porque eles sabem que lá - além de salários melhores - terão a oportunidade de defender a seleção. Recentemente o volante Ramirez deu uma senhora chamada na CBF, dizendo que - por mais que se destaquem - os jogadores que atuam no país não têm chances reais de atuar com o uniforme canarinho. E ele não estava mentindo. Assim, ao invés de ficar choramingando, senhor Dunga, senhor Ricardo Teixeira, os senhores deveriam deixar de ser CANALHAS e priorizar os jogadores que atuam no Brasil. Como eu disse, demanda culhões. Mas experimentem estabelecer uma cota - Somente 25% dos jogadores convocados podem atuar no exterior - e já teremos jogadores pensando duas vezes antes de procurar visibilidade nos gramados da Ucrânia.

Vamos parar com a submissão cega, tão cara a alguns setores da imprensa. Até mesmo porque, hoje é a Europa que dá as cartas, mas amanhã pode ser os EUA. E aí? Vamos mudar o calendário novamente?

Um erro...

Cruzmaltinos desse planeta,

Como vocês devem ter percebido, há um erro grave no cabeçalho desse site. Ele diz: "Comentários sobre os 4 grandes do Rio". Como assim 4? Ok, bem ou mal, temos que engolir a mulambada como time grande. Até mesmo porque, ficaria até sem graça se o Gigante da Colina não tivesse um rival para ficar à sua sombra. Mas, francamente, Botafogo? Ora, o que dizer de um clube que em mais de 100 anos de futebol só conseguiu um título internacional, de um torneio extinto que equivalia à segunda divisão da Taça Libertadores? Um time que, mesmo tendo entrado na disputa 19 anos antes do que o Vasco, tem menos estaduais do que a gente? Cujo único brasileiro conquistado é fruto de um erro clamoroso de arbitragem e mesmo assim conseguiu se tornar famoso pelo chororô... Não se iludam com o discurso da tradição: a estrela do Botafogo é solitária não é a toa, é por falta de títulos mesmo...
E o Fluminense? Outro desconhecido fora dos limites nacionais, chegou ao cúmulo de precisar do tapetão para escapar na Série B. Não bastasse a "pequenez" do clube da zona sul, os tricoletes ainda sofrem de uma grave crise de personalidade, que se agravou recentemente: a inveja do meu Vascão está atingindo índices assustadores. É um assédio insuportável aos nossos craques, é tentativa de comprar nosso CT, até uma camisa com faixa diagonal eles apareceram agora. Talvez o objetivo seja celebrar a primeira vez que eles nos copiaram: o uniforme de 1907, plágio de nosso primeiro manto, das regatas...
Assim sendo, se vão apelar e chamar clubes dessa estatura de grandes, faço desde já uma moção para que se convide torcedores do Bangu, América e São Cristóvão, que têm tanta tradição quanto os já citados - porém com mais carisma.

Começando com o pé errado.

Puta que o pariu, mengão. Assim não, porra.

Tá certo que o Goiás é um time esforçado e bem montado, que joga um futebol sério apesar do Léo Lima e blá blá blá, mas dado o início de jogo nefasto (2x0 no primeiro tempo), o Serra Dourada irreconhecivelmente lotado (apinhado de rubro-negros, claro) e uma vitória em potencial nas mãos, essa derrota desceu amarga pra cacete.

Porque deu pra sentir aquele pezinho no freio pra garantir um pontinho que não faz jus ao manto sagrado. Pezinho esse confirmado pela mudança em cima na hora na substituição após o gol de empate (mas tá certo que botar Zé Roberto e sua bunda em campo não seria solução pra nada).

Mas o pior disso tudo foi ofuscar o primeiro gol do Pet desde sua volta. Um gol como deve ser feito, por um cara que veste o manto como poucos. Taquem as pedras que quiserem, mas esse sujeito foi uma bela contratação em tempos em que todos os jogos são "atípicos", como bem definia nosso ex-técnico e botafoguense Cuca-já-vai-tarde.

No domingo, aí sim, com o maraca lotado pelas duas maiores torcidas do país, teremos um jogo atípico. Porque se o mengão ganha de um adversário com o peso (desculpem o trocadilho) do Corinthians (mesmo este combalido pela venda de jogadores), a tal reação que estamos esperando desde o brasileirão passado pode vir. Como dizem nos programas esportivos, "se a torcida bota o time no colo, ninguém segura".

O problema é que o colo santo da nossa torcida não está reservado para qualquer um.

SRN