sábado, 12 de setembro de 2009

Vencer ou vencer

Peço desculpas às almas perdidas que me acompanham neste espaço pelo período sem postar, mas confesso que a derrota do Botafogo diante do Sport em Recife no último sábado por 2 a 1, e mais que o resultado, a forma como o time se portou, principalmente no primeiro tempo, me deixaram bastante desesperançoso e até mesmo descrente com esse arremedo de time que infelizmente representa, atualmente, nosso grandioso clube de futebol e regatas. Jogadores, treinador e diretoria repetem durante toda semana: " O trabalho está sendo bem feito", " Não podemos mais errar", "A reação começará no jogo de hoje", aí chega na hora da partida e em 7 minutos o time já toma dois gols do Sport Recife, uma das maiores bábas da competição. Não consigo entender que trabalho bem feito é esse, que não consegue arrumar o posicionamento defensivo de nosso time, que sempre deixa buracos no miolo de zaga e avenidas pelas pontas. Mas como já dizia Artur da Távola "Ser Botafogo, é ser estrela solitária ou solidária, é tomar partido, ousar e desbravar, é insistir e crer onde os fracos desistem." Perder a esperança, jamais.

Achei válida a iniciativa da diretoria de levar os jogadores e comissão técnica para uma temporada de treinamentos na região dos Lagos. A cobrança dos torcedores da capital, que tem um contato mais próximo com os nossos atletas, apesar de necessária, não pode ser excessiva e no atual momento, por mais que queiramos xingar, criticar esse ou aquele jogador, chamar o técnico de burro e a diretoria de incompetente, devemos entender que a tranquilidade e um ambiente mais ameno é crucial para um melhor desempenho de nossa equipe no campoenato.

Durante a semana Estevam Soares aproveitou pra testar alguns jogadores que não vinham tendo oportunidades no time titular, como o zagueiro Teco e o meia Jônatas, esse último entrando no decorrer de algumas partidas. No último treinamento aberto ao público, realizado ontem, nosso treinador definiu algumas mudanças na equipe que deve jogar num 3-5-2 diante do Fluminense. O volante Fahel foi recuado e formará a linha de 3 zagueiros, ao lado de Juninho e Emerson ( ai Jesus!!). Na meia, jogam Leandro Guerreiro, Jônatas e Lúcio Flávio e Alessandro e Eduardo nas alas. Confesso que apesar de o setor de criação ganhar com a entrada de Jônatas, ele fica muito lento, o que pode acabar facilitando a marcação tricolor. No ataque Victor Simões perdeu a posição para Reinaldo (até que enfim), que formará dupla com André Lima. No gol, Jefferson fará sua reestréia no clube, depois de uma passagem de 3 anos no futebol turco.

Eu estou otimista em uma vitória no clássico vovô. Meu palpite é 3 a 1 para o Glorioso. Agora, se perdermos ou empatarmos com o Fluminense, a maior bába do campeonato, e que já está praticamente rebaixado, é sinal de que teremos no ano que vem o clássico mais antigo do futebol carioca sendo disputado na série B.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Calado é um poeta

Esse não é um post sobre o Vasco, apesar de se basear em uma notícia tirada da página do Vasco no Globoesporte.com, sobre uma fala do técnico do Vasco.
Dorival sugere o fim da regra do impedimento. Sinceramente, essa é uma besteira digna de uma mulher. Qualquer um que conheça minimamente a evolução do futebol sabe que o fim da regra do impedimento não significa mais dinamismo para o futebol, muito pelo contrário. Significa retrancas fechadinhas, times jogando no esquema 6-3-1 e coisas do tipo. A regra do impedimento veio justamente para que o time pudesse sair jogando sem ter que se preocupar em deixar um ou dois jogadores preocupados com os banheiristas. Até mesmo Elton consegue perceber isso.
Dorival, gosto muito dos resultados que você tem conseguido, da seriedade com que você trata o seu trabalho, do cuidado com o psicológico dos jogadores... Mas, sinceramente, você dá um monte de provas de que não entende muito bem desse jogo simples que é o futebol.

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Uma outra novidade que vem por aí, no campeonato carioca, é o tempo técnico obrigatório. Outra bobagem. Só vai servir pra quebrar o ritmo do jogo, prejudicar o time que se armou melhor para enfrentar o adversário. Pela lógica dos inventores, é o fim do "nó tático". É o fim da chance de um time limitado com um técnico criativo surpreender o adversário melhor tecnicamente. Só tem gênio nesse meio!

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A imprensa ventila constantemente pedidos pela adoção da tecnologia no futebol. Uso de VTs, quarto árbitro vendo replay, bola com micro-chip. Tudo isso acaba com o futebol. Não, não vou usar o argumento romântico, de que o erro é o que apimenta o jogo e gera a discussão. Vou usar o argumento prático: O futebol só é o esporte mais popular do mundo por sua simplicidade. Com um mínimo de recursos, joga-se o mesmo esporte da Copa do Mundo no interior do Amapá. Se colocarem esse tanto de frescura, teremos dois esportes diferentes: aquele da TV - que precisa de uma equipe de cinegrafistas para ser praticado, técnicos ligados em sensores de movimentos, etc, etc... - e outro praticado nos campinhos. Epa, não só nos campinhos. Vocês acham que a federação acreana vai ter como bancar um campeonato que já é deficitário com todo esse custo extra? E a federação de futebol do Gabão? E de Bangladesh? É o fim do maior esporte de massa desse planeta.

E olha que esses caras que propõem isso ganham rios de dinheiro para pensar o futebol...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Meu pequeno Vascaíno

Cruzmaltinos desse planeta,

a vascaína e cantora Fernanda Abreu lançou ontem seu livro infantil, que tem esse título: Meu Pequeno Vascaíno. Uma boa opção para educarmos nossos pimpolhos em uma vida feliz e longe da mulambice. Porém, não é sobre o livro que é meu post de hoje.
Há muito tempo que não temos tantas boas notícias e esperanças vindas da nossa divisão de base. Após anos rifando nossos garotos antes mesmo que eles pudessem mostrar seu futebol, parece que agora nossos dirigentes perderam a pressa de entregar nossos tesouros para os gringos. Isso acontece porque agora temos um projeto de gestão, não precisamos mais sair vendendo o almoço para tentar pagar a janta de ontem. Resultado: Alex Teixeira e Souza convocados para a seleção Sub-20. E de onde virão seus substitutos? Da base! Allan e Phillippe Coutinho entram no time prometendo não deixar o nível cair nesses quase 45 dias de mundial de juniores. E tem mais garoto subindo e prometendo. Lipe é mais um que vem da base reforçar o time profissional. Cuidando bem dessa garotada, dá pra esperar um futuro com muitas glórias.

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O Globo Esporte fez uma brincadeira, dizendo que o encostado Milton Benítez e Phillippe Coutinho são "irmãos gêmeos". Será que a semelhança é tanta que a gente consegue mandar o paraguaio pros italianos no lugar da promessa?

No ataque, Dorival escalou o time com Robinho e Elton. Ok. Já é uma melhora. Se Robinho entrar com a seriedade que mostrou contra a Ponte Preta, o fominha Adriano será esquecido de vez. Aliás, nem precisa tanto. Basta não socar ninguém nos primeiros minutos de jogo. Mas uma pergunta fica: E Pimpão? O jogador se destacou no carioca e no início do brasileiro, mas desde que se contundiu não vem tendo oportunidades. Não podemos ser ingratos nem ter memória fraca.

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Depois de culpar a Internet, o Flu agora ataca a matemática. Quem será o próximo alvo? A lei da gravidade!?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TRAFFIC de boleiros

Caríssimos tricolores, reconhecidamente o Fluminense Footbal Club está entre as cinco melhores divisões de base do Brasil, visto a quantidade de títulos nacionais e internacionais conquistados por nossos meninos nos últimos anos. Mas onde nossos futuros craques estariam nesse momento tão complicado do único tricolor do Brasil?

A resposta é muito triste. Saem por atacado, embalados em bandejas como em uma feira. Desta vez a Traffic, “parceira” do clube, comprou os direitos econômicos de Alan, Raphael Augusto e Dalton. Motivo da venda: quitar salários atrasados de nossos funcionários. Para a aquisição de Conca no início do ano, já havíamos perdido 80% de Maicon, Tartá entre outros, como afirmou o próprio presidente executivo da empresa Júlio Mariz, em entrevista ao Lance no mês passado. Ou seja, não temos dinheiro para manter nossa estrutura profissional, que já não é boa, e para isso precisamos vender a preço de banana nossos melhores atletas. Levar embora Maurício, Radamés e cia ninguém quer, né?

Enquanto precisamos de laterais, apelando para jogadores com idade avançada ou categoria duvidosa, Marcelo defende o Real Madrid e os gêmeos Rafael e Fábio já integram o elenco do Manchester United. Estes últimos, nunca fizeram uma partida pelo time profissional tricolor. Assim como o atacante Mauricio Alves, transferido para o Villareal no ano passado, Wellington Silva (Arsenal interessa) e Pernão, disputado por Manchester City e Chelsea.


Alguma coisa precisa ser feita, tanto para aumentar o aproveitamento das revelações no profissional do Flu, como receber quantias justas pela venda dos meninos. É certo que a Lei Pelé está afundando os clubes brasileiros. E também é sabido que esses jogadores, mal influenciados por familiares ou empresários mercenários, optam por deixar o país precocemente sem nenhum preparo para tal empreitada. Mas perder futuros craques por atacado, como essa diretoria incompetente está permitindo, já é brincadeira. Muito chato assistir Diego Souza comendo a bola no Brasileiro enquanto Marquinho e Diguinho batem cabeça com a camisa do Fluzão.

Saudações tricolores.

Ausência, troca-troca, futebol e matemática

Caríssimos tricolores, inicio este post com um pedido de desculpas pela ausência nesses dias. Como todo mundo gosta e deseja, passei um tempo com as barbas de molho ao lado de grandes amigos numa incursão mineira, regada à cachaça e comida de qualidade. E como tudo que é bom dura pouco, estou de volta à triste realidade tricolor. Pfffff...

Semana agitada no Flu. Gente chegando, má gente saindo... Troca satisfatória na vice-presidência. Menos pelo desconhecido e inexperiente (porém tricolor) Ricardo Tenório, e muito por Mario Bittencourt, advogado do clube. Nosso competentíssimo homem da lei vence todas nos tribunais, e agora será O CARA com a árdua missão de organizar um pouco a casa. Chega de contratos malucos, vendas obscuras e jogadores sanguessugas no nosso Fluzão.

Domingo não jogamos bem. Pelo menos para quem vos escreve. Se o time teve um pouco mais de organização, foi insuficiente para sair com a vitória do Maracanã. Cuca armou um time muito parecido com o de Renato, receita constatadamente falida para nosso elenco. Marquinho NUNCA vai ser o companheiro ideal de Conca nas armações das jogadas e Roni, cansado, não rola. Consequentemente, as mexidas foram inteligentes, inclusive a não utilização do promissor Fábio Neves no decorrer da partida. Provavelmente o menino seria queimado em um jogo onde a equipe já não estava bem. Fica a dica para o clássico contra o Botafogo.

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Diguinho não jogou nada até agora, mas falou bonito essa semana. Esse Tristão Garcia é um péla-saco. Ninguém aguenta essas pesquisas de futebol. Como se futebol e lógica tivessem alguma relação.


Saudações tricolores.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gestão profissional

Cruzmaltinos desse planeta,

o destaque do noticiário vascaíno dessa segunda-feira, dia da independência, é a entrevista que o diretor executivo Rodrigo Caetano (na foto, com o Presidente/ídolo) concedeu ao jornal Extra!, e o site Netvasco reproduz.
A conversa tira qualquer dúvida: O manager que trouxemos do Grêmio foi a melhor contratação de 2009, disparado. Vemos uma pessoa sensata, com um projeto concreto de devolver o Vasco para o lugar de destaque que ele merece. Sem nenhuma fórmula mirabolante, sem nenhum milagre. Só com trabalho competente.
Como eu tenho dito aqui: dias melhores virão.

domingo, 6 de setembro de 2009

Se...

Cruzmaltinos desse planeta,

Se o Carlos Alberto acerta aquele segundo pênalti, estariamos numa posição pra lá de invejável... Mas nem tudo sai como o esperado, e o importante é permanecermos líderes. O empate fora de casa contra a equipe que melhor se saiu em seu campo é um ótimo resultado, principalmente depois do pavoroso primeiro tempo. A substituição de Enrico já me dá esperança de que em breve ele seja barrado em definitivo.
Me preocupa a expulsão - desmotivada - de nosso capitão. Carlos Alberto já estaria fora do próximo jogo de qualquer maneira, já que o amarelo que havia recebido era seu terceiro. Mas a expulsão nos leva ao imprevisível - ou previsível em sua vontade de nos prejudicar - STJD. Mas ficar fora do jogo contra o Paraná será bom para que o camisa 19 se recupere das lesões - antigas e novas: continuam batendo pra cacete no craque.
Agora o problema está na mão de Dorival. Sem Carlos Alberto e Alex Teixeira, quem poderá dar criatividade pra esse meio-campo? Se alguém falar Enrico vai tomar uma bifa!

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O Atlético Goianiense fez um esforço sobre-humano para se mostrar um timinho mesmo. Desses de quinta categoria, de várzea, que vai chegar na primeira divisão sem merecer. Após a promoção pros flamenguistas, um dirigente do clube tentou agredir o presidente-ídolo Roberto Dinamite.
Vemos aí mais um São Caetano: time que tm dinheiro, mas falta tradição. Foi sensação em 2000. Onde está hoje?