sexta-feira, 2 de abril de 2010

Mera coincidência


Ah! Muito obrigado, Botafogo! O Vasco me deixa triste algumas vezes, mas vocês sempre me dão felicidade...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Máquina da mentira

Hoje não tenho nada pra escrever. Tá tudo muito devagar, o mesmo papo de sempre. Movimentação só nos bastidores do clube, inundado de especulações sobre o futuro do meu amado Fluzão.

Por outro lado, é 1° de abril. Fiquei relembrando de algumas mentirinhas ouvidas repetidas vezes por nós, crédulos torcedores, e decidi escrever sobre isso. Fiz o esboço de uma “verdadeira” máquina tricolor, campeoníssima de todos os torneios imaginários. Só entra em campo quem nunca jogou no Flu (exceto Rodolfo), mas em algum momento teve o nome relacionado com o clube pela imprensa “que tudo sabe”. Para a exibição de gala, nada mais justo do que disputar as pelejas na Arena Tricolor - nosso caldeirão invisível. No banco de reservas, comandados por Muricy Ramalho, teríamos ainda Valdívia, Bolatti, Mineiro, Léo, Grafite, Rafael Sóbis e Preud'Homme. Acha pouco?


E então, lembra de mais algum reforço extraviado na fronteira do real? E qual lorota é a sua preferida? Fiquem de olho, 2010 é ano de eleição e mais potocas vem aí. Tenho certeza que vai ter gente prometendo pagar nossa dívida de R$ 338 milhões no primeiro ano de mandato...

ST

colaboraram com o post os amigos tricolores Rodrigo Tardin e Leonardo Paiva.

César Cielo

Discordo dessa coisa de apoio aos esportes olímpicos que os clubes cariocas se gabam de ter. O foco principal tem que ser o futebol. Vasco, Flamengo e Botafogo ainda têm o Remo, que é histórico, mas de resto é bobagem! Não têm nada que ficar gastando dinheiro e esforços com esses esportes que não trazem retorno nenhum ao clube: nem financeiro, nem em termos de torcida. Ninguém liga!! Se estivesse sobrando dinheiro - o que não é o caso - tudo bem. Mas os clubes estão em situação difícil e ficam fazendo gracinha pra imprensa esportiva. Porque ninguém cobra que o Pinheiros invista em futebol? Ou Minas?
Parece que esse país acha que o futebol tem a obrigação de solucionar o mundo!

O suficiente...

Cruzmaltinos desse planeta,

não fomos brilhantes, mas foi o suficiente. Estamos nas oitavas de final da Copa do Brasil e enfrentaremos o Corinthians do Paraná. O time do ASA aprontou uma correria no primeiro tempo e mostrou a fragilidade da nossa zaga, que insiste em jogar em linha. Fizeram um gol e quase fizeram dois em bolas rápidas vindas do meio campo. No segundo tempo, o time deles cansou, e com calma o Gigante da Colina conseguiu um placar mais elástico do que a partida indicava.
Nosso duo de ataque não foi bem. Dodô mostrou muita vontade, mas pouca eficiência. E Élton... Élton é o tipo de atacante que mata de raiva qualquer pessoa que queira analisar o jogo. Ele perde bolas fáceis, dá passes e tenta arrematar bisonhamente com o calcanhar, fura dentro da pequena área... E bota uma bola no travessão e faz dois gols (o segundo foi horroroso, mas fez). Coisa de quem tem estrela.

Nosso meio-campo deixou a desejar. O garoto Souza fez uma partida irreconhecível, talvez a pior que eu vi dele com a camisa do Vasco. Erramos muitos passes e mostramos que ainda somos muito dependentes da criatividade de Cazalberto. O que é - de certa forma - natural. Afinal de contas, todo time que tem um jogador dessa qualidade acaba dependente dele. A real é que nosso capitão organiza o meio campo como ninguém, e o Vasco precisa procurar alternativas para quanto ele estiver ausente. E se as más notícias em relação ao ídolo Juninho Pernambucano se confirmarem, é preciso ter um plano B. Não, Magno não é Plano B.
Enfim, em 27 de março eu disse que Gaúcho só ficava se conseguisse aplicar boas goleadas. Até agora foram 6 gols em 2 jogos. Contando que antes do interino assumir tinhamos marcado somente 3 em 4 jogos, nosso atual treineiro provisório vai ganhando moral...

...

O STJD prossegue em sua cruzada para prejudicar o Vasco. Chega a ser ridículo dar 4 jogos por um lance totalmente acidental, que eles chamaram de "cotovelada". Nosso volante ficará de fora até a final do Carioca, caso nós a alcancemos. Negar a perseguição é querer tapar o sol com a peneira. Ainda bem que temos Léo Gago.

...

Apesar da Diretoria não confirmar, a imprensa paraguaia já dá como certa a vinda do lateral Irrázabal, do Cerro Porteño, em junho. Não sei como é o futebol do cara, mas só do clube estar procurando opções para essa posição é uma excelente notícia.

quarta-feira, 31 de março de 2010

A futenovela em capítulos!

O brasileiro adora uma novela. E houve um tempo em que elas tinham seu horário reservado na programação. Mas como gostamos tanto, tanto que a mídia percebeu isso. Agora qualquer coisa vira uma. É na política (quantos meses durou "O mensalão"? ou, há quantas semanas assistimos "Arruda sem sorte"?); na dor - o caso Isabela Nardoni acabou de ter o ápice de sua segunda temporada; na economia com "A CRISE mundial" ou na saúde&sanitarismo, "Todos estamos gripados". 
Com o futebol nem se fala. A Band é o núcleo popular, com seus pseudo-especialistas jogando pra torcida o tempo todo. É uma novela do nível SBT, que só engana paulista, principalmente, o pessoal corintiano. A nova novela é "Como tirar Adriano da Copa em 90 dias" e estreiou essa semana a mais absurda de todas as mini-séries: "Se não tem Ronaldo, volta Roberto Carlos!". Aqui em Minas temos uma imprensa que insistentemente cria roteiros para seus craques (?) e seus tantos (?) times. Dignos de Zorra Total, uma piada que nem entra no núcleo de novelas do Galvão. Aliás, diga-se de passagem, o grande diretor, uma espécie de Daniel Filho do futebol - um homem que manda e flerta com várias instâncias, principalmente aquelas com contrato e as que são verdes. Seus bordões são como diálogos memoráveis - "Sai que é sua TafaRELL!". Dos que contracenam com ele também. Como esquecer "a regra é clara"?  Além de diretor, Bueno atua, uma das mais dramáticas e manjadas da futenovela brasileira - há muito tempo nem ganha o trófeu imprensa, o oscar da TV brasileira.
E, claro, ainda temos as geradoras de novelas para a elite do país. Geralmente, direitores e executivos em seus postos de "trabalho" e seus filhos (em casa), acompanham. Afinal, trabalhador brasileiro não consegue ver novela às 10 da manhã!
Daqui a pouco recomeça a grande novela, uma das mais queridas do povo brasileiro: A Copa do Mundo. Na última edição, a direção quis ousar, mas os exageiros foram notados pelo público, que passou a desconfiar do talento do jogator brasileiro. Rolou até morte! "Orgia, jogos e trambicagens", seria o longa estrelado pelo quarteto fantástico do WE / PS2 na Suiça. O roteiro para a vida de cada um  dessas estrelas (menos o Kaká) seria simples e copiaria um enredo típico da fábrica de sonhos brasileira:

Garoto nasce em comunidade com carência social. Sua família é desestruturada em termos. A mãe tem uma relação bastante protetora e enfrenta várias dificuldades em prol de seu filho. O pai, se for vivo e/ou biológico, poderá ter sonhos de enriquecimento fácil através do notável talento que o filho exibe. O que sulocionaria TODOS os problemas. O garoto sonha, entre outras coisas, dar uma casa para a mãe.

Garoto cresce, dá sorte e é agenciado por pessoas bastante espertas e de certa forma, desonestas - mas trabalham em prol do bem do menino e de sua família. Como um fenômeno, se transforma em celebridade nacional e, em seguida, internacional. É ovacionado pelos grandes jornais. Empresas e pessoas influentes se aproximam. Mulheres e aproveitadores, também. Seu talento é indiscutível, por isso, por mais que tente, ainda assim se sente relaxado se por acaso tiver que esticar a balada. Apesar das grandes noitadas, ainda consegue fazer grandes jogadas.   

Ganha tanto dinheiro em campanhas publicitárias, ganha tantos elogios por suas jogadas e gols, ganha tanto bajuladores que acaba acreditando que realmente é possível que seja um rei perdido, santo ou qualquer entidade com poder parecido. Acima de tudo, ganhou tanto dinheiro que não se preocupa mais com aquele vazio presente nos primeiros dias. A família, no Brasil, perde-se em brigas e intrigas. A ingenuidade e ignorância garantem dor ao elenco de cadjuvantes. Garoto já não se pertence e precisa cumprir com as obrigações de seus donos. Luta, mas não consegue. Sofrem, desabam no princípio do prazer, esbaldam-se. Porém, de repente o corpo dá uma envelhecida e já não consegue se livrar de um cansaço crônico e perturbador. Seu futebol cai e passa a ser vaiado em campo. Descobre sem querer que seu empresário (grande "pai" e amigo) na verdade, o negocia como se fosse uma mercadoria. Entra em depressão e se joga na night! Depois de um período errante, alguém aparece e lhe dá uma luz com uma ideia: negociar sua volta para o Brasil,  apesar de abrir mão de boa parte do contrato.

Aqui, com status de superstar em uma terra que venera superstars, se torna, novamente, membro do topo da cadeia social. Alheia a toda essa conversa, discretamente posicionada como testemunha ocular, a mídia começa a se incomodar com a não-exclusividade ou a própria, as entrevistas vazias ou simplesmente, o silêncio. O jogator percebe que também é mercadoria lucrativa e revestida de pele de cordeiro pelos "amigos" jornalistas. Com raiva, passa a faltar compromisso ou a negá-los veementemente. Os sádicos morcegos decretam que deve ser assado, frito, empanado e consumido de todas formas e em todas as posições. É oferecido aos torcespectadores como criatura bizarra, presa em globo e em turnê por planetas gramados, cercados de platéia e antenas. 

Querem acusá-lo de imoral em função de suas escolhas além dos campos! Esse é o manual do conservador terráqueo, utilizado em várias culturas, com diversas linguagens e teses memoráveis sobre seu comportamento emocional. Muito mais! É também do terráqueo aproveitador, aquele que simplesmente  se aperfeiçoa em pegar oportunidades de se dar bem no mundo conforme a maré, ora esquecendo, ora lembrando o que quer para justificar atitudes.

- Continua -

terça-feira, 30 de março de 2010

Boatos

A imprensa achou uma brecha. Na verdade, o Fluminense permitiu tudo isso. Derrota em clássico, enxurrada de matérias sobre bastidores. Grafite, Deco, Pet, Renan, saída de Cuca e de Conca - seleção!?! - até a camisa nova estão especulando.


Momento de se fechar e treinar muito nessa semana de descanso, conquistada no campo pelo recém contestado elenco tricolor. Unir-se como nunca e não dar trela para a flapress. Jogar bola e conquistar pelo menos um título no primeiro semestre. Sem exagero, é muito possível. Basta foco e trabalho.

* * *

Não tem como passar em branco a declaração de Cuca. Muito feio não ter visto que Leandro Eusébio já tinha amarelo. Se não viu, tava olhando pra onde durante a peleja de domingo? Brincadeira de péssimo gosto. Fica difícil cobrar atitude dos jogadores depois dessa.

Saudações tricolores.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ressuscitem o mestre Nogueira

E não o Vasco. Ridícula a derrota de ontem. Não pela Instituição Vasco da Gama, historicamente respeitável. Humilhante é ser derrotado por um cadáver, gelado, sem comando, desacreditado pela própria torcida. Só através de um somatório de erros - Cuca, Rafael, Alan, Souza Nery...

Não ganham do Olaria, do Americano, do Sousa da Paraíba. Mas ganham do Fluminense, o que tem sido rotina nos últimos anos. E nos deparamos com comentários esdrúxulos como “perdeu quando podia perder”, “não é momento de desespero”, “o Flu estará na final”, etc etc.

Mas e os fatos? Baseado em que dizem isso? Sinceramente não sei.

O que vi na temporada 2010 foi um time apático até agora, arrogante em muitos momentos. Que ganha das marmotas e logo depois ressuscita defunto. Que faz tudo certo no primeiro tempo e se apequena no segundo. Que ostenta a alcunha de guerreiro mas não derrama uma gota de suor.

Deixem de lado as frases de efeito, lutem para merecê-las. Ainda não tem nada perdido, mas a postura precisa ser diferente.

ST