sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Vasco de 2010

Cruzmaltinos desse planeta,

em recente conversa com o tricolor Felipe Hutter ele me acusou de estar deslumbrado com o time do Vasco. Só porque eu disse que o time é forte, competitivo, que se estivesse na séria A, estaria brigando na parte de cima da tabela. Disse mais: com quatro ou cinco reforços, vencerá tudo o que disputar em 2010. Isso não é estar deslumbrado: é ser realista. Que reforços seriam estes? Pra responder essa pergunta, temos que analisar o time do Vasco, posição por posição.

1) Goleiro: Fernando Prass é um goleiraço. Quem não reconhece isso, não entende nem mesmo o mínimo da posição. Seguro, discreto, se coloca bem para não precisar fazer malabarismos e acrobacias. Seu reserva é Tiago, goleiro-galã, que tem deficiências nas bolas alçadas na área e outras, mas ainda assim é melhor do que os goleiros de Fluminense e Botafogo. Aqui não é caso de contratar, só de manter.

2) Lateral Direita: Fagner e Paulo Sérgio têm se revezado na posição, tendo o primeiro atuado ligeiramente melhor que o outro. Mas é uma posição que o Vasco tem que melhorar. Um bom lateral, sobretudo que apóie bem. Esse seria o nosso primeiro reforço.

3 e 4) Zagueiros: Titi e Gian são excelentes zagueiros, mas são muito jovens (21 e 26 anos, respectivamente). O Vasco se beneficiaria se conseguisse manter os dois e trouxesse um zagueiro experiente. Essa é uma posição chave. Metade do time está nessa contratação.

5 e 8) Volantes: Para essa posição o elenco atual tem Souza, Amaral, Nilton e Mateus. Nenhum craque, mas acho que se conseguirmos segurar esses quatro, já estaremos num bom caminho. Se vier alguém, aí é lucro.

6) Lateral Esquerda: Essa é uma posição problemática em todo o mundo. Há tempos não aparece um grande lateral esquerdo, e os que aparecem acabam virando meio-campistas em pouco tempo. Mas, da safra atual, Ramon é um dos que segura melhor a barra. É manter o garoto.

7 e 9) Atacantes: Aloísio, Adriano, Élton, Pimpão e Robinho. Desses, podemos mandar embora pelo menos os dois primeiros. Élton, artilheiro do time esse ano, merece ser mantido. Jovem e raçudo, o baiano ainda tem muita lenha pra queimar. Pimpão merece compor o elenco, para entrar naqueles momentos que o time precisa de correria. Ainda tem Alex Teixeira, que pode atuar como meia-atacante, vindo de trás. Mas ainda falta uma peça: um homem-gol. É atrás desse goleador que o Vasco deve partir.

10) Meia armador: Aqui a gente precisa abrir o olho e acender velas: manter Carlos Alberto, na fase atual, é fundamental. Pra isso, teremos que desembolsar algum e torcer para o Werder Bremen não precisar do nosso capitão. O problema é que os alemães já perderam o Diego...

11) O Ídolo: Sim, ele vem para jogar no meio campo. Mas ele não é só mais um meio-campista. Ele é um ídolo, um jogador que simbolize um time vencedor. Sim, para essa posição, só tem um nome: Juninho Pernambucano. Volta, reizinho!

12) Técnico: Apesar de eu implicar um pouco com DJ, confio nele. É só segurar.

Sonho? Viagem? Lembrem-se que o Vasco montou seu time desse ano praticamente sem colocar a mão no patrocínio da Eletrobrás, tem o maior programa de sócios-torcedores do Rio e voltará a receber cotas de TV de série A. Ou seja: cofres cheios. Sí, se puede! Com esse time, o Carioca é certeza, seremos favoritos na Copa do Brasil e entraremos no Brasileirão brigando como cachorro grande.

MAS... Se for pra fazer loucuras - se endividar, comprometer o planejamento, essas coisas -prefiro esperar mais um pouco.



Amanhã tem Vasco e Guarani, no Maraca. Titi e Mateus entram nos lugares de Gian e Nilton, suspensos. Esse jogo vale a liderança isolada e a confirmação de nossas forças. Não bastasse isso, o Vasco inovou novamente e lançou mais um ingresso pra se guardar. Depois do ticket comemorativo aos 111 anos, agora o bilhete traz uma imagem dos jogadores, no vestiário, em um momento de união (figura acima). Como eu já disse: ISSO É UM DEPARTAMENTO DE MARKETING.

Até que enfim!!

O time estava há 10 partidas sem vencer, sendo que em algumas delas a equipe até havia jogado bem. Mas precisava na quebra desse jejum matar tanto alvinegro do coração? Precisava, afinal em se tratando de Botafogo toda vitória é sofrida, toda conquista é suada. E diante do Atlético - PR na última quarta-feira no Engenhão, não foi diferente. O placar de 3 a 2 evidencia bem o que foi o jogo.
Assim como em suas últimas apresentações a equipe carioca que começou desorganizada, sem conseguir impor sua forma de jogar e sendo sufocada pelo Furacão em seu campo de defesa, acabava errando muitos bases. A torcida, em sinal de protesto, havia colocado faixas de cabeça pra baixo. O time não levava perigo ao gol adversário nem com as tão temidas (?) bolas paradas de Juninho e Lúcio Flávio. Alessandro pegava na bola, logo, errava. A torcida enfurecida começou a xingar o atleta. Alessandro continuava pegando na bola, logo, continuava errando. O pior estava por vir...

Com meia hora de jogo a equipe paranaense fez seu primeiro gol. Os torcedores começaram a vaiar Castillo. Confesso que apesar do chute de Wesley ser defensável, não achei frango. Em desvantagem no placar, o Glorioso começou a ir de qualquer jeito ao ataque, e num desses lances aos 45 minutos da etapa inicial, Lúcio Flávio alçou bola na área para Reinaldo. O atacante foi deslocado. Penalti. Lúcio Flávio cobrou, a bola bateu na trave, e entrou! Era indício de que finalmente a sorte estava ao nosso lado.

O Botafogo voltou para o segundo tempo com Thiaguinho no lugar de Alessandro. O que trouxe mais empenho e mobilidade para o time. Aos 15 minutos o lateral esquerdo Gabriel que barrara Eduardo recebeu a bola na área e , mesmo errando o chute, colocou a equipe alvinegra na frente. 2 a 1. Nada estava ganho, afinal ainda faltava o frango do Castillo de todo jogo. E ele veio aos 36 minutos quando Ney recebeu livre pela direita e chutou entre as pernas do arqueiro uruguaio. Nossa sorte é que logo na saída de bola achamos o terceiro gol. Lúcio Flávio ( sempre ele) cobrou falta dentro da área, André Lima desviou e o zagueiro Wellington, de joelho, colocou no fundo da rede. 3 a 2. O Botafogo ainda poderia ter ampliado com Victor Simões, que teve uma chance cara a cara com o goleiro paranaense. Mas do Victor Simões não dá pra esperar nada além de vigor físico. Ufa!! Finalmente uma vitória!!

Algumas coisas ficaram claras depois do jogo: Gabriel não pode ser reserva de Eduardo. Thiaguinho também tem vaga nesse time, no lugar de Alessandro. Jônatas mostrou que joga muita bola e se melhorar a parte física, será o dono do time. Castillo não merece ser nem banco do Botafogo. É Jefferson em campo e Flávio na suplência.

No mais, com a quebra do jejum de vitórias, embora nossa situação ainda seja delicada no Brasileiro, o ambiente dentro do clube já está bem mais tranquilo o que favorecerá a nossa reação na competição. Começando já no próximo domingo, diante do Santos, na Vila Belmiro, estádio aonde o Botafogo já aprontou poucas e boas, como nos Brasileiros de 96 e 99.
Pra cima deles Fogão!!!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Coletivo

Caríssimos tricolores, sem jogo no meio de semana, me pego comentando coletivo. É mole? Bom, Ruy estava certo ontem. Resultado de treino é o que menos importa. E vale para os dois lados. Tanto para a derrota de quarta quanto ao resultado elástico de hoje.

Entretanto, fora a pressão para os titulares vencerem nesta tarde, devido ao alarde da flapress, uma diferença crucial - e que vem sendo repetida exaustivamente pelo seu blogueiro tricolor - é a escalação de três zagueiros. Com isso, Urrutia e Fábio Santos não precisam disputar uma vaga e nossa saída de bola ganha muita qualidade, o que faz nossos meias argentinos jogarem mais perto do gol. Do time de hoje, sacaria apenas Diogo - improvisado na zaga - por Cássio, excelente zagueiro e especialista na posição.

Para o jogo contra o Grêmio, ainda teríamos boas opções no banco, com os velozes atacantes Alan e Kieza e a promessa Fábio Neves, sempre marcando gols e jogando com personalidade nos treinamentos. Vale testá-lo no decorrer da peleja, já que dificilmente Urrutia e Equi González jogarão os noventa minutos.

Saudações tricolores

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Jogo da Vida

Nação alvinegra,

Logo mais, às 21h50 (horário ingrato para o trabalhador que madruga) o Botafogo enfrenta o Atlético-PR pela Sulamericana, num jogo que pode ser considerado o mais importante do ano para o Glorioso. Não que eu me empolgue com esse torneio caça-níquel, que em nada me apetece, mas tenho certeza que o resultado de hoje à noite irá influenciar sobre maneira no desempenho de nossos atletas para o restante do Campeonato Brasileiro. Uma vitória e consequente classificação para as oitavas-de-final da competição continental injetará ânimo, auto-estima e motivação em nossos jogadores . Já uma eliminação, que virá com uma derrota ou empate com gols, abalará de vez a auto-estima do time.

Tendo isso em mente, diferente do jogo de ida em Curitiba, quando escalou uma equipe reserva contra o Furacão, Estevam Soares escalará o time com sua força máxima. Confesso que não sei se comemoro tal afirmação ou se choro, porque conquanto os reservas não tenham feito uma atuação de gala no 0 a 0 na Arena da Baixada, jogaram com muita disposição e demonstraram um equilíbrio no sistema defensivo jamais visto no time titular de nosso treinador.

Uma vitória no jogo de hoje representará o fim do jejum de 10 jogos da equipe carioca sem vencer. E para que isso aconteça é preciso que o time apresente logo mais aquilo que ainda não demonstrou no campeonato nacional sob o comando de Estevam: equilíbrio entre defesa, meio de campo e ataque. O sistema defensivo não pode cometer os erros do últimos jogos, com falhas grotescas de posicionamento e de recomposição. O meio de campo tem que ter volume de jogo, criatividade e rapidez para municiar nossos atacantes, que não poderão furar (né, André Lima?) nem perder chances claras de gol. Missão Impossível?? Eu diria que não, porque o Atlético-PR embora tenha dado uma subida com a chegada de Antônio Lopes, é um time fraco que também luta contra o descenso no Brasileiro.

A tendência é que Estevam repita o time que enfrentou o Fluminense com a entrada de Wellington no lugar de Fahel (Deus é pai!) e de Castillo (Ai, Jesus!) na vaga de Jefferson, que só poderá se inscrever para a segunda fase da competição (caso o Alvinegro passe pelo Furacão). Eu ficaria muito feliz se o nosso treinador banisse o Emerson e coloca-se o Teco em seu lugar, desse férias para o Eduardo e colocasse o Gabriel e entrasse com o Thiaguinho na ala direita porque com o Alessandro realmente não dá.

Vamos torcer nação alvinegra, porque a conquista da classificação logo mais poderá representar a permanência da equipe na elite do futebol brasileiro!!

Há coisas que só acontecem ao Botafogo

Time fraco, diretoria amadora, treinador que escala mal o time.Realmente esses três quesitos não são, de forma alguma, privilégio apenas do Botafogo. Mas a máxima " Há coisas que só acontecem ao Botafogo", que diga-se de passagem era também usada para o Vasco nos primórdios do futebol carioca, pode muito bem ser lembrada no episódio envolvendo o lateral/meio-campista Michael. A diretoria fez um baita esforço para contratá-lo junto ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia. O jogador ficou dois meses no departamento médico do clube carioca, usufruindo de toda estrutura oferecida pelo clube, fez 6 jogos pelo Campeonato Brasileiro, em sua maioria, saindo no decorrer dos jogos por cansaço, e de repente, não mais que de repente, está prestes a deixar o Glorioso.

A alegação da comissão técnica e da diretoria é a de que o atleta não estava comprometido com o espírito de união da equipe para livrar o Alvinegro do rebaixamento. Tanto que não aceitou ficar no banco na partida contra o Fluminense e por esta razão não foi relacionado para o clássico. Cá pra nós, não defendendo a atitude do jogador, mas deve ser dureza ter que ser reserva do Eduardo. Deve bater até uma crise existencial. Creio que existiu alguma razão muito nebulosa para que o Estevam Soares não escalasse o Michael para o clássico vovô, porque o moleque mostrou que é bom de bola nas raras partidas que defendeu o escrete botafoguense e não é possível que nosso técnico seja tão burro.

Que o Michael era um dos jogadores de mais qualidade do elenco, não há a menor dúvida, mas ele também não é o novo Garrincha para se achar a bala que matou o Kennedy e ficar menosprezando seus companheiros, conforme reportagem do Lancenet, aonde durante um treinamento, o ala/meia teria dito ao lateral perna de pau, Alessandro: "Você tem muito que correr atrás. Eu não, já sou milionário". Se realmente o Michael botava essa banca toda a ponto de desestabilizar o grupo, a decisão da diretoria em afasta-lo foi mais do que acertada. Outra informação que foi ventilada é a de que o Flamengo teria feito uma proposta ao jogador, que como ainda não tinha disputado 7 jogos pelo time da Estrela Solitária, ficou tentado a ir pra Gávea, o que justificaria sua atitude de pedir pra não ser escalado no último domingo. Se isso realmente proceder trata-se de um jogador sem caráter, pilantra que jamais deveria ter vestido o manto sagrado alvinegro.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por que eu assisto os jogos perto das organizadas?

Cruzmaltinos desse planeta,

São Caetano e Vasco acaba de terminar com mais uma vitória nossa, por 1x0, gol do artilheiro Elton. Porém, como eu havia adiantado, não pude assistir o jogo, por isso eu não vou comentar o que aconteceu (embora pelo que eu tenha ouvido, tivemos que jogar contra o juiz mais uma vez... Mais uma caçada ao nosso capitão...) Enfim...

Vou comentar a torcida. Explico: tive que acompanhar o jogo pelo site do Globo Esporte. Como a atualização por lá demora séculos, decidi ir lendo pela comunidade do Vasco no orkut também. E isso me lembrou a última vez que fui ao Maracanã. Como cheguei em cima da hora, assisti o primeiro tempo nas cadeiras brancas, perto do que as Torcidas Organizadas chamam de "Povão".
Aproveito o momento para explicar: nunca tive a menor simpatia pelas organizadas. Sempre me incomodou o fato de alguns se acharem mais vascaínos do que os que não são da T.O., bem como a atitude de alguns em valorizar mais a torcida do que o próprio time - não engulo os gritos que só falam que a Força Jovem faz e acontece e sequer citam o nosso Club. Mas acontece que "povão" não dá.
O "Povão" clássico é aquele tio que mal acompanhava o time há bem pouco tempo. Com a boa sequência de vitórias, ele acha que é hora de levar seus meninos pro estádio. O problema é que ele não entende mais porra nenhuma de Vasco. Não vê os jogos, não sabe quem são os jogadores, não entende da tática ou dos adversários. Assim, aos cinco minutos de jogo, ele já está falando mal, dizendo que o time só tem cabeça de bagre e que bom mesmo era o time dos anos 70. Não entende que o futebol mudou. Que não tem mais espaço pra firulas, que o jogo agora é pegado. É de um saudosismo burro que o faz atrapalhar o time - geralmente quando ele mais precisa.
Hoje, na comunidade do Vasco, vi gente reclamando do esquema tático com 3 volantes, como se não estivéssemos desfalcados de três meias de criação (Jéferson - voltando de contusão, Phillippe Coutinho - suspenso, e Alex Teixeira - na seleção sub-20). Como se muitos atacantes fosse sinônimo de time ofensivo e muitos volantes igual a um time recuado. Vi gente clamando pelo velocista-fominha Adriano como se ele fosse a salvação da lavoura. Até Enriquetes apareceram! Gente que defendia a entrada dos dois simplesmente por eles serem "jogadores de ataque". E me lembrei das cadeiras brancas do Maracanã.
Se fosse pra ouvir gente que não sabe nada do Vasco comentar, eu assistia o Ronaldo na RedeTV. Prefiro ouvir a Torcida Organizada gritando independente do que esteja acontecendo do que ver gente dando pitaco no que não entende.

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Aos secadores: Cada vez mais líderes!


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PS: Esse é o centésimo post da Corneta! Parabéns para nós!!

Prejuízo sem tamanho

Caríssimos tricolores, brincadeira essa situação de Leandro Amaral no Fluminense. Ainda em 2008, foi obrigado a ser rebaixado pelo Vasco, migrando da simpática Zona Sul até São Cristóvão no meio da temporada. Para um bom entendedor, motivo suficiente para constatar que o jogador já estaria zicado. Mas não, Celso Barros bancou o cracão de time série B e o trouxe para o Flu novamente em 2009.

Sinceramente, acreditava que macumba fosse exclusividade flamenguista, mas vejo que não. Os padeiros malditos também fazem. E das boas. O joelho do cara está desmantelado, de tanta praga vascaína. E parece que, finalmente, alguma atitude será tomada. Mário Bittencourt, nosso craque dos tribunais e novo gestor de futebol, já sinalizou que tentará um acordo amigável com o atacante. Leandro Amaral não pode refutar uma rescisão de contrato. É hora de ser homem suficiente para assumir que o Fluminense Football Club esperou tempo demais sua recuperação, mais uma vez adiada por conta de uma nova complicação no joelho direito.


Essa charge do blog Firulas do Futebol diz tudo.

Saudações tricolores.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

De dar calo nas vistas


Sem dúvida alguma, Botafogo e Fluminense fizeram ontem o pior jogo do Campeonato Brasileiro, e um dos piores jogos que eu vi em toda minha vida de amante do futebol. Aliás, aquilo que eles praticaram no Engenhão foi outra modalidade esportiva, não o apaixonante esporte bretão. Uma partida digna de ser esquecida, tamanha a quantidade de bizarrices, passes errados, furadas e outras trapalhadas, protagonizadas pelos jogadores de ambas as equipes, que potencializaram a melancolia impregnada em todo final de domingo.

Depois de uma semana treinando com toda mordomia e tranquilidade em Saquarema e Araruama, na Região dos Lagos, era de se esperar que o Alvinegro entrasse em campo ontem "voando baixo", com toda disposição do mundo, com os jogadores comendo a grama. Ledo Engano. O que se viu foi um time desordenado, mal escalado e sem a menor criatividade ofensiva. Como é que o Alessandro, o Fahel e o Eduardo conseguem enganar o nosso técnico, de que são jogadores de futebol? Nossa imensa torcida já percebeu há tempos o contrário. Quando Jônatas deixou o Eduardo livre diante do goleiro tricolor e disse: "Faz, meu filho!!" eu já sabia que o rei da displicência iria frustrar nosso torcedor. O ala ajeitou o corpo e deu um chute que me lembrou aqueles treinamentos de chutes a gol. Depois que o goleiro rebateu, como não sabe chutar com a direita, mandou a bola pela linha lateral.

A única coisa positiva no jogo de ontem foi a reestreia do goleiro Jefferson, que finalmente trouxe segurança ao nosso gol. Aí eu pergunto: será que era tão difícil contratar um goleiro razoável, que nos desse um mínimo de segurança, há mais tempo?? Por que ficarmos o campeonato todo morrendo do coração com o Renan e com o Castillo??? Diretoria incompetente? Que nada.


Lendo as declarações de nossos jogadores após o jogo eu só posso achar que eles são uns grandes gozadores. Juninho disse o seguinte: "A gente fez um bom jogo. No segundo tempo diminuímos um pouco o ritmo. Mas foi um bom jogo, acho que atuamos bem". Se nossos atletas não conseguem reconhecer suas péssimas atuações e gritantes deficiências, o que esperar de nosso time até o final do campeonato?? Segue vida.

Foco tricolor

Caríssimos tricolores, este clássico tataravô já passou. Não quero escrever sobre o passado (aliás, que passado!!!) Nada foi novidade. Jogamos melhor, somos melhores, mas a tabela está lá, dando choques de realidade, a 220 volts.

Enquanto matemáticos fazem contas, jornalistas profetizam, técnicos mentem, juízes marcam faltas, flamenguistas trabalham, etc etc, nós tricolores devemos ter concentração. Concentração no Fluminense Football Club. A única coisa que importa afinal. Devido a isso, vamos nos ater ao time. O que fazer para melhorar, dar menos passes errados, concluir bem a gol, enfim, acertar mais do que errar?

Acho que o primeiro passo é buscar uma base. Quando um time é vencedor, qualquer torcedor escala. E não é o nosso caso. Claramente falta entrosamento à equipe. Nada surpreendente para quem contratou três laterais, um zagueiro, três volantes, três meias e dois atacantes durante a temporada (fora dois juniores que subiram e um profissional reintegrado após fim de contrato), além de quatro técnicos nos últimos três meses. Isso, sem contabilizar demissões e contratações de dirigentes e outros integrantes da comissão técnica.

Alguns jogadores do estaleiro podem ser decisivos para voltarmos às vitórias. Urrutia precisa estrear para barrar de vez o João-Bobo Diguinho. Fábio Santos ultrapassou sua hora de largar o chinelo e assumir a “5”. Assim como Fred, super endividado com Club, torcida e patrocinador. Conca, Equi, Paulo Cesar e Ruy precisam (e muito!) melhorar a forma física para render mais, e não entramos em campo com nossos melhores zagueiros, na opinião do vosso humilde tricolor fanático.

Na próxima rodada, temos uma pedreira. Diguinho, com terceiro cartão, graçasadeus, não joga. Chance para Urrutia correr um pouco a nosso favor. Adeílson, para queimar minha língua, jogou melhor do que Alan e Kieza e merece ser titular. Os outros dois disputam a segunda vaga. Provavelmente, ainda sofreremos com as risadas e os comentários desinibidos do nosso capitão-fanfarrão. Até sou a favor de sua escalação, na sobra com mais dois zagueiros, formando a defesa de um Flu 3-5-2. Mas não creio que essa idéia passe na cabeça de Cuca. É visível como nesse esquema atual, PC e Ruy não chegam nem perto da linha de fundo e deixam muitos espaços na defesa. Acertando a saída de bola e atacando mais pelas laterais, o Fluminense vai brigar pelas vitórias e, consequentemente subir na tabela, quem sabe pra longe dessa situação desagradável pela qual passamos.

Agora é hora de vencer do jeito que for. Com o verde da esperança, com sangue do encarnado. É hora de reviver os versos de nosso profético hino.

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Vale a pena conferir o texto do Blog Jornalheiros sobre o clássico vovô... Reflete bem o sentimento dos tricolores nesse momento tão complicado.



Saudações tricolores.

De volta pra casa

Cruzmaltinos desse planeta,

voltamos a vencer em São Januário. Mas não é disso que estou falando. Companheiros vascaínos, devo agora confessar: A culpa é minha. O Vasco rateou por minha culpa. Eu explico.
No dia 11 de julho, o Vasco vinha de uma sequência de 7 empates (5 pelo brasileiro, 2 pela Copa do Brasil) e uma derrota. O adversário seria a Ponte Preta, em São Januário. Nesse dia, resolvi assistir o jogo no Bar da Esquina, boteco juizforano que eu frequento desde 2000. Pois, nesse dia desencantamos e metemos logo 3x0 na macaca. O lugar era pé-quente. E assim, fui lá no jogo seguinte. E no seguinte. E no seguinte. E por aí foi. Desde então, só não assisti 6 jogos lá. Justamente: Bahia, Ceará, América de Natal, Atlético Goianiense, Brasiliense e Fortaleza. Duas derrotas, dois empates, duas vitórias. Lá, foram 8 vitórias. Entendem agora?


Phillippe Coutinho não afinou e mostrou que tem talento para decidir. Sua expulsão não assusta muito, assim como a suspensão de Matheus, pois no próximo jogo teremos Carlos Alberto de volta. Pro lugar do volante, DJ pode contar com Amaral, o nosso acéfalo de estimação. Quem tem medo do São Caetano!?

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Em compensação, estarei trabalhando na hora do jogo e não vou poder ver no Bar da Esquina...

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A contratação do meia Fumagalli, encostado no Sport, foi providencial para o momento. Sem poder contar com vários jogadores, Fumagalli chega para dar mais opções para nosso comandante.
Porém, num momento ideal, quando todos os jogadores do elenco estiverem a disposição, o veterano terá que suar bastante a camisa pra disputar vaga com Alex Teixeira e Jéferson. Espero que ele esteja chegando com esse espírito.

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Falando em meio-campo, o camisa 10 Jéferson, sem jogar há meses - aliás, justamente desde o dia 11 de julho - o jogador reclama dos que o chamam de chinelinho. Muita gente chega a questionar o futebol do armador.
Bem, quanto a ser chinelinho, só posso dizer que o que ele teve não foi nenhum "dodóizinho". Um estiramento grau 2 é algo sério, que demora pra ser vencido mesmo. Parece que agora essa novela está bem perto do fim.
Quanto ao futebol dele: Jéferson não é um jogador individualista, não joga pra aparecer. Joga pro time, e tem uma visão de jogo privilegiada. No Carioca, foi um dos melhores do time, fazendo mais até do que o Carlos Alberto em alguns jogos. Portanto, o recado está dado: corneteiros e euriquistas em geral, não sejam ingratos! Vão agourar outro time e deixem o Vasco em paz!

domingo, 13 de setembro de 2009

Sem previsões

Caríssimos tricolores, não dá mais para dizer “vencer é obrigação” ou qualquer coisa do tipo. Desde o jogo contra o Coritiba no Maraca, pela última rodada do turno, a torcida aguarda uma reação e nada acontece.

Domingo dos gringos no Engenhão. Equi González dividirá a responsabilidade de criação das jogadas com Conca e Urrutia deve ficar como opção para o segundo tempo. Ainda me incomodam Diguinho e Luiz Alberto no time titular. É hora de peneirar o elenco e investir em sangue novo. O momento é de separar os homens dos sanguessugas. Quem não quer jogar, tudo bem... Até nunca mais para vocês!


Não dá para acreditar que Celso Barros ainda paga R$ 280 mil mensais para Leandro Amaral. Notícias desencontradas apontam mais uma cirurgia no joelho. Sinceramente, o atacante não tem idade nem futebol para tanto investimento em sua recuperação.

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Alan e Kieza são a dupla de ataque ideal neste momento. Adeílson surge como primeira opção no banco. Será que Cuca pensa o mesmo?

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Chega a ser cômico como botafoguenses enxergam o próprio time. Ou como não enxergam... Chamar o Fluminense de baba e ter Emerson, Fahel, Lucio Flavio e cia na equipe titular é, no mínimo, piada de mau gosto.

Saudações tricolores.