sábado, 18 de setembro de 2010

Padre é fachada

Caríssimos tricolores, flamenguista tem pacto com o diabo. É e sempre será o lado negro da Força. Esse pároco mulambo benzendo a cabeça de Deivid chega a ser ridículo. O trabalho está sendo feito contra nós, como sempre foi. Fernando Henrique quebrou o dedo, Deco é dúvida, fora todos os já conhecidos desfalques tricolores.

O momento é de faca nos dentes para segurar essa liderança na marra. Vencer o mais saboroso de todos os jogos. Se possível, esculachar a imensa massa de iletrados. Uma lástima a última rodada do certame não ser Fla-Flu. Um título nacional em cima dos mulambos vale em dobro. E ano passado não teriam jogo entregue, com certeza. Aguaríamos o chopp (chopp não, nem sabem o que é isso) dos urubus fedorentos.

Se ganhar dos líderes é a motivação maior do outro lado, estabelecer-se sobre o centenário rival é nosso respiro de alívio. Precisamos apoiar incondicionalmente, como nossa torcida não anda fazendo. Sei do orgulho de torcer para o Flu, para nosso time de craques guerreiros, mas isso não deve se transformar em soberba.

O campeonato está em aberto, é cedo pra dizer quem ganha ou quem cai. Entretanto, estamos em primeiro e nossa caminhada pode ser mais tranquila. Devemos retornar aos tempos de regularidade para fazer valer a força do escrete de Muricy. A retomada começa amanhã e a vítima será a melhor de todas.

ST

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A volta de Somália e Herrera: prevejo mais 3 pontos

Caros Alvinegros,

Não se preocupem, a coça que tomamos do Goiás foi algo surreal e não mais se repetirá. Não vou entrar no mérito da questão.

O fato é que 2 guerreiros estão de volta e prontos pra briga: Herrera e Somália. Somália é um dos poucos jogadores fudamentais no atual elenco e é titular absoluto e incontestável. E Herrera é símbolo da garra e disposição desse time.

O Cruzeiro que não conte com esses 3 pontos. Eles são alvinegros.

Mudanças no clima e no tempo

Lembro de um tempo em que só ficava sabendo dos resultados da rodada no carro, de manhã, com o rádio ligado na emissora AM. Isso por que aqui em Juiz de Fora só sintonizávamos Rádio Globo direto do Rio, no 1220. Geralmente, as notícias chegavam quando estava a caminho do colégio e meu pai nos conduzia para as aulas do ensino fundamental. Uma outra alternativa era tentar assistir na Band, em meio a um toró de chuviscos e ruídos, o Januário de Oliveira gritar que havia um corpo extendido no chão. Atualmente, é possível saber em tempo real o que está acontecendo em todos os estádios e no mesmo instante, não vou ao colégio de carona, nem meu pai está por aqui. Mesmo assim, somente às 9h dessa última quinta fiquei sabendo que o Flamengo havia saído vencedor no confronto da quarta. Não por conta de falta de fontes, mas de vontade, de medo do que estava se transformando aquela jornada angustiante, irmã das outras passadas.
No meio da semana anterior, foi duro sofrer pela inoperância diante os bambis e a falta total de competência reapareceu contra o Vitória, já no sábado. Às vezes uma força sinistra se apodera do astral do Mengão e dá vontade de chorar, quebrar o chão, bicar a TV por que é inexplicável, são erros bizonhos que se repetem e minam o coração de quem assiste a partida.Todavia resisto por que sei que futebol é uma moral muito mais paciente e pacífica do a que se tenta vender por aí. Não é preciso fanatismo, mas é necessário ser fanático se for o caso. 
Pedia para que alguém aparecesse para vazar da porta do bar. Estava difícil de ficar ali parado, sem cerveja, sem cigarro. Apareceu a carona, vazei, fui pra casa, dormi. Acordei, dei aula e na sala dos professores vi o jornal com a vitória do Flamengo. Antes, durante a noite, comentei que esse Fla estava me lembrando o início dos anos 2000, me que eu não queria assistir aos jogos, mas mesmo assim, os via e só me ferrava. 
Bom, mas o importante é que o Fla sobe e o Flu desce a ladeira. Sei que ainda lutaremos na parte inferior da tabela, mas acho que os tricoletes já estão com as pernas bambas preparando a bitola para a ferrada. E o pior é que fingem que são machos! 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Com o coração partido


Fui acordado na manhã desta quinta-feira com uma mensagem, de uma pessoa muito querida, no telefone celular.

_Estou muito triste, já chorei aqui no trabalho... depois do segundo gol, desliguei a tv e fui dormir.

A mensagem é de uma daquelas torcedoras que respiram o Fluminense 24 horas por dia. Lê todas as notícias, acompanha todos os programas de TV, vai ao estádio, veste a camisa e não aceita provocação de torcedor rival. É uma tricolor na essência da palavra. Perder um jogo pra ela, é como ir ao velório de um amigo querido. É como uma ferida exposta que demora a cicatrizar. E essa derrota para o Corinthians aconteceu justamente num momento em que todos nós, tricolores, nos sentimos fragilizados pela queda de rendimento do time e ascensão do Cruzeiro. Não havia momento pior para um resultado negativo. Por isso, tanto sofrimento.

O sentimento da torcedora que chorou por causa da derrota para o Corinthians foi o mesmo de milhões de tricolores espalhados pelo país. É a sensação de quem chegou a se imaginar com a faixa de campeão no peito e agora começa a duvidar disso. É a sensação de quem está se sentindo enganado por um time que encantou a todos com um futebol envolvente, rápido, vistoso e vencedor. Mas agora joga com má vontade, de forma burocrática, previsível e arrogante.

O maior tricolor de todos, Nelson Rodrigues, diria que os maus resultados dos últimos jogos são obra do Sobrenatural de Almeida.

_ Ele se instalou ao lado de Muricy Ramalho, no banco de reservas, e passou a dar palpites na escalação do time – afirmaria Nelson.

Não acredito em assombração, mas a verdade é que Muricy ainda não conseguiu encontrar um lugar para Deco no time. Desde que o luso-brasileiro estreou, há oito rodadas, o Fluminense venceu duas partidas, empatou três e perdeu outras três. Vinte quatro pontos disputados e oito conquistados. Aproveitamento de pouco mais de 30%, digno dos candidatos ao rebaixamento. Mas o que fazer com um jogador de custa rios de dinheiro aos cofres do patrocinador e tem um talento indiscutível? Muricy é pago, e muito bem pago, para responder a pergunta. E é bom ela encontrar a reposta antes do fim do campeonato. Deco não é culpado. Mas ainda não se mostrou como solução.