quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pro restante de 2011

Cruzmaltinos desse planeta,

a tripulação da caravela vai se formando. Hoje, 20 de julho, se encerra a janela de transferências para o exterior, o escrete cruzmaltino conseguiu se manter e ainda trouxe reforços. Parece que nosso manager de futebol Rodrigo Caetano é leitor do Corneta, pois os reforços vieram mesmo para as posições que nós identificávamos como carentes. Para a zaga, veio o mediano Renato Silva e o desconhecido - mas cheio de boas referências - Victor Ramos. Pode até parecer que é pouco, mas como eles chegam para ser reservas da melhor dupla de zaga do Brasil, está tranquilo. A lateral esquerda, que já vinha sendo detectada como problemática, saiu Ramon e chegou Julinho. Acho que podemos nos deter um pouco mais nessa questão.

Ramon pediu para ser dispensado para se casar. Nada contra o amor, mas isso deveria ter sido planejado melhor. A menos que a moçoila estivesse de barriga e o pai dela estivesse com uma garrucha nas tuas costas, dava pra esperar até dezembro. Mas ele decidiu se casar, ok. Até aí, tudo bem. Ele foi liberado e não enfrentou o Patético Goianiense. Na semana seguinte, nada mais natural que o treinador Monsieur o deixasse no banco por uma partida - vai lá saber o que o lateral aprontou na noite de núpcias. E foi aí que o canhoto meteu os pés pelas mãos. Reclamou publicamente e declarou à imprensa que não aceitaria a reserva injustamente. Peraí: você deixa o time na mão no meio do campeonato, toma uma punição pra lá de branda e ainda começa a estrilar? Fala sério! Isso é inadmissível. É se achar insubstituível. Convenhamos: Ramon não tem sido peça fundamental da equipe desde a série B, e só permanecia na equipe titular porque seu substituto - Márcio Careca - é daqueles jogadores que podemos chamar no máximo de "esforçado". Por outro lado, Julinho foi um dos destaques da Copa do Brasil. Lateral habilidoso, rápido, foi um dos principais responsáveis pela eliminação do São Paulo e quase complicou a vida do Vasco com seu gol em São Januário. Os boatos de que ele acertaria com o Corinthians me fizeram descartá-lo da lista de possíveis transferências - o que se mostrou precipitado - mas isso não o torna menos desejado, pelo contrário. Era um dos grandes laterais esquerdos disponíveis no mercado brasileiro - talvez o melhor - e chega agregando muita qualidade ao time. Minha impressão da história? Apesar das diversas negativas de Rodrigo Caetano, o Vasco já estava negociando com o lateral avaiano há algum tempo. Ramon, vendo que saíria do grupo de titulares, arrumou uma briga esfarrapada e forçou uma negociação com o Corinthians. No fim das contas, foi ótimo, já que nos facilitou a contratação de Julinho. Não guardo mágoas de Ramon, pode ser até que ele tenha agido por orientação do empresário ou coisa do tipo, mas nessa história ele saiu com fama de mimado e imaturo. Que os tempos no grande império da malocagem paulista ensinem alguma coisa ao promissor camisa 33.


No meio, ficamos sem modificações. Ou melhor, a novidade foi a permanência de Fellipe Bastos e Eduardo Costa. Estão longe de ser os volantes firmes que eu quero para disputar a Libertadores, mas ainda temos 6 meses para conseguirmos reforços pra competição continental, por enquanto está de bom tamanho. E para aqueles que duvidavam da qualidade do Reizinho: Quem é Rei não perde a majestade. Nesses 3 primeiros jogos, já tivemos um gol, duas assistências e apenas 9 passes errados. Nosso meio-campo é tão forte que jogadores como Enrico e Jéferson, que seriam titulares em muitos times da Série A, acabaram deixando o clube da colina.

Para o ataque, da arábia chega o veloz "Mestre" Kim. Não é o atacante dos meus sonhos, mas com certeza chega para incomodar o acomodado Chico Bento. Se souber correr conduzindo a bola, sem deixá-la pra trás, já está de bom tamanho. Assim, nosso time para o segundo semestre deve ser montado desse jeito:

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Já vencemos o Patético Goianiense e o Patético Babacaense. Que tal vencermos o Patético Mineiro para conseguirmos um Hat Trick? Mesmo com os desfalques de Fagner, Felipe e Juninho, é possível.

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Fiquei um tempo sem cornetar (mudança de cidade, essas coisas) e acabei não comentando o novo uniforme. Sinceramente? Não gostei. Já tive a oportunidade de ter a camisa em mãos e a impressão que dá é que o uniforme é pirata. O excesso de informações dos patrocinadores no peito e nas mangas poluem a camisa. A logo da CBF pela conquista da Copa do Brasil me pareceu tola, e ajudam a piorar o layout já tumultuado da parte superior do uniforme. Pra não dizerem que está tudo errado, gostei dos novos meiões, listrados. Mas no geral, essa bola a Penalty mandou pra fora.

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Em compensação, a camisa comemorativa da volta do Reizinho da Colina é genial. Já está na coleção!