sábado, 2 de junho de 2012

Com que roupa eu vou? Parte 2

Fiéis tricolores, 

No começo do ano, estive na Espanha (León e Madri) e fui a várias lojas esportivas por lá. A polarização do futebol daquele país se vê também refletida no comércio. À venda, somente produtos do Real, Barça e da seleção local. Em estabelecimentos maiores as opções aumentavam um pouco, não muito. Camisas do italiano Milan, do inglês Chelsea, e de mais algumas seleções. Em Madri, o Atlético local. E só. 

Apenas em lojas especializadas em camisas de futebol o cenário mudava significativamente. Fui a pelo menos três delas, na capital, e encontrei uniformes de outras equipes espanholas, várias seleções e equipes de toda Europa. Mas nada dos times brasileiros. Intrigado, perguntei a um lojista o motivo dessa ausência quase absoluta do futebol tupiniquim (“quase” porque encontrei, meio que perdida, uma camisa do Vasco em uma loja de Madri). Pra minha surpresa, depois de citar sem dificuldade o nome de pelo menos 10 clubes grandes do Brasil, ele disse que os uniformes brasileiros são sim muito procurados por lá. Porém, é dificílimo ter acesso a eles: 

“As distribuidoras nunca atendem a nossos pedidos. Quando conseguimos alguma peça, ela chega aqui para ser vendida a 110 euros (o preço médio das camisas lá é entre 60 e 70 euros). Parece que os fabricantes não fazem muita questão de vender camisa desses clubes por aqui.” 

A conclusão é obvia: de quê nos vale ter o uniforme produzido pela maior multinacional do setor, se ela não está empenhada em difundir nossa marca? Mais nos valia uma empresa menor, porém engajada em divulgar e vender nossos produtos. 

Por isso, meus amigos, não lamentarei o rompimento da parceria do Flu com a Adidas. Não vejo o que temos a perder. Também não me preocupa os valores estratosféricos oferecidos ao nosso rival. Por mais dinheiro que o Flamengo receba (da Globo, da Adidas, ou do Comando Vermelho), enquanto Kléber Leite, Patricia Amorim ou Márcio Braga, estiverem no comando, não há o que temer. 

ST

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O cara lá de cima é Flamengo

Companheiros Flamengos...

Pronto; acabo de perder boa parte dos meus assuntos neste blog.
Com a saída de Pagodinho Gaúcho do Mengão vou ter que me contar em cornetar "apenas" a diretoria, o Joel, o Renato Canela...
Mas tentando falar seriamente: ótimas notícias seriam essas, caso não fossem pelos motivos pelos quais são.
É inegável que a imensa massa Flamenga está rindo entre orelhas com a expurgação da mala-mor dos últimos cento e tantos anos de Rubro-negrismo. Porém seria tapar o sol com a peneira achar que agora tá tudo certo, rumo ao Hepta e coisas afins.
Para alegria geral o cara foi embora, mas foi porque não recebeu seus combinados e  imerecidíssimos milhão de contos por tantos meses, e isso é definitivamente coisa de diretoria jardim de infância.
O processo vai se arrastar e certamente Miguezinho vai levar uma boa parte de nossos parcos recursos.
E vamos continuar com a diretoria imbecil e trapalhona e com o treinador manco e demente que ora habitam o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro.
Pessoalmente já vinha defendendo neste espaço a exoneração sumária e irrevogável do Rdículo, e certamente me encontro felizão pela concretização do fato. Perdemos um ex-craque, um desagregador contumaz e um peso injustificável na folha de pagamento.
A passagem do Escrotinho Gaúcho pela Gávea se resumiu a um protocolar título carioca, uma obrigatória vaga na Libertadores e 60 minutos contra o Santos. O resto foi vexame, insolência, descompromisso e falta de profissionalismo.
Eu mesmo me enganei. Achei que pelo nível estratosférico do futebol do cara, ele sobraria no Brasil, caso ainda gostasse de chutar bola, mas eu posso errar,já que não respondo por nada relacionado ao Departamento de Futebol do Flamengo, apenas pelo Departamento Rubro-Negro de Cornetadas e Esculachos do nosso blogão.
Entretanto a esperança flamenga é a ultima que morre e talvez os sócios(mea culpa feita por não sê-lo) aprendam a votar, a diretoria aprenda a contratar e o Joel aprenda o caminho da saída.
Mais uma vez os cérebros-de-mosca que gerem o CRF conseguem cagar o que já estava defecado e, ao invés de dar a justíssima causa ao Dentuço esperaram até o cara esculhambar o Mengão internet afora.
Fica vaga, pela enésima vez nos últimos anos a mítica, inexpugnável e temida camisa 10 da Gávea e, me permitam caros amigos - falarei um pouco de meus certamente ignorados planos para o pedacinho de pano mais amedrontador do balípodo terrestre.
Desta vez acho que a camisa 10 do Flamengo deve ser entregue a alguém realmente Flamengo, com menos de 30 anos e que esteja afim de jogar bola...e felizmente Deus existe e é Flamengo.
Já existe tal figura e ela atende pelo nome de Adryan.

A hora é agora

Antes da crucificação permitam-me justificativas.
O moleque comprovadamente joga muito, é Rubro-Negro, cresceu na Gávea e está afim de aparecer.
Dane-se a juventude, já temos vários trintões no time, e se o cara for realmente tudo isso que falam, a bola vai superar a inexperiência.
Perdoem o tamanho do texto, mas felicidade e esperança não caberiam no Twitter.

SRN




P.S.: Música do Dia - The Doors - The End

terça-feira, 29 de maio de 2012

Com que roupa eu vou?


Fiéis tricolores e hereges de outras cores,

Sei que muito já se falou sobre os novos uniformes do Flu, mas, aproveitando esses dias sem futebol, também opinarei sobre o tema. Só a branca salva. A camisa dos goleiros chega a ser um sacrilégio. Se a cor preta é comum entre nossos rivais, porque adotá-la nas camisas de nossos arqueiros?

A camisa de listas desiguais é feia, sim senhor. Acho que, desconsiderando os terceiros uniformes (naturalmente ousados e polêmicos), está entre as 3 mais feias da nossa história, junto com a listrada de 96 (também da Adidas) e a branca de 92-93 (Penalty). Compare:

PS: Registra-se, em defesa do uniforme da Penalty, que ela fez grande sucesso entre os torcedores na época (eu mesmo tenho uma). Os detalhes “caindo” do ombro (que hoje parecem de gosto duvidoso) eram moda entre os uniformes no começo dos anos 90 (vide a camisa da Tchecoslováquia na Copa de 90, por exemplo).

Porém, sem dúvida pior que a camisa, é a desculpa da diretoria. Essa história de que esse será o uniforme 4 é, obviamente, conversa pra boi dormir.

Diz ainda a diretoria que teremos 5 uniformes de jogo do Flu disponíveis pra compra (o listrado tradicional, o novo feioso, o branco, o grená e dourado, e ainda uma comemorativa dos 110 anos do clube). Fora os uniformes de treino, viagem e goleiros. Deve ser piada, né? Se a péssima distribuição da Adidas torna difícil encontrar 1 modelo, que dirá 5.

A verdade é que, embora seja a parceria mais antiga do País, trata-se de uma relação desigual, muito mais vantajosa pro fabricante de material esportivo que pro clube. Uma breve visita a qualquer loja da Adidas, mesmo no Estado do Rio, é o bastante pra se confirmar isso (há mais produtos do Palmeiras, por exemplo, que do Flu). Não é preciso ser nenhum especialista em marketing esportivo pra perceber que a fabricante alemã nunca tratou a marca do Fluminense com o devido respeito. O vazamento do novo uniforme, antes do lançamento oficial, foi apenas mais um capítulo dessa novela, cada vez mais tensa. 

Pra piorar, chega a notícia que a Adidas ofereceu um contrato estratosférico ao nosso principal rival. Mas sobre isso eu escrevo no fim de semana.

ST

domingo, 27 de maio de 2012

Tirando leite de pedra

Fiéis tricolores e hereges de outras cores, 

Pode parecer estranho a expressão título após um empate em casa contra o apenas mediano Figueirense. Mas a verdade é que, frente às circunstâncias, não dá pra dizer que o resultado de hoje foi de todo ruim. 

Sem poder contar com o lateral direito Bruno, os zagueiros Elivélton e Leandro Euzébio, os volantes Valencia e Diguinho, o meia Deco e os atacantes W. Nem, Rafael Sóbis, Rafael Moura e Fred, o técnico Abel Braga teve dificuldades até pra comandar o coletivo durante a semana, que dirá pra escalar o time. Mesmo assim o Flu começou bem, fazendo a bola girar com inteligência e levando perigo ao gol adversário. 

Tudo parecia muito fácil, quando Marcos Júnior abriu o placar. Mas ai veio a expulsão (justa) do nosso lateral Wallace, ainda no primeiro tempo. Com um a menos nossa defesa ficou mais exposta e os espaços começaram a aparecer. 

Pro segundo tempo, Abel trocou o atacante Samuel pelo volante Fábio Braga. Recomposto o sistema defensivo, o Flu continuou melhor no jogo, embora corresse mais riscos que no primeiro tempo. Sofremos o gol de empate, mas logo voltamos a estar na frente, com Wagner marcando o segundo (Wagner, alias, que já havia realizado uma partida taticamente interessante contra o boca, fez hoje sua melhor partida pelo Flu. Saiu aplaudido para entrada do Lanzini). 

Como desgraça pouca é bobagem, Marcos Júnior, que havia feito o primeiro gol e dado um passe precioso pro segundo, sai de campo contundido. O Figueirense se assanha e, de tanto insistir, acaba achando o gol de empate, em um chute despretensioso que desvia na zaga e engana Diego Cavalieri. 

No fim, a frustração pela perda dos dois pontos é amenizada por algumas constatações: 
A primeira é que o time finalmente vem mostrando uma consistência tática, um equilíbrio. Entra jogador e sai jogador, e o time segue com o mesmo padrão de jogo, com a mesma toada. Finalmente todo o investimento (de tempo e de dinheiro) para trazer o Abel Braga começa a surtir efeito. 
A segunda é que os meninos da base são bons de bola. Wellinton Carvalho (que jogou na semana passada), Wallace (que vinha bem, até a expulsão boba), Fábio Braga e, principalmente, Marcos Júnior, mostraram mais que disposição. Mais uma vez a escolha de um treinador que sabe valorizar a prata da casa se mostrou acertada. 
Por último, a constatação de que a tabela foi nossa amiga. Essa pausa de 10 dias no campeonato não podia ter vindo em melhor hora. Tempo pra esquecer a Libertadores, esvaziar o departamento médico, e partir com tudo pra conquista do tetra (afinal, essa onda de contusões não lembra 2010?).

ST

MAIS UMA VITÓRIA NESTE INÍCIO DE BRASILEIRÃO.


E o Botafogo foi até o Paraná, jogou com o até então invicto, em casa, Coritiba, e venceu, a acima de tudo convenceu.  São dois jogos pelo brasileirão, com duas vitórias contundentes sobre rivais, de respeito; o primeiro, São Paulo, semi finalista da copa do Brasil; e o outro, o Coritiba, também e igualmente semi finalista da copa do Brasil.
                O jogo começou em altíssima velocidade, com o Coritiba atacando, e aos 29 segundos, num chute despretensioso, e desviando na zaga botafoguense, o primeiro gol o Coritiba. Lance subsequente, numa bela jogada de Lincoln, e bela defesa de Renan jovem goleiro do botafogo, substituto de Jefferson, goleiro da seleção brasileira.
                O Botafogo continuou sereno, e conseguiu equilibrar as ações, e aí, controlou o jogo, tendo ampla vantagem e amplo domínio sobre a equipe adversária.  Assim, numa jogada bem combinada do ataque botafoguense, veio o empate através do lateral direito Lucas. O Botafogo não se contentou, e partiu para cima, e virou o jogo através de uma bela jogada de Vitor Júnior, o mais novo “... xodó...” da torcida. Início da segunda etapa, e o Coritiba sob pressão, empatou o jogo; mas isto não abalou a forte equipe do Fogão, que de forma tranquila buscou o terceiro gol, novamente através de Lucas. E com isso, manteve a vantagem até o final do jogo, sagrando-se assim mais uma vez vencedor.
                E assim, mais uma vez o botafogo garante uma vitória neste início de campeonato brasileiro. Numa análise imparcial, se é que isto é possível aqui neste espaço, o Botafogo tinha total domínio da partida, marcando de forma implacável, deixando o Coritiba, sem saber como e nem por onde atacar.
                O Glorioso é sem sombra de dúvida o melhor time carioca no brasileirão. Forte na marcação, sedutor na criação e mortal no ataque, tendo em Herrera, seu homem de referência, tirando a marcação sobre os homens  que vem de trás, para marcarem e colocarem o fogão em vantagem no placar. Sem se esquecer que o Herrera não se dobra aos caprichos da Globo, e não pediu musica em sua última grande apresentação sobre o Timinho do São Paulo.
E não posso deixar e me esquecer da situação do menguinho. Novo empate, mais vaias para o time todo, e não somente para o dentuço, e a segunda divisão se aproxima.Vamos pensar no lado bom, o Flamengo está invicto a quase quarenta dias (30 dias de férias e duas rodadas do brasileiro).Além do mais, tem a melhor defesa do brasileiro. Já o  Vasco e Fluminense, como na libertadores não irão muito longe.
ESSE O BOTAFOGO QUE EU GOSTO.
TE AMO FOGO; TE AMO FOGO; TE AMO FOGO.