domingo, 27 de maio de 2012

Tirando leite de pedra

Fiéis tricolores e hereges de outras cores, 

Pode parecer estranho a expressão título após um empate em casa contra o apenas mediano Figueirense. Mas a verdade é que, frente às circunstâncias, não dá pra dizer que o resultado de hoje foi de todo ruim. 

Sem poder contar com o lateral direito Bruno, os zagueiros Elivélton e Leandro Euzébio, os volantes Valencia e Diguinho, o meia Deco e os atacantes W. Nem, Rafael Sóbis, Rafael Moura e Fred, o técnico Abel Braga teve dificuldades até pra comandar o coletivo durante a semana, que dirá pra escalar o time. Mesmo assim o Flu começou bem, fazendo a bola girar com inteligência e levando perigo ao gol adversário. 

Tudo parecia muito fácil, quando Marcos Júnior abriu o placar. Mas ai veio a expulsão (justa) do nosso lateral Wallace, ainda no primeiro tempo. Com um a menos nossa defesa ficou mais exposta e os espaços começaram a aparecer. 

Pro segundo tempo, Abel trocou o atacante Samuel pelo volante Fábio Braga. Recomposto o sistema defensivo, o Flu continuou melhor no jogo, embora corresse mais riscos que no primeiro tempo. Sofremos o gol de empate, mas logo voltamos a estar na frente, com Wagner marcando o segundo (Wagner, alias, que já havia realizado uma partida taticamente interessante contra o boca, fez hoje sua melhor partida pelo Flu. Saiu aplaudido para entrada do Lanzini). 

Como desgraça pouca é bobagem, Marcos Júnior, que havia feito o primeiro gol e dado um passe precioso pro segundo, sai de campo contundido. O Figueirense se assanha e, de tanto insistir, acaba achando o gol de empate, em um chute despretensioso que desvia na zaga e engana Diego Cavalieri. 

No fim, a frustração pela perda dos dois pontos é amenizada por algumas constatações: 
A primeira é que o time finalmente vem mostrando uma consistência tática, um equilíbrio. Entra jogador e sai jogador, e o time segue com o mesmo padrão de jogo, com a mesma toada. Finalmente todo o investimento (de tempo e de dinheiro) para trazer o Abel Braga começa a surtir efeito. 
A segunda é que os meninos da base são bons de bola. Wellinton Carvalho (que jogou na semana passada), Wallace (que vinha bem, até a expulsão boba), Fábio Braga e, principalmente, Marcos Júnior, mostraram mais que disposição. Mais uma vez a escolha de um treinador que sabe valorizar a prata da casa se mostrou acertada. 
Por último, a constatação de que a tabela foi nossa amiga. Essa pausa de 10 dias no campeonato não podia ter vindo em melhor hora. Tempo pra esquecer a Libertadores, esvaziar o departamento médico, e partir com tudo pra conquista do tetra (afinal, essa onda de contusões não lembra 2010?).

ST

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