quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Como eu vinha dizendo...

Cruzmaltinos desse planeta,

o Vasco foi tema da coluna de Lédio Carmona, do globoesporte.com, nessa quarta-feira. Apesar de discordar de algumas coisas, um pedaço do texto me chamou a atenção. Reproduzo aqui:

Até uma esfiha do Habibs sabe que o time precisa de um lateral-direito, de dois zagueiros, de dois volantes, de mais um meia e de mais um atacante. Isso tudo já pensando em elenco por completo, não só no time titular.

Engraçado. Os reforços não são tão diferentes do que eu havia dito aqui no corneta. Eu havia pedido 5 titulares. Ele pediu 7 para compor o elenco inteiro. Enfim: será que era eu quem estava viajando??

Na comunidade do Vasco no Orkut, está sendo feita uma enquete: Se o Vasco estivesse na Série A, em que posição você acha que estariamos?
A esmagadora maioria acha que estariamos entre quinto e décimo primeiro. Eu, particularmente, acho que estariamos ali, entre quinto e sexto, com condições de beliscar uma vaga na Libertadores se alguém bobeasse. Outros acham que o time ficaria na zona da Sulamericana. Ok. Agora, achar que estariamos brigando para não cair, como Botafogo e Fluminense, isso é piada.

Com os reforços que eu (e o Lédio Carmona) pedimos, vocês acham que não estaremos brigando lá em cima?

Seleção de todos os (meus) tempos

Cruzmaltinos desse planeta,

volta e meia nos deparamos com listas de melhores jogadores do Vasco de todos os tempos. O problema é que temos um time com História, com H maiúsculo, e muitas vezes são escalados jogadores dos tempos míticos. Não estou desmerecendo o futebol de Barbosa, Danilo e Ipojucan, por exemplo, mas são muito poucos os que os viram jogar. Os registros são precários e acabamos ficando no "ouvi falarem/li o que disseram". A revista Placar, em 1994, fez uma votação com torcedores ilustres e elegeu a seleção vascaína de todos os tempos (até então): Barbosa, Augusto, Ricardo Rocha, Orlando e Jorge; Eli, Danilo, Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. (figura abaixo)

O diário Lance fez uma eleição no fim de 99 e elegeu como time do Século XX: Barbosa, Augusto, Bellini, Mauro Galvão e Felipe; Danilo, Ipojucan; Edmundo, Romário, Roberto Dinamite e Ademir. O técnico seria Antônio Lopes.
Em 2008, a Placar fez nova votação, e o time dos sonhos dos vascaínos foi escalado com: Barbosa, Augusto, Bellini, Ely e Mazinho; Danilo, Edmundo e Juninho Pernambucano; Ademir, Dinamite e Romário. O técnico era Flávio Costa.(figura abaixo)

Notaram? O time tem vários craques dos anos 40 e 50, do Expresso da Vitória. Mas eu nasci em 1981. Logo, decidi fazer um time dos sonhos. Não de todos os tempos. Dos meus tempos. Craques de bola que atuaram de 87 (quando começo a ter minhas primeiras lembranças) até hoje em dia. Vamos lá:

Goleiro: Carlos Germano. Sem sombra de dúvidas. Hélton, hoje no Porto, teve mais convocações pra Seleção Brasileira, mas o arqueiro dos anos 90 era seguro e competente, e ainda pegava pênaltis quando preciso. A 1 é dele.

Lateral Direito: Luís Carlos Winck. Veloz e eficiente nos cruzamentos, foi de seu pé que saiu a jogada do gol do título brasileiro de 1989, sobre o São Paulo no Morumbi. Não ficou tanto tempo assim em São Januário, mas garantiu a 2.

Zagueiros: Mauro Galvão. Ele não é só o melhor zagueiro que vi no Vasco. É o melhor zagueiro que já vi jogar. Ao lado dele, até Odvan foi parar na seleção. Categoria de sobra, inteligência abundante, posicionamento perfeito. Não tem outro pra ficar com a 3.

e Alexandre Torres. O filho do capitão do tri da seleção brasileira foi o zagueiro do tri carioca. Não se compara com seu pai, mas jogava com simplicidade e seriedade, duas qualidades sempre desejáveis em um zagueiro. A número 4 é dele.

Lateral esquerdo: Mazinho. Versátil, tanto que acabou sendo deslocado para o meio-campo em sua passagem pela Europa (e no meio conquistou o Tetra pela seleção brasileira). Estava no time bi campeão carioca em 87/88 e no campeão brasileiro de 89. Ganhou a número 6.

Volantes: Antes de mais nada, precisamos de um volante de contenção. Uma posição geralmente ocupada por cabeças de bagre. Foi com a 5 que se destacou o volante Leandro, que também estava no tri-carioca. Mesmo com suas passagens pelos mulambos e pelos chorões, ele conquista a posição.

Juninho Pernambucano não é um segundo volante clássico, mas conseguia marcar e sair jogando. Além disso, jogava com uma raça que colocou a torcida a seus pés. O Reizinho de São Januário é ídolo, e ainda pode passar pela colina mais uma vez... Ficou com a 8.

Meio Campo: Aqui entra o craque do time. Só poderia ser o maior ídolo da história do Vasco. Porém, não vi aquele garoto que conquistou o título de 1974 com suas bombas. Vi o jogador já mais experiente, que além de bater faltas dava lançamentos que colocavam seus companheiros do ataque sempre na boa. Com a 10, o presidente-ídolo Roberto Dinamite.

Para auxiliá-lo, fiquei numa dúvida ferrenha. Tivemos outros grandes craques. Três pelo menos poderiam vestir essa camisa. Acabei optando por Juninho Paulista, que esteve presente no jogo favorito de 10 entre 10 vascaínos. Ele vestiria a 11, mas acaba ficando com a 7, por motivos óbvios para aqueles que têm a cruz de malta no peito.

Ataque: Se Roberto foi o nosso maior craque, o que Edmundo fez em 1997 garantiria sua entrada em qualquer seleção. Não fosse os dois maiores invejosos do futebol brasileiro estarem no comando da seleção brasileira em 98 (Zico e Zagallo, é com vocês mesmo!), o animal teria arrebentado na copa da França. Ninguém tiraria a 9 dele.

E com a 11, fica o homem dos 1000 gols, o jogador com o maior número de gols em partidas oficiais em todos os tempos. Sim, estou falando de Romário. Mas não se apegue ao velho melancólico do final (?) da carreira. Lembrem-se daquele baixinho do início, que infernizava as defesas e logo foi contratado pelo PSV da Holanda.

Técnico: No comando desse time, fica um cara que foi injustiçado pelo Sapo que era nosso ex-Presidente. Um treinador que sabia como lidar com seus comandados e como armar o time. O cara que nos levou ao quarto título brasileiro e ao título da Mercosul, embora não apareça nos pôsters, por ter saído às vésperas das finais: Oswaldo de Oliveira.

No banco, ainda teriamos Hélton, Felipe, Ricardo Rocha, Dener, Bismarck e Bebeto. Dá pra encarar?

E você!? Mudaria alguma coisa?

PS: Reparem nas imagens da Placar: na primeira, de 1994, o time de todos os tempos veste o uniforme da época. Na segunda, de 2008, o time dos sonhos está com o uniforme dos anos 50. E aí? Com que roupa eu vou? Pra mim, o uniforme preto dos anos 50 é insuperável.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Flu do Peru

Caríssimos tricolores, novas promessas de reviravolta. Já perdi a conta de quantos “agora vai” ouvi de jogadores e comissão técnica do Fluminense nesta temporada. Desta vez, um jogo da Sul-Americana pela frente, contra Alianza Atlético, um dos últimos colocados do campeonato peruano.

Das novidades, a mais comentada não vem da equipe. Jogaremos num campo sintético, tipo de pelada. Ou ganhamos e constatamos se tratar realmente de um time de peladeiros ou nem pra fazer uma de fora esse elenco serve.

Até agora, como ainda não perderam, técnico e jogadores afirmam que vão brigar por esse título. Sinceramente, trocaria sem pestanejar o título da Sul-Americana por nossa permanência na série A. No momento, resgatar a dignidade tricolor é mais importante do que qualquer caneco. Obviamente, atingir os dois objetivos seria lindo, porém o mesmo que acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e Vasco na parte de cima da tabela na série A...

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Chega a ser injusto o assédio peruano com nossa delegação. Esses pernas-de-pau não merecem colher os frutos da grande equipe da Libertadores 2008.


Saudações tricolores.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Assim complica

Apesar de nosso empate sem gols diante do Santos na Vila Belmiro ter acontecido no último domingo eu estou postando somente hoje porque, via de regra, as exibições do Alvinegro neste Campeonato Brasileiro estão me deixando bem desanimado, pra baixo mesmo. E o 0 a 0 contra o Peixe não foi diferente. Muitos botafoguenses podem não concordar comigo e dizer que a equipe foi guerreira, conseguiu um ponto na casa do inimigo. Mas cá pra nós, um time que quer escapar do rebaixamento não pode ter esse tipo de mentalidade, jogando contra uma equipe meia-boca como a santista. Nos 10 minutos finais o que se via era o Santos em busca da vitória e o time carioca satisfeito com o resultado. Assim fica difícil.

Mais uma vez, bastava uma vitória para nos tirar da zona da degola, mas pelo segundo jogo seguido, não fizemos gol. Também, como fazer gol com atacantes imprestáveis? Sem um meio de campo rápido e criativo para servi-los? Ficamos na dependência das bolas paradas de Juninho e Lúcio Flávio, que há tempos estão devendo neste quesito. O André Lima está me dando nos nervos. Mobilidade zero, pontaria zero, habilidade zero. O Reinaldo parece que está lesionado porque vive se arrastando em campo. Ricardinho, que entrou no segundo tempo no lugar do Reinaldo, não arruma nada, é ruim como o capeta. Laio? Nossa senhora, melhor falar do meio-de-campo.

Lúcio Flávio que havia subido de produção nas últimas partidas também não jogou nada. Jônatas que fez uma bela partida contra o Furacão pela Sulamericana também esteve mal. Thiaguinho que ganhara a vaga de Alessandro por sua disposição e entrega, jogou como o concorrente de posição. Na ala esquerda, Gabriel mostrou mais vontade que Eduardo, mas tem que aprender que futebol é esporte coletivo. Numa jogada pela esquerda ele chutou direto pro gol enquanto André Lima estava livre na pequena área à espera do passe. A defesa não comprometeu e só não perdemos a partida por causa do Jefferson, que fez outra boa partida. Finalmente temos um goleiro. Pelo menos isso.


43=42+1*

Salve, rubro-negrada!

Nos últimos dias, minha caixa de e-mails esteve abarrotada de mensagens desesperadas de leitores de todo o país, querendo saber o que aconteceu com a seção mais querida do Corneta (bem, pra ser sincero, apenas meia dúzia de amigos deram falta dos posts, e perguntaram se eu não ia voltar a escrever... ok, na verdade ninguém percebeu), mas o ensurdecedor silêncio rubro-negro nesse blog foi proposital (tá, não foi, estive muito ocupado e não deu tempo de escrever).

Explicando: não há o que ser dito. Dentre os cariocas (são os que interessam, não? Se quiser acompanhar futebol paulista, mineiro ou argentino vá para outro site) somos um oásis de tranquilidade, ao menos durante essa semana.



É fato que nossos últimos adversários não são dignos de nota, mas mesmo assim, está evidente até mesmo para o mais surrealista dos botafoguenses que o Mengão tem se achado em campo. E os principais culpados são Petkovic e o Imperador. Sobre esse último muito tem se falado, então vamos nos ater ao sérvio mais amado do mundo.

Quando anunciaram a volta do Pet, alguns torceram o nariz, inculsive membros da diretoria e comissão técnica. O "eu não tenho nada com isso" ecoou pela gávea. Veja bem, não costumo ser partidário do "eu falei desde o princípio", mas tem horas que a insensatez de alguns me assustam.

Felizmente, a esmagadora maioria da Nação deu uma lição de rubro-negrismo ao ficar ao lado do nosso querido maestro, ao passo que Kleber Leite e Cuca nem ao menos deram as caras na reapresentação desse personagem tão importante para o Mais Querido. É muito bacana ver que os torcedores de verdade, que tanta fama e glória dividem com essa instituição cósmica que é o Mengão, não dão ouvidos a esses cretinos.

Porque graças a Zico eles passam, ficam pra trás, reservados ao esquecimento, enquanto os que merecem estarão pra sempre nas paredes e nos corações da nossa torcida.

SRN

P.S. Apesar dessa homenagem ao Rutger Hauer sérvio, estou longe de ver o Fla atual como um time perfeito. Mas já o vejo como um time extremamente CAPAZ. Que depende só dele próprio (e de nós, torcedores) pra conquistar algo nesse brasileirão.

* para entender o título, procure saber o que o escritor Douglas Adams tinha a dizer sobre o número 42.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Contra tudo e contra todos

Cruzmaltinos desse planeta,

quanto o jogo de sábado, só tenho uma pergunta a fazer: Homens de preto, até quando!? Até quando vão bater sem dó em nossos jogadores sem sofrer nada? Até quando os bandeiras marcarão impedimentos completamente inexistentes? Não basta o Vasco ser superior, é preciso ser absoluto. Jogamos contra 12, contra tudo e contra todos. E mesmo assim vamos passando.
Se o Vasco não foi brilhante no sábado, conseguiu ser o suficiente. Elton aproveitou uma das chances que teve, e o placar poderia até ser mais elástico. Agora é partir pra cima do Duque. Em três jogos podemos já estar garantidos na série A do ano que vem. Dá até pena ter que fazer isso contra o simpático clube da baixada, que está lutando pra não cair pra série C. Infelizmente, ainda não podemos fazer caridades...

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A Globo e o Lance criaram uma competição entre a imensa torcida bem feliz e a mulambada. Quem coloca mais gente no Maraca? Pois, não havia dúvida que venceríamos. E aí? O que fez a imprensa canalha!? Minimizou...
Minimizem isso, trouxas!!!!


Ainda não vai ser dessa vez que poderemos contar com nossa melhor formação defensiva. Titi e Amaral estão suspensos, e Vilson ganhou uma sobrevida no time. Não deve ser problema.

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A essa altura do ano passado, o Corinthians já era tido como um dos melhores clubes do país, ganhando destaque em todos os programas esportivos. Já o Vasco, com uma campanha semelhante à dos paulistas, luta por respeito... Até quando a imprensa paulista vai manipular assim a opinião pública?

domingo, 20 de setembro de 2009

Outro chocolate

Caríssimos tricolores, mais uma goleada para a conta do Flu. Souza acabou com o jogo e nossos jogadores fizeram quatro dos cinco gols do Grêmio em falhas individuais.

Adeilson fez a falta do primeiro gol e, não satisfeito, estava lá na área para conferir de cabeça. No ataque seguinte, Gum faz pênalti infantil sem bola e garante o segundo para os gaúchos. E no intervalo, Cássio entra para afundar de vez o time. Fez o quarto do Grêmio, numa cabeçada ridícula contra nossa meta e, após um escorregão, entregou a bola de presente para Jonas marcar o quinto.

O mais louco é que Rafael fez grande partida. Confesso que fiquei com pena do cara. Pegou muito, mas com esse time é impossível não tomar gols. Até pênalti defendeu, porém um pouco adiantado, em cobrança anulada pela arbitragem.

De resto, o mesmo de sempre. Nossa defesa é muito fraca, laterais horrorosos, meio de campo sem criatividade e ataque com média inferior a um gol por jogo. Ou seja, receita perfeita para ser o novo Vasco série B.

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Cuca, por que optar pelo esquema que fez os titulares serem goleados pelos reservas no meio de semana em detrimento do 3-6-1, com a equipe mais equilibrada fazendo sete gols em 50 minutos de treino?

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E Luiz Alberto, por que o senhor ri tanto durante os jogos?


ST