quinta-feira, 26 de maio de 2011

Abra mão


Cruzmaltinos desse planeta,

não percam a chance de eternizarem seus nomes na Colina Sagrada, e ainda apoiar as celebrações do Manifesto contra o Racismo de 1924, ponto de virada do desporto nacional protagonizado pelo clube com o nome do heróico português. A Penalty, nosso fornecedor de material esportivo criou uma campanha pra você manifestar seu apoio à causa histórica.
Basta fotografar sua mão e enviar para eles via Facebook. Essa imagem será vetorizada e poderá estampar com outras 1922 mãos o muro do Estádio de São Januário. Para mais informações, clique aqui. Eu já mandei. Não fique fora dessa.


Notas da Semana

Torcida que atrapalha 1: Dois desocupados foram ao treino do Fluminense para protestar contra o goleiro Ricardo Berna, pelos gestos e declarações na noite do jogo contra o Libertad. Alguém acha que esse protesto, quase 1 mês depois do ocorrido, ainda ajuda em alguma coisa?

Camisa 1: Desde a saída do Kléber, no final de 2005, um filme se repetiu nas Laranjeiras. A diretoria contratava a peso de ouro um goleiro para substituir o Fernando Henrique, tão contestado pela torcida. Antes do meio do ano, FH, mesmo com toda a cachaça, se mostrava melhor que o contratado e recuperava sua titularidade. Foi assim com Diego (ex-Atlético PR), Rafael (ex-Vasco), e só não será assim esse ano porque o goleiro-presidente não está mais por lá.

Torcida que atrapalha 2: Justamente agora que a nova diretoria tricolor resolveu investir em jogadores jovens, ao invés de medalhões em fim de carreira, a torcida lança uma campanha na internet pela contratação do Gilberto, do Cruzeiro, de 35 anos.

Leilão: A diretoria do Flu fez bem em não entrar em disputa com o Botafogo por Elkeson. O ex-meia do Vitória é só uma promessa, e só valeria a pena se fosse barato.

Torcida que atrapalha 3: Ainda na internet, vejo que se inicia, com a colaboração do blogueiro tricolor do Globoesporte.com, uma campanha pela construção de uma Arena para o tricolor. O clube tem 365 milhões de reais em dívidas, não paga nem o FGTS dos funcionários, não tem CT, Xerém está um lixo, e os caras falando em construir estádio.

Marketing: É louvável o esforço da nova diretoria em ações de marketing. O pacote com ingressos para todos os jogos com mando do Flu é mais uma ótima iniciativa. Mas ainda é preciso melhorar. O produto deveria ter sido lançado com maior antecedência, e o jogo contra o Palmeiras (ainda sem data, local, ou horário definido) não deveria ter sido incluído.

Ironia: Émerson deixou uma dívida de 1,5 milhão de reais no Iate Clube do Rio, e uma pendência com a Justiça. Ele foi condenado por falsidade ideológica, por ter adulterado sua idade no começo da carreira. Começou seus dias de jogador como gato e acabou como rato.

Favorito: O Vasco tem tudo pra sair da fila, se sagrar campeão da Copa do Brasil e deixar a série B psicológica (onde permanecem o Botafogo, Palmeiras, e Atlético MG). Mas, se perder pode desenterrar aquela camiseta: “o sofrimento não pode parar”;

Só lembrando: Felipe, atual comandante da nau bacalhau, também liderava o Flamengo no vice da CB de 2004. E o melhor jogo de Diego Souza com a camisa do Flu também foi no segundo jogo de uma semi-final da CB, em 2005, contra o Ceará. Depois, em uma final também em São Januário, deu no que deu.

Em tempo: Pra mim, um título da Copa do Brasil vale por uns dois estaduais. Mas concordo que esse torneio seria muito melhor se a CBF (Central de Bobagens com o Futebol) incluísse os clubes que estão na Libertadores. Claro que estes clubes poderiam entrar só nas oitavas, e que seria necessário enxugar os estaduais (no Rio, 12 clubes no máximo), mas mesmo assim acho que valeria a pena.

Gestão: O zagueiro Thiago Sales acaba de deixar o Flu sem ter feito nenhum jogo. Ele ficou por lá 8 meses, recebendo R$ 35 mil por mês! Também já deixaram o clube, sem entrar em campo, os laterais Douglas Maia (que recebia 10 mil e sequer treinava) Gérson e Marquinhos (esse eu acho que entrou em 1 ou 2 jogos). Todos chegaram graças ao grande Alcides Antunes, amigo do Muricy...

Próximo Confronto: O Fluminense pega, neste domingo às 18h30, o Atlético GO, no Serra Dourada. Ano passado, o Flu ganhou dentro de casa (1x0, gol do Marquinho) e perdeu fora, 1x2 com o Coração Valente marcando pelo Flu. Pra cima deles Flu!

Monstro

Cruzmaltinos desse planeta,

eu vi.

Eu poderia começar esse texto ressaltando a superioridade gritante do nosso escrete sobre o bonde dos falsos avaianos. Poderia gastar meu dedo falando como o Vasco merecia essa final não só pelo que vem apresentando esse ano, mas por toda a trajetória de superação do gigante da Colina desde a posse de nosso presidente-ídolo - que mais parece o livro do italiano que vai do círculo mais profundo do inferno até o merecido céu. Podia ainda gastar essas linhas respondendo o mulambo do texto abaixo, que desmerece a competição dizendo que "tem menos clássicos do que um estadual", mas parece se esquecer que nossos adversários tradicionais não nos enfrentaram porque não tiveram competência. No entanto, não quero falar disso. Quero falar do que eu vi.

Quero falar da diferença entre o craque e o jogador medíocre em boa fase. Quero falar do jogador que se agiganta nos momentos de cobrança. Estou falando do jogador que esteve entre os melhores do brasileiro em 2009, mas em 2010 caiu num time pequeno e por isso foi visto com desconfiança. Estou falando de Diego Souza.

Tenho um amigo que desenvolveu uma teoria que tem um quê de supersticiosa, mas tem seu fundo de razão. Segundo ele, jogadores que se destacam no Palmeiras costumam ter sucesso pelos lados de São Januário, e vice versa. De bate pronto, me lembro de Edmundo e Evair, dupla que foi vitoriosa vestindo a faixa transversal e também fez sucesso pelas terras do Palestra Itália. Pois, foi me agarrando nesse argumento que eu louvei a contratação do DS10.

E hoje ele mostrou a que veio. No primeiro jogo ele já tinha se apresentado bem, vinha num ritmo crescente nas últimas partidas. Mas hoje ele foi exuberante. Foi caçado em campo, mas teve não se escondeu. Sofreu pênaltis não marcados, mas não esmoreceu. Driblou quem apareceu em sua frente, não economizando chapéus para os adversários. Estava em todas, e foi coroado com um gol de quem sabe a diferença entre uma bola e uma melancia. Uma atuação que merece o mesmo número de sua camisa. 10, nota 10.

Pode ser que tudo falhe. Pode ser que nossos esforços não resultem no que esperamos. Mas hoje eu já posso dizer que vi esse jogo de Diego Souza.

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Verdade seja dita: fica fácil pra um craque jogar quando tem jogadores que ajudam sua performance. Felipe continua sendo um maestro, um craque que coloca a bola aonde quer e tem uma visão de jogo privilegiada. Alecsandro mostrou raça e inteligência ao abrir mão de avançar pra dar um passe açucarado pro nosso camisa 10 (merecia ter seu gol -que foi invalidado de forma errônea). Dedé continua sendo um mito, o dono da grande área cruzmaltina. Hoje o Vasco da Gama é um time, não um amontoado de jogadores.

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Além dos pênaltis não marcados e do gol mal anulado. o árbitro Leandro Vuaden conseguiu errar tudo o que dependia dele. Faltas não marcadas e invertidas foram tantas que se tornaram irrelevantes. E pensar que um lixo feito esse foi eleito um dos melhores árbitros há poucos anos atrás por seu "estilo europeu de apitar" (leia-se "deixar o pau comer")

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Agora, muita humildade e foco no Coxa...

terça-feira, 24 de maio de 2011

JA CAÍRAM

Em 2006, o Flamengo ganhou uma Copa do Brasil ridícula: o primeiro time da Série A que enfrentamos durante a campanha foi o Vasco, numa final que fez com que a taça ganhasse ares épicos para entrar na sala de troféus da Gávea.
No ano de 2007, o Botafogo não serviu nem para passar da semifinal e dar algum brilho ao título do Fluminense.
Já em 2008, o campeão do torneio em epígrafe foi o clube mais asqueroso do futebol mundial: o Sport Recife.
No ano passado, o Vitória foi da final da Copa à Série B em cinco meses.
Pensando bem, devo corrigir a redundância do primeiro parágrafo: em 2006, o Flamengo ganhou uma Copa do Brasil.
A verdade é que, enquanto não for possível a disputa concomitante, pelo mesmo clube, da Libertadores e da Copa do Brasil, esse torneio será sempre um Estadual piorado, já que, em seu decorrer, há menos clássicos e confrontos entre times da Primeirona do que, por exemplo, no Cariocão, torneio que tem 3 ou 4 times da série A, a depender do ano.
Não se ignora o fato de que a CB é um grande atalho para a competição continental mais importante das Américas, mas não se trata, definitivamente, de um parâmetro para o resto do ano.
Além disso, tropeços no Brasileirão oriundos da preservação de jogadores nas primeiras rodadas pelos times que avançam na Copa, mas não a conquistam, cobram seu preço no final do ano. Como exemplo, podemos citar o Internacional, que, em 2009, mandou um bando de reservas ao Maracanã, por conta da disputa das finais contra o Corinthians, levou 4x0 do Fla, que estava numa péssima fase e só foi campeão brasileiro (em cima do Inter) por conta daquele jogo.
Assim, Ceará e Coritiba, que perderam em casa na rodada de abertura, já podem reservar as terças e sextas do ano que vem. Tais equipes são fracas (falando sério: alguém consegue se lembrar do nome de mais de três jogadores do Coritiba?) e perderam para adversários que teriam que superar, em casa, para que pudessem sonhar com a Série A-2011.
O Bahia, que perdeu do Coelho e possui Carlos Alberto em seu elenco, fatos que, ainda que individualmente considerados, já bastariam para selar a degola de um clube, fará companhia aos dois “semifinalistas da Copa do Brasil” (há jornalistas que acreditam ser um título) supracitados.
A quarta vaga não será do Botafogo, apesar de todo o esforço da diretoria alvinegra. Atlético-PR, América-MG e Figueirense, que deve apanhar feito boi ladrão nas próximas rodadas, subitamente acometido de soberba, advinda da vitória sobre o Cruzeiro, frustarão os planos botafoguenses de buscar o título da série B, objetivo não alcançado em 2003.
Ter-se-á, se meus poderes de análise/adivinhação se manifestaram de forma correta, até 3 quadrifinalistas e 2 semifinalistas da Copa do Brasil na Série B 2012. É realmente um título tão importante assim?




PS 1:Os vascaínos devem ficar ligados: dois empates com o esquadrão do Furacão e um empate com o time titular do Avaí, que é tão ruim quanto o time reserva do Avaí, massacrado pelo Mengão no sábado, só credenciam o time a uma vaga na Sula do ano que vem.
PS 2:Aliás, alguém já reparou que, para se classificar para a Copa Sulamericana, basta não ser rebaixado ? Só um ou dois times não terminam o Campeonato com seu nome marcado com alguma cor nas páginas do Lance! Já imaginaram a euforia da turma do GE Minas com o Coelho classificado para uma competição internacional ?
PS 3:Fla e Flu merecem uma análise em separado, num próximo post.

domingo, 22 de maio de 2011

Surfando no Avaí

 Não poderia ser melhor o Brasileiro desse ano. Começou do jeito que irá acabar: Flamengo atropelando sem dó, mostrando a realidade para aqueles que almejam acompanhá-lo. É batata que uma equipe com três jogadores que podem ser excepcionais no meio-campo se torne a favorita a uma competíção tão longa quanto a nossa. Botinelli, Ronaldinho e Tiago Neves formam o trio de motoristas malucos do nosso trem sem freio e mesmo que um pegue uma folga por ai, estando os outros dois no certame é certeza de boa exibição.
Quem não tem time nem craque, aprende aí como é fazer gol tipo exportação:

Paul e o pangaré

Pela 2º vez, Fluminense e São Paulo jogaram em um estádio alternativo por conta de um show do Paul McCartney. Ano passado o jogo foi para Barueri, e agora para São Januário. As coincidências não param por ai. O jogo em si, também me lembrou outro evento da última passagem de Paul pelo Brasil.

No dia do show do ex-Beatles em Porto Alegre, havia outro acontecimento na cidade: o Grande Prêmio Bento Gonçalves, o mais importante evento do turfe gaúcho. Eu e um amigo, também fã do Beatles e amante dos cavalos, tivemos uma brilhante ideia: iríamos ao Jockey Club pela tarde, e ali conseguiríamos o dinheiro do ingresso do show (que já estava perto dos 500 reais).

Assim como o Fluminense na Granja Comary, eu passei a semana me preparando para aquele dia. Durante a semana, li a opinião de especialistas, levantei os últimos resultados, acompanhei as prévias... Até ter certeza: Starman. O cavalo, que era o atual bi-campeão, vinha forte para o tri. Era uma barbada!

Depois de perder algum dinheiro nos páreos preliminares, decidimos não arriscar. Não tentaríamos ganhar mais, combinando a vitória do nosso campeão com outro resultado. Jogamos todas nossas fichas em uma vitoria simples do Starman. A largada até foi boa mas, 1 minuto depois, a realidade se mostrou inapelável. Nosso multi-campeão cruzou a linha em último, muito atrás dos demais. Era um autêntico pangaré!

O Fluminense, hoje, foi como aquele pangaré. Até nos deu alguma ilusão, com duas boas tramas entre Mariano, Conca e Deco, no primeiro tempo. Mas foi só. Logo a realidade (os volantes que não marcam nem saem pro jogo, a dupla de ataque inofensiva, a zaga mal posicionada e perdida, o lateral-esquerdo nulo, o técnico que mexe mal...) se fez mais forte, e o Flu correu sério risco de sair de São januário com uma goleada.

No fim, resta o consolo de que, ano passado, o Flu também começou perdendo, e se recuperou na segunda rodada justamente contra o Atlético-GO (adversário do próximo domingo). Portanto, pra cima deles, Flusão!