quinta-feira, 8 de março de 2012

Deu Flu, naturalmente

Amigos tricolores e secadores de todas as cores,

Houve um tempo em que invejávamos os argentinos. Dizíamos que havia mais livrarias em Buenos Aires do que em todo Brasil, admirávamos a cultura política deles, comprávamos o vinho portenho, disputávamos com eles o posto de melhor economia do continente, e até rivalizávamos com eles no futebol. Mas esse tempo, como ficou provado essa noite, já passou.

A Argentina de hoje dá pena. Sua economia está em frangalhos, a política entregue ao charlatanismo, e o futebol argentino é uma espécie de ex-potência em atividade, parafraseando o colega flamengo. É talvez a quarta força do continente (atrás de brasileiros, uruguaios e chilenos, e pau a pau com os paraguaios). Reflexo disso, o time do Boca que enfrentou o Flu hoje, não é melhor do que o do Botafogo. É olha que esse time é soberano nos campos de lá, invicto desde abril do ano passado. Mas a verdade é que se o jogo de hoje fosse jogado 100 vezes, o Fluminense ganharia 99.


O que o Flu enfrentou hoje a noite foi um espectro, um fantasma. Era apenas uma lenda criada em cima de uma camisa, um estádio e uma torcida (torcida essa que, diga-se de passagem, ficou calada grande parte do jogo, tamanha superioridade do onze tricolor). O Flu, que além de ter mais time é mais antigo e tem mais tradição do que os portenhos, ganhou, como era de se esperar.

Estou convencido de que, nesta Libertadores, devemos nos preocupar com os uruguaios (uma potência futebolística que tenta ressurgir) e com nossos compatriotas (principalmente, Santos e Inter). O resto, é zebra.

Em tempo 1: Dois jogos e apenas uma bola vazou nossa fortaleza. A zaga reserva do Flu mostrou hoje que também é sólida. Enquanto isso, zaga “míticas” por aí já levaram 4 gols...

Em tempo 2: Acho o vinho argentino uma merda. Muito ácido e com paladar pouco persistente. O chileno dá de 10, e até mesmo alguns vinhos gaúchos são melhores.

ST