Cruzmaltinos desse planeta,
eu me lembro da primeira vez que senti vergonha do Vasco. Infelizmente, não foi a única. Felizmente, também não foram muitas. Mas a primeira vez fica para sempre. Eu tinha acabado de fazer 9 anos e estava começando a tentar entender as rocambolescas reviravoltas dos bastidores do futebol brasileiro. O regulamento daquele Campeonato Carioca de 1990 também era dose pra leão. O Campeão da Taça Guanabara pegava o vencedor da Taça Rio e, se houvesse uma equipe que não essas duas que pontuou mais ao longo do torneio, esta faria uma final contra quem venceu o jogo dos campeões de turno. Entendeu? É confuso mesmo, releia aí... Pois, aconteceu isso tudo e o Vasco foi campeão do estado extinto, o Flu venceu o troféu da cidade e o Botafogo somou mais pontos nos dois turnos. O Vasco bateu a turma do laranjal na primeira final e foi enfrentar a cachorrada na final final. É! É bizarro mesmo... Mas o pior estava por vir. O clube das viúvas do Garrincha venceu por 1x0, mas até aí, tudo bem. Derrotas acontecem. A vergonha começou depois do apito do juiz. Inconformado com o resultado do jogo, o nosso ex-presidente, ex-croque e ex-telionatário Eurico Miranda tentou forçar uma prorrogação no tapetão. Como os Buatafoguenses eram realmente os campeões de direito, eles não toparam a manobra e deram a volta olímpica com a taça. Mas aí veio a cereja do bolo da vergonha: o sapo-cartola obrigou nossos jogadores a darem uma volta olímpica... com uma caravela de papelão de algum torcedor geraldino. É claro que aquilo foi motivo de chacota. Não existe nada pior que um mau perdedor, e foi nisso que aquele dirigente do charuto no transformou naquela noite.
Porque volto nesse assunto hoje? Afinal de contas, estamos bem na tabela, com uma gestão bem conceituada, que vem conseguindo limpar a mácula da passagem de Eurico pelo club da colina... Porque lembrar? Na última sexta-feira, 29 de julho, o lamentável fato completou 21 anos. E parece que o opróbrio daquele dia reluta em ser apagado. Ainda ontem eu escrevi nesse espaço que eu tinha a impressão de que a oposição tentaria alguma coisa para tumultuar as eleições de amanhã. Pois hoje veio a notícia: uma das chapas de oposição retirou sua candidatura, enquanto a outra decidiu fazer pirraça e não participar do pleito. Com isso, eles pretendem esvaziar um processo que se mostra claramente desfavorável para o lado deles. Afinal, a ideia do grupo que quer voltar ao poder é disputar as eleições num momento de crise, quando o time estiver na parte de baixo da tabela e os torcedores insatisfeitos com a gerência do Gigante... Porém, como eles vão querer derrotar o Presidente-Ídolo num momento que o Vasco conquistou um título de grandeza nacional e está a apenas 4 pontos do líder... Por isso, a tática deles é badernar, é transformar a eleição em circo, é arrastar o resultado na justiça por semanas, quiçá meses...
Não sei porque, mas parece que estou vendo aquela caravela de papelão saindo do túnel, carregada por Eurico Miranda, Pedro Valente e companhia...
Um comentário:
Eu nao tenho dúvida que, o bom momento do futebol do rio, se deve a 1)ao ressurgimento da economia do Estado (nos governos Fernando 1, 2 e 3, Sao paulo cresceu muito mais que o resto do brasil. Tendência que se inverteu no governo do sapo barbudo), 2)Melhores dirigentes (saiu Montenegro, Horcades, Eurico, Kléber Leites da vida, chegaram Dinamite, Patrícia Amorim, Peter Siemens...). Ainda faltam açoes no sentido fe melhorar a estrutura dos clubes, reestruturar suas dívidas, etc. mas o caminho já parece melhor.
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