O futebol é engraçado. Algumas vezes, após vitórias, achamos que vai tudo bem, e o tempo mostra que não é bem assim. Da mesma forma, derrotas podem dar a impressão de que está tudo errado, o que nem sempre é verdade. É claro que uma derrota em um Fla-Flu é sempre ruim. Mas, quando analisamos a partida, percebemos que não devemos desacreditar todo o trabalho por causa de um mau resultado.
O jogo não foi bom. Tricolores e rubro-negros não tem motivos para estarem eufóricos. Mas não dá pra negar que o gol foi o único lance de ataque do time da Gávea, que não criou nada antes ou depois disso.
O Flu foi superior durante todo o jogo. Marcou bem, mandou bola na trave, ameaçou com o Ciro, e acurralou o Flamengo. Mas faltou talento. O Flu foi guerreiro, correu, brigou, mas faltou um jogador que desequilibrasse. Sem jogadores como o Conca, Fred e Deco, o Flu se torna um time de operários, com muito brio, mas sem nenhum brilho.
Entendam, amigos, que não há neste comentário nenhum chororô. Não vale a pena gastarmos nosso tempo lamentando nossa falta de sorte ou reclamando do juiz - que não expulsou o Airton (que agrediu o Souza), não marcou pênalti no Marquinho (em lance com o Júnior César), e deixou que o Welinton e o Willians fizessem 15 faltas cada sem nenhum amarelinho. O adversário ganhou porque foi mais competente, e aproveitou a única chance que teve. O Flu correu e brigou, mas como o esporte era futebol, e não maratona ou judô, acabou perdendo. Vida que segue.
Um comentário:
Perfeito, Renato! E nada mais...
ST
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