Hoje senti na pele o privilégio de estar vivo para presenciar um desses.
Porque nessa noite de quarta-feira de cinzas, fez-se muito mais do que poesia com a bola na imensidão azul que chamamos de Engenhão: fez-se humor.
Não consegui ter raiva disso. Achei tão engraçado que não consegui ter raiva de ver o meu time sendo eliminado pelo VASCO - e se isso não é motivo de crise, o que mais seria?
Foi mais divertido ver essa finalização do que todas as comédias que assisti ano passado, juntas. Como se não bastasse a versão inicial, a cada segundo diferentes ângulos traziam novas informações e acrescentavam nuances no original, numa 'versão do diretor' que faria Stanley Kubrick corar. O arregalar de olhos do centroavante, seguido pelo corpo caindo na grama em câmera lenta, o goleiro que ainda não sabia que não fora vazado, o bandeira que chegou a correr, a súbita e assustadora evocação de Léo Batista e diabos, até o som da bola batendo na trave deve ter sido genial.
Se o preço para ver algo assim é ser eliminado da Guanabara, achei válido.
Obrigado, Deivid.
3 comentários:
Estou imaginando a reação do Wallace...
Me senti totalmente Kleber Machado:
http://www.youtube.com/watch?v=AXj69n9OOuY
Por isso que eu acho o Júnior um dos melhores comentaristas do país. Ele ainda encontrou algum tipo de justificativa.
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