as viagens têm me atrapalhado escrever aqui no Corneta, mas continuo acompanhando nossa caravela. Hoje me programei para assistir ao primeiro tempo em casa e o segundo tempo na rodoviária do Rio. E enquanto assisto vou formulando o texto, anotando algumas ideias que vão dando a cara do que vou escrever aqui. Pois hoje foi um dia de mudanças. Escrevi e joguei tudo fora na minha cabeça três vezes. De primeira, o texto era um lamento à nossa má sorte, que nos fez entrar em campo hoje sem quatro jogadores que eram titulares a bem pouco tempo (Renato Silva, Julinho, Juninho e Alecsandro). Se contarmos com o desfalque em definitivo de Anderson Martins, a contusão de Felipe e o incidente com nosso Monsieur Gomes, as perdas se tornam ainda mais graves. Mas, apesar de tudo, confio no peso da camisa e do elenco e não acho que isso seja desculpa para nada. Assim, deixei de lado essas linhas.
Vendo o jogo, o rascunho vinha com um tom reclamativo, quase botafoguense, misturando revolta e tristeza pelo nível ridículo da arbitragem do Brasileirão. Não fosse pela atuação miserável dos bandeiras, podíamos ter virado para a segunda etapa com 3x1 no placar. Aliás, a atuação do trio de arbitragem parecia empenhada em não permitir que o score deixasse a igualdade. O assistente anulou dois gols legítimos do clube da Colina. No primeiro, o zagueiro figueirista caiu de maduro, deixando Élton livre pra empurrar pras redes, mas o segurador de bandeira inventou uma infração ou impedimento ou qualquer outra desculpa esfarrapada pra impedir o Gigante de faturar os 3 pontos. Depois, um erro clássico de interpretação de regras, como já vem se tornando comum nos gramados brasileiros. Por aqui, inventaram essa história de que o goleiro não pode ser tocado. Isso não existe! O goleiro do clube catarinense saiu quase na linha da grande área, catando borboleta. Ele espalma a bola, que quase simultaneamente toca a cabeça de Diego Souza e sobra livre pro camisa 10 vascaíno empurrar pras redes. Mas nisso o apitador já tinha interferido. No segundo tempo, embora sem lances tão graves, a tônica do jogo continuou essa... E esse seria o texto da coluna até os descontos da segunda etapa...
Num contra-ataque rápido, a bola sobra para Kim que toca para Éder Luís, que surpreendentemente fez a coisa certa. Nosso Chico Bento avançou, atraiu a marcação e deixou a pelota com Diego Souza, que ficou cara a cara com o arqueiro de Florianópolis. Milésimos de segundos para tomar a decisão: driblar o goleiro ou esperar que ele caísse para dar um toque sutil por sobre a última linha defesa do adversário. Diego Souza hesitou, e acabou não fazendo nenhum dos dois. Aos 46 do segundo tempo, Diego Souza perdeu a chance de nos dar a liderança - até então temporária - do campeonato brasileiro. E esse seria o texto de hoje enquanto eu cortava a serra subindo para Juiz de Fora.
Mas aí cheguei em Minas e a primeira coisa que fiz foi procurar saber dos resultados de nossos concorrentes, e vi que Corinthians, São Paulo, Botafogo e Flamengo foram derrotados. E aquele empate catastrófico continuou a ser ruim, mas deixou de ser trágico ao menos. Ocupamos a segunda posição e temos agora duas partidas no caldeirão de Sanjanu para nos colocar na ponta. Estamos a 4 pontos da minha projeção dos 72, mas acredito que podemos recuperar essas perdas em outras contendas.
Esse campeonato será vencido por aquele que mostrar menos medo de ser feliz.
3 comentários:
Parcial! Comentário de quem não viu o jogo ou então age de má fé. No primeiro lance o árbitro alega ter marcado falta no zagueiro. Nenhuma imagem mostra o lance completo, portanto não é conclusiva a inexistência da falta. No lance do Diego Souza a imagem mostra claramente que depois do choque (lance normal) com o goleiro Wilson, o atleta do Vasco conduz a bola com a mão (lance irregular) justificando a invalidação da jogada. Antes destes dois lances polêmicos o atleta Gilmar do Vasco da Gama, que já tinha cartão amarelo, matou um contra-ataque do Figueirense com uma falta desclassificante e o árbitro fez vistas grossas favorecendo a equipe carioca. Uma expulsão aquela altura provavelmente mudaria a dinâmica do jogo. Ao analisar arbitragens seria interessante usar honestidade, senão vira apenas chororo.
Eu gostaria muito de saber quem é o atleta Gilmar do Vasco da Gama...
AH NAO! Eu aceito qualquer crítica aos textos que escrevemos para o Corneta, menos que eles sao parciais, hehehehehe
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