sábado, 18 de junho de 2011

Justo

Essa talvez tenha sido a semana mais tranquila do ano para nós. De janeiro pra cá, tivemos semanas tensas, semanas eufóricas, mas nenhuma tão tranquila como essa. Apesar da derrota no domingo passado, não tivemos no noticiário semanal nenhuma declaração bombástica, nenhuma desavença entre dirigentes ou coisa do tipo. Nos bastidores, o Fluminense parece começar a colher os frutos do bom trabalho do discreto Sandro Lima, e também da chegada do tão esperado técnico.

Em campo, as mudanças no time, promovidas por Abel, já eram esperadas e conhecidas por todos: a estréia do Ciro, uma nova oportunidade para Carlinhos e Diego Cavalieri, e outras duas mudanças por contusão (Souza no lugar do Deco, e Márcio Rosário no lugar do Leandro Euzébio). Nada disso causou comoção ou surpresa na torcida. Faltava transformar toda essa tranqüilidade em bom futebol.

Mas não foi o que aconteceu. No primeiro tempo, como até era de se esperar em um time com tantas alterações, o Flu começou sem se entender. Um festival de passes errados, chutões, jogadas mal-ensaiadas e muita lentidão. Até poderíamos ter aberto o placar, caso o juiz tivesse marcado um pênalti claro no Carlinhos, aos 42 minutos, mas a verdade é que o Flu, pelo pouco que fez, não merecia ir para o vestiário em vantagem.

No segundo tempo, o tricolor voltou com Marquinho no lugar do Carlinhos, alterando também o esquema tático, do 4-4-2 para o 3-5-2 (recuando o Edinho para a zaga e transformando os laterais em alas). A intenção era boa, porém, na prática, o Flu não ganhou uma grande jogada pelas pontas e ainda perdeu o meio-campo. Ao recuar o Edinho, Abel deixou um buraco na frente da área. Com apenas o Valencia marcando no meio (dedicando-se quase que exclusivamente ao Carlos Alberto), os ataques do Bahia, que no primeiro tempo morriam na intermediária, começaram a chegar a nossa área. Jóbson e Júnior começaram a dar trabalho e o Flu, vulnerável, só conseguia levar perigo em chutes de longe.

O Bahia era melhor e Abel se desesperou. Mexeu mal. Encheu o time de atacantes - trocou Ciro por Rafael Moura e Conca por Matheus Carvalho - e a armação das jogadas, que já era ruim, desapareceu de vez. A tragédia estava anunciada. O Flu tentou partir pro abafo, na base do chuveirinho e da ligação direta e, no fim, veio o castigo. Triste, porém justo.

***

Não consigo ver o Souza no nosso time titular. Não que lhe falte futebol. Pra mim, lhe falta postura. Vejo o Edinho se desdobrando entre a zaga e meio-campo, vejo o Rafael Moura tentando ajudar na marcação (apesar de toda a sua limitação), e o Gum, todo estabanado, tentando subir ao ataque. Marquinho, quando entra, briga pela bola, tenta incendiar a partida. Enquanto isso, não vejo o Souza dividir, dar um carrinho, entrar em uma disputa mais ríspida. Parece que está sempre se poupando. Pro churrasco depois do jogo?

***

A parte boa, se é que podemos tirar uma parte boa de uma derrota em casa pra um time que provavelmente será rebaixado, é a boa atuação do nosso novo goleiro titular. Pode até ser que ele venha a falhar nos próximos jogos, já que não se readquire ritmo em apenas um jogo. Mas, tem tudo pra ser nosso novo titular por um bom tempo. Paciência com ele, galera!

ST

3 comentários:

Jonathan.Rezende disse...

Olá pessoal.

Gostei do seu blog. Cadastrei-o no meu site:

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abraço

Marcelo Braga disse...

Agora a cornetada funcionou, Renato. Abraços!

ST

Renato Saldanha disse...

Valeu, Jonathan! Apareça quando quiser.
ST