segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Los caballeros de la angustia


Fiéis tricolores e hereges de outras cores,

A anti-notícia do fim de semana foi o tetra do tricolor. Digo anti-notícia porque não houve nenhuma surpresa nesse fato. Eu já havia vaticinado esse título na primeira rodada, e até mesmo os mais pessimistas torcedores já tinham vestido a faixa de campeão. A única pendência era saber se seria essa semana ou nas próximas.

Ainda assim, mesmo com toda a superioridade traduzida nos números, ainda apareceram uns “especialistas” desfazendo do melhor campeão da história. Primeiro era a arbitragem. Depois, quando os fatos desmentiram qualquer teoria conspiratória, passaram a valorizar o futebol dos nossos rivais em detrimento do Flu. A ladainha é sempre a mesma, “venceu sem convencer”, “o futebol do (Atlético, São Paulo ou Grêmio) é mais bonito, mais empolgante”, e por ai vai. Pura dor de cotovelo de quem não consegue ver o óbvio: o Fluminense atual é um daqueles esquadrões raros, marcados para vencer, e será lembrado em conversas de bar por décadas e mais décadas.

Para quem não entende a proposta de jogo do Flu, vale uma pequena palestra histórica. Já disse aqui que o Fluminense atual tem a cara dos grandes times argentinos, com muito aguante e frieza. Eis que, após essa crônica, encontrei-me com a seguinte passagem no livro Vencer ou Morrer, de Gilberto Agostino:

“Em Buenos Aires, La Máquina, como ficara conhecido o time do River Plate nos primórdios dos anos 40, fora encarada como uma das maiores equipes do mundo em sua época, contando com um esquema de jogo mágico e astros do porte de Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera, Angel Labruna e Loustau. Para os torcedores, estes ficariam na lembrança como Los caballeros de la angustia, capazes de dominar o jogo por todo o tempo, mas ganhar por um placar apertado, geralmente com a diferença de um gol, deixando represada a sensação da vitória até o apito final.”

Assim foi o Flu. Eficiente, midiático (capaz de segurar audência mesmo em um jogo fácil, como o de ontem), traiçoeiro. Mas acima de tudo, TETRACAMPEÃO!!!! QUE VENHA O PENTA!

ST

2 comentários:

Marcelo Braga disse...

É TETR4444444444!!!

O maior campeão brasileiro pós Copa JH! Não precisa dizer mais nada, os números falam por si só.

Esse time é tão poderoso que fez nossos colegas de Blog se calarem, pois quem cala consente. Cadê vocês???

Torço pra que a Corneta não acabe e se o sucesso do Fluminense for o motivo disso, infelizmente não terá outro destino, a não ser que mude de nome: "Corneta Tricolor", "Diário dos Guerreiros", "Flucorneta"...

E você terá ainda o prazer de desfrutar do melhor futebol de 2012aí em Recife.

Saudações Tricolores!

Só nos resta a América.

Renato Saldanha disse...

Acho que a depender das campanhas dos seus times, os outros corneteiros não aparecerão mais por aqui. Grande abraço, Marcelo!