Cruzmaltinos desse planeta,
quem me conhece ou quem acompanha o blog há algum tempo deve saber que eu não torço pela Seleção Brasileira. Não é uma questão de torcer contra (embora alguns jogadores me façam torcer contra - Neymar, Roberto Carlos, Robinho), mas mais uma coisa de falta de empatia. Desde que eu tinha 9 anos de idade e vi a seleção do Lazaroni tapando a logo da Pepsi na foto oficial eu entendi que aqueles caras da blusa amarela estavam mais preocupados com o tutu do que com a bandeira... Talvez por isso eu nunca mais tenha ligado para as listas de convocados, mesmo quando incluíam jogadores vascaínos. Porém, hoje foi diferente.
Acompanhei a carreira do zagueiro, desde quando a torcida pegava no pé dele - eu inclusive - até sua consagração recente. As declarações de que hoje seria o dia mais feliz de sua vida me deixaram feliz. Mesmo sabendo que isso aumenta o olho grande em cima do zagueiro, mesmo pensando nos jogos que o camisa 26 vai nos desfalcar no Brasileirão, sim, eu fiquei feliz. Não tinha como se aborrecer com a realização dos sonhos de um cara que tem se dedicado tanto ao club que eu tanto amo. Sendo assim:
Parabéns, Dedé! Mostra pra eles porque em São Januário você se tornou O MITO!
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Eu disse que dava pra fazer um hat-trick. Batemos os três patéticos. Estamos 1 ponto acima das minhas projeções. Vamos lá! Rumo aos 72 pontos!
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O futebol hoje em dia, sobretudo no Brasil, passa por uma crise. Não é necessariamente uma crise de talento, ou uma crise de resultados. Essas daí se resolvem facilmente. Muda um técnico, passa uma geração, cedo ou tarde tudo volta para o que era antes. Muito mais grave do que isso é a crise de valores que temos hoje no futebol brasileiro.
Futebol é uma paixão, futebol é um negócio milionário, mas - acima disso tudo - futebol é um esporte, e como tal, exige que seus praticantes sigam uma determinada conduta ética. É aquilo que chamam de "espírito esportivo", que parece que foi eliminado do futebol.
O espírito esportivo diz que é preciso respeito não só pelas regras da competição, mas também respeito pelo adversário - tanto por sua integridade física quanto por sua honra.
Já escrevi sobre o "moleque" Neymar e os outros "moleques" do Santos. Humilhar o adversário - ofendendo ou fazendo palhaçadas em nome do "espetáculo" - não é uma atitude de esporte. É mais condizente com jogos de gladiadores.
Por falar em Gladiador, alguém devia falar para o Kléber que tentar tirar proveito da gentileza do adversário denota falta de caráter. No esporte, não vale tudo pra se dar bem. Não é só porque a regra não diz o contrário que esse tipo de coisa passa a ser permitido. Mais elevada que a proibição legal é a proibição moral. A justificativa de que o Flamengo não poderia reclamar porque abusava da cera faz sentido, também mostra falta de respeito do lado de lá, mas um erro não justifica o outro - mas isso o Gustavo Poli, do Globo, já falou melhor do que conseguirei.
Porém, a face mais grave do desrespeito ao adversário é aquela quando os adversários se esquecem que aquilo é só um esporte, e coloca em risco a integridade física de companheiros de profissão, como aconteceu no jogo entre os juniores de Vasco x Sport. A agressão aconteceu de maneira covarde, e o fato de ter sido em uma partida de garotos é emblemático: os valores que os mais jovens trazem, desde o início de suas carreiras, são esses.
O esporte é uma forma de competição que visa substituir as guerras na formação das pessoas. Formação física, psicológica, mental e de caráter.
E aí? Será que ainda dá pra chamar o futebol de esporte?
3 comentários:
Nuh, vcs estão muito mal de mito...
Será que o Dianmite se orgulha desse "mito"?
Dedé nunca será titular da seleçao. Dedé nunca será nem mesmo um bom zagueiro, enquanto mantiver esse apelido de trapalhao.
Zagueiro tem que ter nome de respeito, tem que ter nome e sobrenome!
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