Rumo ao tetra!

Atuais campeões brasileiros,

É chegada a hora de começarmos nossa caminhada rumo ao tetra! E, acreditem, há razões de sobra para sermos otimistas.

O ano começou conturbado, é verdade. Nosso sucesso no ano passado incomodou a muitos, e a inveja alheia atrapalhou nosso primeiro semestre. A imprensa flamenga tratou de transformar qualquer marolinha que passasse pelas Laranjeiras em verdadeiros tsunamis. Um desavisado que acompanhasse o noticiário esportivo dos últimos meses, pensaria que é o Flu que não ganha nada há quase 10 anos, ou que somos nós que não vamos à Libertadores desde 1996.

Mas agora, animados com a conquista do troféu “Malandrovski” (belíssima homenagem a esse grande especialista em disputas de pênaltis do passado) ou iludidos com sua septuagésima nona semi-final da Copa do Brasil (que, sabemos, acabará como todas as outras), nossos rivais se empolgam, e se esquecem de nós. Não percebem, porém, que o nosso elenco atual é praticamente o mesmo do ano passado. Não houve desmanche nas Laranjeiras, apenas poucas mudanças por razões esotéricas.

Sim, meus amigos, eu digo e repito: esotéricas! É preciso entender que, a despeito do que diz o horóscopo chinês, 2010 era o ano do rato. Por isso, quatro décadas depois do gol de Mickey, o Flu precisava outra vez da colaboração desses bichinhos dentuços para ser campeão. Porém, terminado o ano, era inevitável uma faxina. E aos poucos esses roedores vão deixando os vestiários, a diretoria e o elenco do tricolor.

Para completar o quadro positivo (ou o “alinhamento astral”, como preferem os entendidos), o novo uniforme tricolor traz como novidade algo que há muito tempo era esperado pelos tricolores antenados com o divino: o short grená, fonte inesgotável de má sorte, foi finalmente substituído por um verde. Não que eu seja um supersticioso ou coisa parecida, mas, se há artistas que até trocam de nome, ou se a sua vizinha feia insiste em usar uma calcinha vermelha todo réveillon, quem sou eu pra duvidar da influência dos astros?