sabe quando a gente fica esperando, procurando as palavras certas, a frase certa, e alguém vem e fala o que você estava pensando antes de você? Pois, tenho vivido isso. Tinha pensado em escrever justificando minha ausência, mas mesmo nisso fui ultrapassado. Pois bem, seguindo a tendência do Twitter, só me resta dar RT, e colar aqui o brilhante texto do blog Fundamentalismo Vascaíno, um dos melhores de toda a blogosfera. Aí vai:
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Um beijo na mocinha é o que pedimos.
Esse ano foi de uma inconstância singular, tanto minha quanto do Vasco. Escrevi pouquíssimas colunas para esse site, e maioria delas vieram à tona em momentos de turbulência. Não foi a falta de tempo que fez-me dar um freio nos escritos, foi a falta de Vasco, pelo menos a falta do Vasco vencedor que eu nasci amando. Foi, também, a horrível sensação de impotência que acomete a todos nós quando lemos o noticiário Vascaíno, especialmente nas questões referentes a sempre vulcânica política de nosso clube. É impressionante como esses barrigudos de gravata nunca se emendam! Trabalham dia sim e dia também para perturbar a paz e o juízo dos vascaínos.
Há muito não visito um certo site da oposição, mas tenho certeza que eles andam a grunhir em seus escritos, sempre denunciando um pseudo pecado mortal ou uma suposta tramóia dos dirigentes que hoje comandam o clube. Chego a desconfiar que as esposas desses senhores(se as tiverem) estão sempre a dormir de calças Jeans, na verdade é a única explicação que consigo aventar. Ao terminar de ler qualquer coluna daquele site, a vontade que dá é de ir a um centro Kardecista qualquer e tomar um “passe” pra ver se desanuvia um pouco o espírito e descarrega um pouco daquele ódio impregnante que eles professam.
Descontente, porém, é óbvio que todos estamos. Só é possível descontentar-se com a campanha fraca e bem aquém de nossas possibilidades que conduzimos não só neste brasileiro, como ao longo de toda a temporada. O time titular do Vasco não deve ou deve pouco a maioria dos que estão acima dele, fato incomum durante essa década perdida. E aí, certamente, reside o mais crucial dos problemas, porque a quantidade de partidas que o bom time titular cruzmaltino fez durante a temporada se conta nos dedos. A principal peça, Carlos Alberto, esteve em São Januário em menos oportunidades do que eu, sendo que na maioria delas jogando no “sacrifício”! E olha que esse ano nem fui em muitos jogos. Há de concordar que desse jeito fica muito difícil de almejar algo grandioso.
Aí não vai uma crítica ao nosso capitão, pessoa pela qual nutro simpatia e muito respeito. O caso é que isso afetou mortalmente as ambições que tínhamos. Não acredito que ele seja do tipo chinelinho. Explico. Não vejo o Carlos Alberto como alguém que viva no departamento médico por sua própria vontade e esteja deliberadamente fazendo corpo mole. O fato é que ele se machuca muito, o que somado ao(Pelo menos foi assim que se mostrou) ineficiente departamento médico Vascaíno, acaba por impedir que ele jogue, mas parece que vai voltar agora. Agora que não adianta de mais nada. O Vasco já se consolidou na décima segunda posição, que hercúleamente e contra a vontade de nossos 15 milhões de impacientes corações, tanto buscou ao longo do campeonato. Hélio Ricardo escreveu em sua coluna que fizemos papel de coadjuvantes no campeonato, mas faria um pequeno reparo: Fomos menos, fizemos apenas uma ponta no filme desse brasileiro. Uma ponta sem falas e sem créditos no final.
O Vasco prometido não foi entregue. Confesso que já não é de hoje que apenas dou uma passada de olhos no noticiário vascaíno. Não que eu esteja ficando menos vascaíno, ao contrário, continuo um fundamentalista da causa, como sugere o nome do meu blog(WWW.fundamentalismovascaino.blogspot.com). É que um time em nossa situação estática só é capaz de produzir notícias desalentadoras e que parecem requentadas. A imprensa, sem ter muito o que falar sobre um time sem nada pra dizer, acaba tendo que produzir, por ela mesma, as matérias pra encher lingüiça em seus respectivos veículos. Aí começam as boatarias, os “disse-me-disses”, o técnico que balança mas não cai. Quando começam com isso, é que nada que preste vai acontecer até o fim do ano. Se o time está na pior, lemos com afinco e esperança as notícias, esperando que a tormenta enfim acabe. Quando o time está na ponta, do mesmo modo, mas por motivos naturalmente diferentes, queremos também consumir tudo que se fala do nosso clube. E quando estamos parados no meio da tabela? Aí queremos é que o ano acabe logo e comece logo o seguinte, que sempre renova esperanças.
Pra não parecer que eu também durmo com alguém que dorme de calça Jeans, vamos ver se consigo dar um toque de otimismo nessa coluna. O Vasco prometido não foi entregue, mas existem esperanças concretas que isso aconteça em 2011. Temos uma boa base para manter e reforçar pontualmente. Precisamos, basicamente, de alguém que substitua a provável saída de Rafael Carioca; um zagueiro para jogar com o defensor de nível Internacional Dedé; reposição de qualidade para as duas laterais; um atacante pra chamar de camisa 9; uma benzedeira de plantão no DM e, claro, a manutenção do Rodrigo Caetano, sem a qual todo esse planejamento tende a ir por água a abaixo.
Tudo isso se confirmando, o Vasco tem potencial para ser muito mais que um coadjuvante em 2011. Quem sabe a gente consiga até beijar a mocinha no final.
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Semana que vem eu tô de volta.
2 comentários:
É Rafael, eu avisei. Lá atrás, em julho ou agosto, sei lá, eu avisei: O máximo que o Vasco pode desejar esse ano é um campeonato sem sustos, uma meiuca na tabela. Nada mais do que isso. Sinceramente, pro começo de campeonato que o Vasco teve, e pro time que tinha, como diz o meu grande amigo Marinho: "Tá de bom tamanho, tchê!"
Aí é que tá. "Pro time que tinha", o Vasco tinha que estar brigando pela libertadores, no mínimo. O nível do campeonato é baixo, e o time do Vasco é muito melhor que Atlético Paranaense e Botafogo, por exemplo. Já tinha dito que não acreditava no Vasco batendo o Cruzeiro e o Corinthians, mas tinha q ter terminado em uma posição melhor.
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