quarta-feira, 2 de junho de 2010

Hoje tem Pernambucano – Tem não senhor

Tripulantes da nau vascaína,

Assim como boa parte de vocês, há anos espero o retorno do Juninho Pernambucano à São Januário. E esta semana, ele confirmou, para surpresa de muita gente, que não pretende voltar a vestir a camisa do cruzmaltino. Vejo a decisão do jogador com dois enfoques distintos: 01) não acho que ele salvaria a lavoura sozinho. 02) A falta de projeção dos jogadores em relação à instituição Vasco da Gama nos últimos dez anos.

Que o Pernambucano daria um toque de qualidade no meio-de-campo, isso não resta a menor dúvida. Que ele é melhor do que todos os jogadores do setor juntos, mesmo atuando com os dois pés amarrados e de bengala, também. Mas, Juninho não é mais aquele jogador de 12 anos atrás, que marcou o gol Monumental na semi-final da Libertadores. Ele tinha 23, agora 35.


A experiência e a qualidade contariam muito, sim. Mas, podendo até soar como despeito, acho que não resolveria o problema. Precisaríamos mais do que um Pernambucano para fazer um frevo arretado... Basta lembrar de alguns craques que tentaram por aqui, encerrar a carreira e que acabaram sendo apresentado com louros, mas saíram muito discretamente. É o caso do Amoroso no Guarani, em 2009, e do agonizante Giovani, no Santos, deste ano.

Outrossim, vejo a decisão de Juninho como mais uma negativa ao Vasco como instituição. Nos últimos dez anos, jogaram mais flamenguistas do que vascaínos com nosso manto sagrado. Ninguém tomou a causa vascaína pra si. E sempre acreditamos que tudo mudaria, quando o Pernambuco voltasse. E ele não vai voltar. Ou seja, ninguém se identifica e ninguém se projeta com o time. Falta alguém botar a mão no fogo para se queimar pelo time. Alguém de nome e projeção. Não, jovens talentosos como o Alex Teixeira e o Philipe Coutinho, que ainda não tem cancha para tanto.

Ok, se o Pernambucano vier será bem recebido. Ou melhor, será uma grande contratação, a maior da pífia era Dinamite. Venho aqui e até me retrato e mudo de opinião. Vai que ele resolve o nosso problema de títulos, vai que ele inspire novos talentos a vibrar com o clube.

Sem essa de vingança


Vagner Mancini e Márcio Careca não podem ser algozes de qualquer vingança contra o Vasco da Gama. Nem mesmo o Guarani. Estou acostumado aos desafios dos grandes clássicos, a duelos com grandes clubes. Portanto, nem renderei assunto sobre o jogo de amanhã. O Vasco tem que atropelar o Bugre.

2 comentários:

Rafael Saldanha disse...

Onde vc disse Rafael Carioca, queria falar Márcio Careca, não?

Jota disse...

Tem razão e vou retificar, meu caro. No entanto, Rafael Carioca e Márcio Careca estão longe das tradições vascaínas... Dá um confere depois!