sexta-feira, 28 de maio de 2010

A bronca de quem pode

Cruzmaltinos desse planeta,

muito já foi dito pela imprensa esportiva. A crônica do jogo pelo Lédio Carmona foi perfeita, e não precisa ser repetida aqui. Logo, posso pular a parte da descrição e ir direto aos comentários. O primeiro, e mais importante: esse foi um time movido à bronca. Mas não a bronca dos trogloditas, sem propriedade. A bronca que valeu foi a bronca do sisudo Comandante Roth. O time, que estava apático, voltou elétrico no segundo tempo. Aliás, o placar adverso do intervalo poderia ter sido evitado se Ramon e Élder Granja não estivessem em campo. Os dois erraram tudo que tentaram. Ramon não tem sido o mesmo desde o jogo contra o Vitória. Parece ter confundido afobação com raça e distribui pernadas e correrias aleatórias. Se Ernani conseguir manter a pegada de ontem - não resolvendo, mas também sem comprometer - nosso xodó bem merece uma temporada no banco pra repensar seu futebol. Já Élder Granja é caso sério. O segundo gol nasceu de um passe errado dele. Que também empurrou a bola pra dentro no primeiro. Epa! Peraí, isso é repetição. Aconteceram as mesmas coisas com ele no primeiro jogo contra o Vitória. Já mostrou que não serve nem pra compor elenco. Sinceramente, estou preferindo o Jumar improvisado na lateral direita... Léo Gago é outro que não vem conseguindo se firmar, e Jéferson entrou ontem com uma vontade que não me surpreenderia se trocássemos 7 por 27 (futebol a gente sabe que ele tem - e eu digo isso aqui há muito tempo). Quem sabe não vai ser ele que vai esticar o jogo que o capitão Cazalberto e o prodígio Coutinho tanto conduzem? Cesinha foi outro que caiu bem no time, embora Dedé ainda continue sendo fonte de pesadelos. Enfim, como todo mundo já disse: o time já melhorou, mas ainda tem que melhorar muito.

Sobre a Torcida, o que me dói é ver que alguns vão falar que a vitória de ontem foi consequência da ação patética da Força Jovem. Repito: ganhamos APESAR deles, e não por causa deles. Quer protestar? Proteste. Mas proteste com fundamento, e na hora e local certos. Botar dedo na cara de jogador porque esse "afrontou" a torcida é coisa de débil mental.
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Na comunidade oficial do Vasco, no orkut, vejo que há uma rivalidade velada entre a FJV e a GDA. Quando se criticava a atitude boçal da Força, sempre vinha um e taxava o interlocutor de "Geração GDA" ou coisa do tipo. O pecado da GDA é ser uma torcida que não briga, não tem uniforme pois entende que o uniforme do time é o que nos une e apóia o time o tempo todo? Bem, se é esse o pecado, já é melhor do que as virtudes da Força.

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Que fique claro: não sou integrante de nenhuma torcida: sou sócio do Vasco da Gama, pago em dia e acho que isso já me faz vascaíno o suficiente.

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Próximo jogo é clássico. O time tem que entrar com o espírito do segundo tempo pra poder superar o Botafogo ardiloso de Joel Santana. Esse time já ganhou de 6x0 deles. É só acreditar.

3 comentários:

Renato Saldanha disse...

Só um rápido comentário sobre a história das Torcidas Organizadas. A primeira torcida organizada do Brasil foi a Gaviões da Fiel, do Corinthians, criada no fim da década de 60. A idéia era criar uma torcida independente, que não tivesse rabo preso com a diretoria e então pudesse criticar a vontade (antes existiam torcidas como a Charanga Rubro-Negra, que na verdade era uns "animadores de torcida" bancados pelo clube). A idéia de uma força política independente, que venha da arquibancada, me agrada, e por isso eu sou favorável às torcidas organizadas.
Por isso tb, eu não gosto dessa moda de torcida que só apóia. Acho que a torcida tem sim que criticar, queimar camisa, xingar... enfim, isso tb faz parte.
Agora, sou contra o que se tranformaram algumas torcidas - que já não tem nada de independentes, são financiadas pelo clube (ganhando ingressos e ônibus pra viagens) e servem de massa de manobra para grupos políticos dos clubes. Contra esses mercenários eu tb sou contra.

Rafael Saldanha disse...

Criticar sim. Mas no limite da civilidade.

Renato Saldanha disse...

Concordo. Não tem nada que invadir campo e ameaçar jogador. Até pq a culpa é de quem contratou jogador ruim, ou quem escalou, náo do cara que tá lá.
Agora, esse papo de "unir a situação e a oposição" também não cola. É um discurso ingênuo, bobo, romântico. Parece a propaganda do DEM (que quer unir o país. Conta outra...) Oposição e situação vão continuar brigando, cabe à diretoria ter sabedoria para blindar o grupo.