domingo, 1 de agosto de 2010

Último baile

Cruzmaltinos desse planeta,

semana que antecede o clássico é sempre assim: muita expectativa, pouco a dizer. Nosso time é melhor e está em melhor fase do que o da mulambada, e a única coisa que poe nos atrapalhar hoje é o psicológico. Se o time entrar focado, sem menosprezar o lado negro da força, podemos saircom uma vitória maiúscula que nos colocaria definitivamente no caminho do G-4. No último clássico dos Milhões antes do Maracanã fechar pras reformas, é importante colocarmos as coisas em sua ordem normal e ganharmos do Flamengo. Nosso maestro Felipe vai ditar a música pra fazer o urubu dançar. Acho auspicioso que esse último encontro aconteça justamente no dia que conquistamos nosso primeiro título brasileiro, há 36 anos atrás. Como eu já disse numa postagem anterior: dessa vez, o universo conspira a nosso favor.

Mas nem tudo são flores. Nossos problemas continuam a estar no setor defensivo, que aguarda ansiosamente a estreia de Jadson Viera. Com a contusão do trator Titi, entra Fernando, talvez o jogador que mais me desagrade em nosso elenco (título dividido com Ernani e Elder Granja). A nossa sorte é que o ataque do Flamengo vem se notabilizando por ser inofensivo, e que nosso meio campo marca o suficiente pra nos dar tranquilidade.

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A torcida promete hoje uma festa linda, que a CBF e o governo fazem de tudo pra tentar atrapalhar. O estatuto do torcedor parece estar contra a beleza das arquibancadas brasileiras, e tenta criminalizar o arquibaldo de toda maneira. A proibição de bandeiras e fogos de artifício. A proibição dos fogos atinge os sinalizadores - ou seja: é o fim das frases e desenhos feitos pela torcida, que encantaram o mundo todo nos últimos anos. Isso tudo pra quê? Segurança? Não me façam rir! Isso é uma exigência da emissora que transmite a maioria dos jogos, que se incomodava de ter suas imagens nubladas por alguns segundos.

Proibir que a torcida xingue ou grite qualquer coisa não deixa de ser censura. Tudo visando uma maneira europeia de se assistir futebol. Acontece que aqui ninguém é europeu. O futebol aqui não é assistido, é vivido. Somos torcedores, não uma plateia. Fazemos parte do espetáculo! Empurramos a bola pra dentro do gol. Importar o que vem de fora ignorando nossa cultura é repetir o que a história já nos mostrou várias vezes ser um erro.

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