segunda-feira, 2 de agosto de 2010

E aí, Mano?

Cruzmaltinos desse planeta,

o novo técnico da seleção foi assistir o clássico do Maraca ontem e deve ter saído meio chateado. O jogo foi amarrado, como se pode esperar de um jogo onde os dois times entram com 3 volantes. Mais do que vencer, as duas equipes se preocuparam desesperadamente em não perder. Bem, assim sendo, não se pode dizer que não foram bem sucedidos. E nós também não podemos reclamar. Afinal, empate em clássico pode não ser uma maravilha, mas jamais pode ser considerado um resultado péssimo. Serviu pelo menos para manter nossa invencibilidade no pós-Copa. Além disso, o mando de campo era da mulambada, o que significa que jogaremos mais uma semana sob as bençãos do Cristo Redentor. Jogar no Rio, principalmente contra times menores, é um trunfo que não podemos desperdiçar.
O jogo não foi tão ruim como pode dar a impressão do zero a zero. Algumas jogadas bonitas apareceram, principalmente nos pés dos estreantes Felipe e Zé Roberto. O time ainda precisa de entrosamento, precisa ganhar uma cara mais coletiva, mas no clássico ficou claro que não vai faltar vontade e qualidade pra esse time do Vasco de 2010, que tem tudo pra brigar pela ponta da tabela muito em breve.
Ora, se a partida não foi essa lástima toda, porque o novo selecionador nacional teria saído aborrecido? Certamente por ver mais uma sequência de boas defesas da muralha da colina Fernando Prass. Os flamenguistas, para não darem o mérito, questionam a qualidade de seus atacantes. Por pior que eles sejam, daquela distância o goleiro tem que saber o que está fazendo. Suas defesas mesclaram posicionamento, reflexo e simplicidade. Não teve bola no susto, não teve aquele pé salvador "sem querer". Mano Menezes deve ter visto o lance e se lembrado que acabou convocando o irregular e trapalhão Jefferson, do foguinho. Isso já é motivo pra ter saído do maior do mundo muito puto da vida.
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Agora que já demos os méritos para nosso arqueiro, é hora de puxar as orelhas de nossa defesa. Não só por ontem, mas por esse tipo de situação estar virando praxe. Nos três jogos que fizemos fora do Caldeirão desde o fim do mundial (Goiás, Grêmio, Flamengo), em todos nos passamos um sufoco após os 40 do segundo tempo. Não sei se o time cansa, se relaxa demais, mas isso é inadmissível! Lances de perigo desses, acontecendo no apagar das luzes, coloca em cheque o trabalho do jogo todo. Não só porque poderiam causar um resultado adverso, mas porque essa pressão no final marca a memória. E aí é um monte de gente falando que o Flamengo foi melhor pelo que fez dos 85 minutos, se esquecendo das 3 defesas importantes que forçamos o eterno substituto Marcelo Lomba a fazer.

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Ontem foi dia da estreia da camisa nova. Se eu havia ficado divido ao ver as primeiras imagens, ao vê-la em campo qualquer espécie de dúvida foi dissipada: essa camisa é linda, uma das mais lindas que já vi. Não fosse a logo do patrocinador, seria A camisa da década.
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Todo ano a mídia escolhe um clube pra ser o queridinho, aquele que - ganhando ou não - é o favorito da imprensa especializada. Me lembro do Inter de 2005, do inatacável São Paulo do tricampeonato... Além do fato de ser quase proibido falar mal dessas equipes - que muitas vezes nem apresentavam um futebol tão bom - elas tinham em comum serem treinada pelo treinador que faz 11 entre 10 jornalistas picaretas terem sonhos molhados de futebol moderno... Só isso explica Washington na seleção da rodada de um famoso e importante veículo esportivo. E nem isso justifica Fernando Henrique no lugar de Fernando Prass no selecionado dos melhores do final de semana do mesmo site...

3 comentários:

Henrique Binato disse...

Com certeza...mas ainda sim beberemos!
Abraços

Renato Saldanha disse...

Rafael, o jogo entre Fla e Vasco, brigando pra sair da zona do rebaixamento, ou pra chegar na sulamericana... me lembrou sabe o quê? A disputa Barrichelo x Schumacher. A tripla-defesa do Prass foi bonita, assim como a ultrapassagem do Barrichelo, mas, noves fora, não vale P... nenhuma.

Abraços

Rafael Saldanha disse...

Campeonato de pontos corridos, todos os jogos são finais de campeonato. Quem não entende isso tende a dar um gás no início e ficando no meio do caminho...