sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mundo das verdades e das verossimilhanças


Umas das coisas mais difíceis dos últimos tempos é saber a verdade. Não só o otário virou malandro, mas tudo parece ser um pouco verdadeiro . É o cinema, a TV, o mundo do futebol, das ilusões religiosas, do materialismo exacerbado, tudo contribuindo para meias-verdades da ignorância, mas também, do jogo interacionista do poder: alguém mexe os peões ou pelo menos quer mexê-lo!
A dúvida sobre a procedência do título de 1987 não é nem um pouco parecida com a alcunha conformista de "campeão moral" em 1978 ou de campeonatos ganhos no papel, na assinatura do homem da capa preta. O Botafogo, inclusive, passou um tempo para ser reconhecido campeão de 1907 - o hino das vitrolas e pick-ups saúda o glorioso ano de 1910, se lembram? E tivemos também o Caixão 2005, com o Fluminense saindo vitorioso enfrentando as equipes juvenis dos rivais, além do mesmo ter sido rebocado da 3ª para a 2ª sacaneando agremiações menores na justiça desportiva - Serra do Espírito Santo, algum de Goiás e outro do norte. Pessoal soltou foguete e foi às comemorar um título onde o que menos se teve foram gols e sim, canetadas - as mesmas que haviam feito o Fluzão se tornar imortal do pólo sul, se congelando na 1ª divisão por duas temporadas, mesmo condenado ao rebaixamento.
O mais intrigante foi a tentativa de debate na mídia sobre a eleição no Clube dos 13. Quem tocou no assunto informando com mais valia foram algumas colunas de jornais impressos e, claro, blogs e programas desportivas, geralmente, de TV fechada. O povão viu só o embate final. A questão é que Ricardo Teixeira apareceu de repente no apoio ao marketeiro homem de gelo - Kléber Leite. Da mesma forma, a presidenta Patrícia Amorim se colocou como vice na chapa de Fábio Koff - inimigo político/econômico/institucional de RT - que não deve reclamar de continuísmo, né? Ao lado de Texas está a fox brasileira Rede Globo - que tenta dominar o Brasil - é sério, de várias maneiras ilícitas, uma delas é tendo o monopólio do campeonato e quiçá, do campeão! Ela já o tem na Seleção - vários repórteres e reportagens flagraram o disparate de condição desse veículo e de todos os outros. E o lance é mesmo até no meio televisão, pois a linguagem do jornal e da internet é mais plural e menos ideológica, como na TV.
Portanto, pra mim, a Taça das Bolinhas não passa de conto de fadas e uma pitada de raiva e despeito:  "O"   CBF, do nada, se "vingou" da Amorim - que parece ter um documento em que o outro interessado requer os direitos exclusivos ao título de 1987.
Sigam os fatos e confiem na própria verdade, A verdade!


Esse time, quer dizer, seleção, não deve para o bem do futebol ser apagado da memória em função de disputas de por pessoal. O Flamengo, o futebol e os jogadores desse time são emblemáticos além de suas próprias categorias. Eles fazem parte da cultura brasileira que é sim, permeada pela mídia e pelo futebol. Esse time faz um elo de ligação incrível com aquilo que o Brasil teve de mais fantástico no futebol pós-Pelé. Não é por acaso que Andrade, Jorginho e Leonardo estão em posições de destaque no comando técnico do futebol brasileiro e global. Zico, nem se fala, permito o silêncio de cada um. Aldair, Bebeto e Zinho, tetracampeões, juntos com Jorginho e Leonardo. Leandro, Edinho, Andrade e Zico representam, sobretudo a geração do fim dos anos 70 e meio dos 80. Inclusive, com o Edinho brilhando no Fluminense. Fora Aílton e Renato Gaúcho que também contribuíram para o futebol de sim de século tupiniquim. 
Ou seja, se esse time for jogado fora, realmente tudo o que se fala do pequeno e do mesquinho em nossas terras irá se confirmar: interesses individuais sobrepõem a verdade da nação; não valorizamos nossas dádivas e o passado! Portanto, esquecemos o que é de bom e voltamos à nossa ótima e tranquila  tarde/noite de Galvãos, Faustãos, Netos e Bials.

Um comentário:

Felipe Hutter disse...

Discordo em vários pontos:

* muita incoerência da sua parte em reclamar de "meias verdades" e usá-las para denegrir a imagem do Fluminense. Faltou apuração séria quando resolveu pixá-lo nos casos do rebaixamento.

* alegar que um time bom não pode perder títulos é negar o imponderável, característica mais facisnante do futebol.

* reclamar da mídia e da Globo é também desconhecer o passado no qual essas classes tanto beneficiaram o Flamengo.

* o tal documento do Sport é uma sacanagem sem precedentes. Chantagem, deveria parar na Justiça.

* já que gosta de religião, talvez seja Deus - nas mãos dos homens - fazendo justiça de alguma forma, tirando do Fla alguns títulos roubados "conquistados" na década de 80, quando ainda não eram ninguém. Vide Brasileiro de 80 e 82, Libertadores de 81 e por aí vai.

* quem garante que para chegar na decisão de módulo, o Flamengo não tenha aplicado as papeletas amarelas, escândalo de compra de times e árbitros estourado justamente no ano de 87 e que até hoje não puniu culpados e não se sabe quando começou?