por enquanto seguimos com Gaúcho como técnico interino. O treinador dos juniores provavelmente assumirá pelos dois próximos jogos do carioca - onde mesmo que ganhemos será difícil conseguir a classificação - e da Copa do Brasil. A menos que ele consiga goleadas expressivas em todos esses jogos, com o time apresentando futebol ainda superior ao dos melhores momentos da Taça Guanabara, o natural é ele entregar o comando a um novo treinador depois desse período. Natural. Insistir com ele poderia até dar certo, como deu com Andrade nos Mulambos, mas a possibilidade dele ter um trabalho semelhante ao de Tita, no ano negro, é maior. Assim, ainda nos deparamos com o problema que vem desde quarta-feira: quem vem para ser o nosso técnico?
Além dos nomes já comentados no último post, outros surgiram essa semana. Alguns pediram Muricy Ramalho. Não vejo essa contratação com bons olhos. Em primeiro lugar, porque Muricy é intragável. Acho esse sujeito uma das figuras mais escrotas do futebol brasileiro, e odiaria ter que aturá-lo no Vasco. Além disso, seu estilo de jogo não me agrada. Muricy só deu resultado quando tinha um clube mega-estruturado em suas costas. No Palmeiras, conseguiu perder uma vaga certa pra Libertadores. Não bastasse, o treineiro resmungão nunca atuou no Rio de Janeiro - nem como técnico, nem como jogador - e todo mundo sabe que as coisas são diferentes no futebol carioca - o futebol de verdade.
Outro nome que surgiu com força na quinta-feira foi o de Sebastião Lazaroni. A ESPN e a Rádio Tupi noticiaram que o técnico da seleção de 90 estava em São Januário. Sua escolha seria uma incógnita, já que o treinador está fora do país há 5 anos. Em 2009, foi eleito o melhor técnico do Qatar, mas convenhamos que isso não é muita coisa. Seria uma aposta arriscada, que foi descartada no final do dia: tudo não passava de boato.
Agora a bola da vez é o bonachão Abel Braga. Apesar de seus êxitos no Internacional de Porto Alegre, não o acho um grande técnico. Longe disso. Todo mundo se lembra com carinho de seus títulos de 2006, mas eu ainda me lembro de suas passagens pela colina e das duas Copas do Brasil que ele deixou escapar no comando de Fla e Flu. Porém, diante da recusa de Oswaldo de Oliveira, Abelão - mesmo longe de ser o ideal - parece ser a melhor opção do mercado no momento. Alguns fatores pesam a seu favor. O primeiro é a identificação com a instituição Vasco da Gama. O zagueiro vigoroso dos anos 70 tem moral e autoridade pra berrar com quem quer que seja dentro de São Januário. Além disso, com a possibilidade da contratação de Juninho Pernambucano se tornando cada vez mais concreta, é interessante um técnico que tenha acompanhado de perto seu desempenho no último ano. Por último, destaco o perfil motivador - apaziguador de Abelão: um grupo psicologicamente frágil como o nosso precisa de um treinador companheirão, que ouça e entenda o lado dos jogadores. Abel pode ser esse cara. A vontade de assumir o clube em maio me animou também. Eu não morria de amores por Dorival Jr, mas ele cumpriu seu papel. Então, que venha o Abelão.
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Mas, se formos realmente desclassificados do Carioca no dia 4 de abril e Abel só puder vir em maio, é fundamental que ele já mande um homem seu - auxiliar técnico, preparador físico, roupeiro, o que seja! - para aproveitar esse período e fazer uma "pré-temporada" com o elenco vascaíno. Não podemos perder mais tempo.
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Pé-fria ou não, desrespeitando as tradições do clube ou não, o certo é que uma camisa que vende 70 mil unidades em 5 dias não pode ser aposentada assim. Dinamite confirmou que o Vasco atuará com o manto templário contra os tricolores. Ponto para o presidente-ídolo.
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Carlos Alberto negou que tivesse problemas de relacionamento com Vagner Mancini. Ok. Mas não é mesmo miraculoso que um dia após a demissão do treinador, nosso capitão já se encontrasse curado da lesão que podia afastá-lo por até 6 semanas? O fato é que nos últimos jogos havia uma certa preguiça de alguns em se matarem pra salvar o pescoço do treineiro que partiu...
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