volta e meia nos deparamos com listas de melhores jogadores do Vasco de todos os tempos. O problema é que temos um time com História, com H maiúsculo, e muitas vezes são escalados jogadores dos tempos míticos. Não estou desmerecendo o futebol de Barbosa, Danilo e Ipojucan, por exemplo, mas são muito poucos os que os viram jogar. Os registros são precários e acabamos ficando no "ouvi falarem/li o que disseram". A revista Placar, em 1994, fez uma votação com torcedores ilustres e elegeu a seleção vascaína de todos os tempos (até então): Barbosa, Augusto, Ricardo Rocha, Orlando e Jorge; Eli, Danilo, Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. (figura abaixo)
O diário Lance fez uma eleição no fim de 99 e elegeu como time do Século XX: Barbosa, Augusto, Bellini, Mauro Galvão e Felipe; Danilo, Ipojucan; Edmundo, Romário, Roberto Dinamite e Ademir. O técnico seria Antônio Lopes.
Em 2008, a Placar fez nova votação, e o time dos sonhos dos vascaínos foi escalado com: Barbosa, Augusto, Bellini, Ely e Mazinho; Danilo, Edmundo e Juninho Pernambucano; Ademir, Dinamite e Romário. O técnico era Flávio Costa.(figura abaixo)
Notaram? O time tem vários craques dos anos 40 e 50, do Expresso da Vitória. Mas eu nasci em 1981. Logo, decidi fazer um time dos sonhos. Não de todos os tempos. Dos meus tempos. Craques de bola que atuaram de 87 (quando começo a ter minhas primeiras lembranças) até hoje em dia. Vamos lá:
Goleiro: Carlos Germano. Sem sombra de dúvidas. Hélton, hoje no Porto, teve mais convocações pra Seleção Brasileira, mas o arqueiro dos anos 90 era seguro e competente, e ainda pegava pênaltis quando preciso. A 1 é dele.
Lateral Direito: Luís Carlos Winck. Veloz e eficiente nos cruzamentos, foi de seu pé que saiu a jogada do gol do título brasileiro de 1989, sobre o São Paulo no Morumbi. Não ficou tanto tempo assim em São Januário, mas garantiu a 2.
Zagueiros: Mauro Galvão. Ele não é só o melhor zagueiro que vi no Vasco. É o melhor zagueiro que já vi jogar. Ao lado dele, até Odvan foi parar na seleção. Categoria de sobra, inteligência abundante, posicionamento perfeito. Não tem outro pra ficar com a 3.
e Alexandre Torres. O filho do capitão do tri da seleção brasileira foi o zagueiro do tri carioca. Não se compara com seu pai, mas jogava com simplicidade e seriedade, duas qualidades sempre desejáveis em um zagueiro. A número 4 é dele.
Lateral esquerdo: Mazinho. Versátil, tanto que acabou sendo deslocado para o meio-campo em sua passagem pela Europa (e no meio conquistou o Tetra pela seleção brasileira). Estava no time bi campeão carioca em 87/88 e no campeão brasileiro de 89. Ganhou a número 6.
Volantes: Antes de mais nada, precisamos de um volante de contenção. Uma posição geralmente ocupada por cabeças de bagre. Foi com a 5 que se destacou o volante Leandro, que também estava no tri-carioca. Mesmo com suas passagens pelos mulambos e pelos chorões, ele conquista a posição.
Juninho Pernambucano não é um segundo volante clássico, mas conseguia marcar e sair jogando. Além disso, jogava com uma raça que colocou a torcida a seus pés. O Reizinho de São Januário é ídolo, e ainda pode passar pela colina mais uma vez... Ficou com a 8.
Meio Campo: Aqui entra o craque do time. Só poderia ser o maior ídolo da história do Vasco. Porém, não vi aquele garoto que conquistou o título de 1974 com suas bombas. Vi o jogador já mais experiente, que além de bater faltas dava lançamentos que colocavam seus companheiros do ataque sempre na boa. Com a 10, o presidente-ídolo Roberto Dinamite.
Para auxiliá-lo, fiquei numa dúvida ferrenha. Tivemos outros grandes craques. Três pelo menos poderiam vestir essa camisa. Acabei optando por Juninho Paulista, que esteve presente no jogo favorito de 10 entre 10 vascaínos. Ele vestiria a 11, mas acaba ficando com a 7, por motivos óbvios para aqueles que têm a cruz de malta no peito.
Ataque: Se Roberto foi o nosso maior craque, o que Edmundo fez em 1997 garantiria sua entrada em qualquer seleção. Não fosse os dois maiores invejosos do futebol brasileiro estarem no comando da seleção brasileira em 98 (Zico e Zagallo, é com vocês mesmo!), o animal teria arrebentado na copa da França. Ninguém tiraria a 9 dele.
E com a 11, fica o homem dos 1000 gols, o jogador com o maior número de gols em partidas oficiais em todos os tempos. Sim, estou falando de Romário. Mas não se apegue ao velho melancólico do final (?) da carreira. Lembrem-se daquele baixinho do início, que infernizava as defesas e logo foi contratado pelo PSV da Holanda.
Técnico: No comando desse time, fica um cara que foi injustiçado pelo Sapo que era nosso ex-Presidente. Um treinador que sabia como lidar com seus comandados e como armar o time. O cara que nos levou ao quarto título brasileiro e ao título da Mercosul, embora não apareça nos pôsters, por ter saído às vésperas das finais: Oswaldo de Oliveira.
No banco, ainda teriamos Hélton, Felipe, Ricardo Rocha, Dener, Bismarck e Bebeto. Dá pra encarar?
E você!? Mudaria alguma coisa?
PS: Reparem nas imagens da Placar: na primeira, de 1994, o time de todos os tempos veste o uniforme da época. Na segunda, de 2008, o time dos sonhos está com o uniforme dos anos 50. E aí? Com que roupa eu vou? Pra mim, o uniforme preto dos anos 50 é insuperável.
2 comentários:
Muito boa a seleção, El Rafo!
São tantos craques que já desfilaram pela Colina Histórica que eu acho que não só a técnica tem que ser levadaem conta, mas também a identificação com o clube e o número de jogos com a camisa. Isso me faz concordar com as escalações do Germano e do Leandro, por exemplo.
Minha única discordância maior é Juninho Paulista. Pela técnica eu o substituiria pelo Dener, mas levando também os outros aspectos já citados fecharia com Felipe naquela posição.
No banco, mesmo tendo gostado muito da passagem do Oswaldo pelo Vascão, eu colocaria - apesar de poder ser um pouco precipitado - Dorival Júnior! Acho um excelente treinador e, de lambuja, ficava como homenagem a esse período de reconstrução do Vasco.
Saudações Vascaínas!
Fiquei entre Juninho Paulista, Dener e Bismarck. Optei pelo primeiro pois ele consquistou mais títulos no Vascão...
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