Noite de príncipe

Amigos tricolores,

Não foi o passeio que esperávamos. A equipe venezuelana fez tudo pra levar um ponto, e quase conseguiu. Contavam com uma retranca feita de 200 homens, um goleiro em noite inspirada, e um árbitro que não marcava pênalti nem falta perto da área para o Flu. Não contavam, porém, com o brilho de nosso improvável salvador.

Devo confessar que o protagonista desta noite não está entre os meus jogadores preferidos. Muito pelo contrário. Desde que chegou ao Flu, no começo do ano, ele vem colecionando atuações pífias e falhas bisonhas, testando a paciência e o coração de toda nação tricolor.

Mas hoje, como em um batido roteiro de conto infantil, ele teve sua noite de herói. Ainda que os comentaristas da TV só tivessem olhos para Diguinho e Wellinton Nem, não tenho dúvidas que o melhor em campo foi o Anderson, nosso zagueiro. Ele, que na minha opinião, será reserva, assim que Gum e Elivélton se recuperem, foi decisivo. Não apenas pelo gol, mas também por sua “defesa”, no único lance perigoso do adversário, aos 34 do segundo tempo. Resta saber se esse encanto é duradouro ou se ele logo voltará a ser sapo.

Para os despeitados, que pensam que o Flu foi mal, vale lembrar que somos o único time 100% na libertadores e já estamos com o boi na sombra, esperando a próxima fase (assim como esperamos nosso adversário na final do carioquinha). Goleadas na primeira fase não servem de nada (vide o Cruzeiro ano passado), e o Flu precisa estar bem em Maio/Junho, na reta final da competição, que é quando realmente interessa.

ST