quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Flu e a seleção

Quando eu era moleque, achava o maior barato ter um jogador do Flu na seleção. Era como se fosse uma confirmação oficial de que determinado jogador era um craque, o melhor do Brasil em sua posição. Lembro-me muito bem da minha euforia quando o Branco salvou o Brasil, nas quartas de finais da copa de 94. Fiquei orgulhoso, com a certeza de que, sem um representante tricolor, o Brasil provavelmente teria ficado por ali.
Porém, de uns anos pra cá, esse sentimento mudou. E não apenas porque as convocações de jogadores do Flu (como de todos os outros clubes brasileiros) rarearam. Mesmo quando elas aconteciam, sempre havia algo que não me permitia ficar 100% feliz. Ou a convocação era para um amistoso mambembe contra um São Cristovão da vida (o FH, por exemplo, jogou contra o Haiti), ou a convocação precipitava a transferência do jogador para o futebol europeu (caso do Marcelo e do Thiago Silva, por exemplo), ou o time, sabidamente, não era o que o Brasil tinha de melhor (caso do Ramon e Magno Alves, convocados por Leão para a Copa das Confederações de 2001), ou então, simplesmente, lamentava o fato de ficar sem aquele jogador por alguns jogos (como o Mariano, ano passado).
Pois, meus amigos, desde 94, essa é a primeira vez que fico inteiramente feliz com a convocação de um jogador do Flu. As razões são muitas. Nosso atacante já é um jogador consagrado, que não vai pegar o avião após a primeira proposta européia (até porque, com seu histórico de lesões, não acredito que algum clube lhe oferecerá mais do que o seu gordo salário no Flu). A sua ausência nas Laranjeiras também não será uma tragédia, já que ele não vinha bem, e tem um bom substituto. Mas o principal motivo é a esperança de que os ares da seleção, assim como a possibilidade de defender o Brasil na Copa de 2014, ajude nosso capitão a reencontrar seu melhor futebol.

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O Flu teria oferecido 300 mil por mês ao Rodrigo Caetano, que recusou. Ainda bem! No atual momento financeiro do clube, pagar tal quantia a qualquer dirigente é um sandice. Nem que ele fosse o David Copperfield! Além disso, concordo com o do grupo Flusócio: O gerente de futebol é um cargo estratégico, que deve ser ocupado por alguém pago exclusivamente pelo clube, para defender os interesses do clube, e não do seu patrocinador.

Quando o Flu contratou o Márcio Rosário, eu não vi grandes problemas. Ele tinha à sua frente o Gum, o Leandro Euzébio, o Digão e o Edinho. Ou seja, vinha pra disputar o posto de quinto zagueiro com o André Luis, dificilmente jogaria. Agora, que ele já atuou no último jogo e provavelmente jogará no próximo, eu vejo que devia ter me preocupado desde o início.

Rafael Sóbis é um bom jogador e, em forma, seria titular em qualquer equipe do Brasil. Acontece que essa sua última passagem pelo Inter foi marcada por sucessivas contusões. Alguém acredita que o Flu, com sua estrutura e seu DM, conseguirá recuperar esse jogador?

Promoção: Camisa do Flu de 2010, ano do título, por R$69,90

O Flu pega o Avaí, nesse domingo na ressacada. Ano passado ganhamos lá (3 a 0, gols de Leandro Euzébio, Fred e Alan) e em Volta Redonda (1 a 0, gol do Conca). Mas o jogo a ser lembrado entre as duas equipes é aquele no segundo turno de 2009. O Flu estava na pior. Lanterna, virtualmente rebaixado, 8 jogos sem vitória, vinha de goleada pro Grêmio no jogo anterior. Porém, empurrado pela torcida, e com ótima atuação do Conca, o Flu ganhou de virada por 3 a 2, dois gols do Alan e um do Fábio Neves (que fim levou?). Depois daquele jogo foram 7 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota, em uma arrancada histórica que só um clube como o nosso é capaz. Relembre aqui.

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