sábado, 16 de junho de 2012

Diego Souza, o imprevisível


Tripulantes da nau vascaína,

Diego Souza não é craque. Diego Souza não é perna-de-pau. Diego Souza não é, no entanto, inclassificável. Diego Souza é imprevisível. Como em um jogo de roletas, você pode apostar no camisa 10 cruzmaltino e quebrar a banca. Ou perder tudo... E este é o problema do nosso meiocampista. Dono de um excelente porte e preparo físico, consegue ainda aliar a boa condição à habilidade, item diferencial para os atletas do futebol recente, mais afeitos às botinadas do futebol força. O gol de domingo na vitória frente ao Bahia, em Pituaçu, por 2 a 1, é prova disso. Belíssimo tento, coroando a melhor atuação da equipe do Vasco no primeiro tempo que, diga-se de passagem, podia ter virado com uns 4 a 0. E é por isso mesmo que permanece a pergunta: por que DS10 não usou seu repertório de jogadas na partida da Copa Libertadores contra o Corinthians, na única chance clara de gol para os dois times, em 180 minutos? Acredito, piamente, que foi pela imprevisibilidade do homem, o jogador-roleta que habita o meio-de-campo cruzmaltino. Ele é capaz de meter três golaços no Cruzeiro, ser expulso em jogo fora de casa contra o Libertad, de fazer chover, de fazer marolinha, de não fazer nada, de sequer ter aparecido em campo. E o que eu acho disso? – No mínimo preocupante.
Acostumado com camisas 10 do quilate de Edmundo, Roberto Dinamite e Bebeto, Diego Souza precisa se tornar mais constante para ocupar o espaço na galeria de craques do clube. Potencial tem de sobra, mas já provou, nas passagens pelo Atlético-MG e Palmeiras que não está preparado para o status de ídolo. Talvez, além do treinamento físico e tático, um preparo psicológico possa trazer bons frutos para o cara. Ele é bom de bola, mas necessita estar extremamente motivado para render o que a torcida espera. E a torcida espera muito dele. 


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 Em tempo (1) – Cristovão Borges não é técnico para o Vasco da Gama. Conseguiu tomar sufoco do Bahia na segunda etapa, que não teve melhor sorte por limitação do elenco, em um jogo que estava muito fácil para o cruzmaltino. O Vasco só é líder do certame porque manteve a base, que joga quase que sozinha. A paixão do técnico por cabeças-de-área é algo abominável e pode ser empecilho para a nau vascaína rumar para o pentacampeonato brasileiro. 

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 Em tempo (2) – Sei que pela linha editorial, devo me limitar a tratar de temas do Vasco da Gama, mas não podia deixar passar: Ronaldinho Gaúcho ainda consegue enganar clubes brasileiros. Pobre Atlético Mineiro...

3 comentários:

Carta de retratação disse...

Vale lembrar tb q DS10 passou como um fantasma pelo mais querido!! Sabemos bem q vestir o manto não eh pra qq um!!! bjos e abs

Renato Saldanha disse...

Diego Souza apareceu muito bem no segundo semestre de 2004 no Flu. Após isso, fez um bom primeiro semestre em 2005 e sumiu. Voltou a jogar bola no Grêmio, em 2007, mas encrencou em 2008. Foi bem em 2009, já pelo Palmeiras, e tornou a enganar em 2010, pelo Atlético. No vasco, foi bem em 2011, mas como faz em todos os anos pares, sumirá em 2012. Pode apostar.

Marcelo Braga disse...

E tem vascaíno dizendo que ele está se redimindo do gol perdido na Libertadores. Tem como?